segunda-feira, 4 de abril de 2011

Evolução da Medicina na História

“No momento em que o mais remoto ser humano debruçou-se sobre seu semelhante, com a intenção clara de ajudá-lo, frente ao trauma, frente a uma doença, realizou-se um ato médico.” Mário Rigatto


- História da Medicina: resgate do lado humano, medicina baseada em evidencias. Ciência no conteúdo, arte na aplicação. Oportunidade, exemplo, história das epidemias, relação psico-somática, simbolismo, religiosidade, sistemas complementares (acupuntura...), holismo, bom-senso.


- Alemanha em 1850 tem decréscimo do ensino de história da medicina. Nazismo. Queima de livros. Cerca de 350 médicos qualificados, incluindo professores universitários participaram das pesquisas em seres humanos.


- “O aprendizado da história da medicina é o melhor caminho para a humanização do médico”.


- “A relação humana é a melhor profilaxia das afecções médico-legais” Lybio Junior


- Aspectos avaliados:


1. Doença e suas causas (patologia)


2. Funcionamento do corpo (fisiologia)


3. Conhecimento de estruturas (anatomia)


4. Terapêutica utilizada


- Pré-história:


1. Doença e suas causas (patologia): sobrenatural, maus espíritos, divindades.


2. Funcionamento do corpo (fisiologia): nenhum conhecimento


3. Conhecimento de estruturas (anatomia): nenhum conhecimento


4. Terapêutica utilizada: intimidar o espírito (indumentária, fumegação, gestos simbólicos, manobras agressivas, danças, gritos, trepanação)



- Antiguidade:


1. Doença e suas causas (patologia): sobrenatural, desequilíbrio.


2. Funcionamento do corpo (fisiologia): humores, elementos, pneuma


3. Conhecimento de estruturas (anatomia): dissecção animais e homens


4. Terapêutica utilizada: restabelecer equilíbrio humores e elementos


5. Observações:


a. Babilônicos – extração hepática (tratamento empírico). Cód. Hamurabi.


b. Egípcios – mumificação (medicina ritualista X medicina empírica); cirurgias; especialistas; drogas.


c. Gregos – teoria dos elementos (fogo, terra, ar e água); Anaximandro (homem evolui de espécies inferiores); Alcmeon (saúde = equilíbrio entre opostos); Empédocles (equilíbrio = 4 elementos); Hipócrates (equilíbrio dos 4 humores: bili negra, bili amarela, sangue, fleuma).


d. Hipócrates – desmistifica a cura; 52 textos médicos, 72 histórias clínicas.


e. Medicina religiosa grega – Templo de Asclépio (filho de Apolo+Coronis); cura durante o sono; presença de ex-votos (agradecimento).


f. Séc. IV domínio Macedônico – Alexandre o grande morre de malária. Dissecção in vivo (condenados); Parênquima; Nn. Sensitivos e motores; Retina


g. Doutrinas de Alexandria – DOGMÉTICA (humoral hipocrática); EMPÍRICA (resultados); METÓDICA (constrição dos poros); PENUMÁTICA (princípio cósmico); ECLÉTICA (tratamento mais apropriado).


h. Roma – liberdade aos escravos médicos; Galeno (gladiadores / circulação sangue / dissecção de animais / Pneuma); Higiene, banhos públicos; Casa do cirurgião; Aquecimento.


i. China – Ying Yang.


j. Índia – medicina védica



- Idade Média:


1. Doença e suas causas (patologia): sobrenatural (primitivo), castigo divino.


2. Funcionamento do corpo (fisiologia): humores, elementos, pneuma (monges).


3. Conhecimento de estruturas (anatomia): cirurgião barbeiro (mosteiros), dissecção proibida; Mondino de Luzzi, dissecção/livro.


4. Terapêutica utilizada: criação dos hospitais; Farmacologia árabe; Farmácias públicas (Itália).


5. Observações:


a. Faculdades de Medicina – Salerno (Itália); Montepellier (França).


b. Universidades – Bolonha, Pádua.


c. Clínica desvinculada à cirurgia.


d. Médicos / Cirurgiões / Barbeiros cirurgiões


e. Queda de Constantinopla (1453).



- Renascimento (1453-1600):


1. Doença e suas causas (patologia): Moléstias de secreção.


2. Funcionamento do corpo (fisiologia): Relação causa e efeito.


3. Conhecimento de estruturas (anatomia): Pádua (Versallius / Fabrica/1543); Da Vinci; Ambroise Parré (cirurgião); Bartolomeu Eustacchio; Gabriele Fallopio; Gerolamo Fabrizio;


4. Terapêutica utilizada: Paracelso (alquimia); Crítica Galeno, Avicena e Celsius; Uso do Mercúrio.


5. Observações:


a. Imprensa, reforma.


b. Boticceli, Rafael, Rubens, Michelangelo, Masaccio.



- Barroco (Séc. XVII):


1. Doença e suas causas (patologia): “De Contagione”, Girolamo Fracastoro.


2. Funcionamento do corpo (fisiologia): Harvey (circulação); Microscópio.


3. Conhecimento de estruturas (anatomia): Chirurgia Infusória, Johan Daniel Major (1667).


4. Terapêutica utilizada: Caça as bruxas (1659).


5. Observações:


a. Galileu, Descartes, Bacon, Velasquez, Bruguel, Rembrandt.


b. Francesco Redi X geração espontânea.



-Iluminismo (Séc. XVIII):


1. Doença e suas causas (patologia): Giovani Baptista Morgani (1761), fisiopatologia (dissecção de cadáveres); “De Sedibus et Causes Morborum”;


2. Funcionamento do corpo (fisiologia): Lavoisier (respiração = combustão); Bichat; Spalanzzani (digestão); Withering (digitálicos);


3. Conhecimento de estruturas (anatomia): Guillotin.


4. Terapêutica utilizada: Mesmer (charlatanismo); James Graham (charlatanismo); Jenner (vacina); Pinel (saúde mental).


5. Observações:


a. Química e física (Lavoisier)



Séc. XIX:


1. Doença e suas causas (patologia): Rudolph Virchow (patologia celular); Pasteur (microorganismos – agentes causadores); Robert Koch (tuberculose).


2. Funcionamento do corpo (fisiologia): Claude Bernard.


3. Conhecimento de estruturas (anatomia): Anti-sepsia.


4. Terapêutica utilizada: Anestesia.



Séc. XX:


1. Doença e suas causas (patologia): microscópio eletrônico


2. Funcionamento do corpo (fisiologia): exame de imagens


3. Conhecimento de estruturas (anatomia): conhecimento molecular


4. Terapêutica utilizada: novas drogas


5. Observações:


a. Revolução industrial

RESUMO INSPIRADO NA OBRA: "HISTÓRIA DA MEDICINA - CURIOSIDADE E FATOS" - Lybio Junior

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