quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Prática 23


P-23: GLÂNDULAS ENDÓCRINAS


L-03: Hipófise
            Divide-se em 3 porções: a adenohipófise, a neurohipófise e a pars intermédia. Focalize o órgão com o menor aumento e procure a região mais escura, a adenohipófise. Agora passe para o aumento médio.
1.            ADENOHIPÓFISE: é uma glândula endócrina cordonal, ou seja, suas células se dispõem em cordões anastomosados entre si. Na verdade você ver um amontoado de células sem arranjo definido e que, por suas características funcionais e conseqüentemente tintoriais, subdividem-se 3 tipos:
a)    Células Basófilas: como o nome está dizendo, têm o citoplasma basófilo. Em geral estão situadas mais no interior da glândula.
b)    Células Acidófilas: têm o citoplasma alaranjado e em geral estão situadas mais na porção periférica.
Obs.: há células que não pertencem às categorias descritas. São as células cromófobas, cujo citoplasma é pouco corado. Tente achá-las.
2.               NEUROHIPÓFISE: é uma porção estreita, situada ao lado da adenohipófise, constituída por axônios amielínicos, que provem do hipotálamo. Como estes axônios são pouco visíveis pela ausência de mielina, esta região se mostra com aspecto fibrilar, de cor clara. Entre as fibras podem ser vistos núcleos de células da glia, chamados pituícitos.
3.            PARS INTERMÉDIA: situa-se entre a adenohipófise e a neurohipófise e é constituída por vesículas são chamadas “cistos de Rathke” e são vestígios embrionários.

L-20 Tireóide (corte menor)
            É uma glândula endócrina do tipo vesicular, ou seja, está constituída por vesículas de vários tamanhos contendo material acidófilo e homogêneo, o colóide, e revestidas por epitélio simples cúbico.
            Está revestida externamente por uma cápsula conjuntiva.

L-15 Supra-Renal: Glândula endócrina do tipo cordonal (corte menor)
            Subdivide-se em 2 regiões: Cortical e Medular.
1.            CORTICAL: é a região mais periférica e nela há 3 porções diferentes:
a)    Zona Glomerulosa: formada por cordões celulares de citoplasma claro, dispostos em formam de arcos ou glomérulos. É uma região estreita, situada logo abaixo da cápsula conjuntiva do órgão.
b)    Zona Fasciculada: formada por cordões paralelos de células com citoplasma às vezes esponjoso, representa a maior parte da espessura da cortical. Os capilares se dispõem entre as colunas (ou fascículos) de células glandulares.
c)    Zona Reticular: é a mais interna da cortical, e também é estreita. Apresenta cordões celulares anastomosados entre si, dando um aspecto de rede (na verdade uma região totalmente bagunçada).
2.            MEDULAR: é a região central da glândula. É constituída por cordões irregulares, anastomosados entre si, entre os quais se dispões os capilares. Podem ser vistas vênulas com luz muito ampla e parede delgada.

L-48: Pâncreas Endócrino
            A parte exócrina, constituída por ácinos serosos já foi vista. Agora procure, com o menor aumento, no meio dos ácinos, as ilhotas de Langerhans. São áreas pequenas, arredondadas, contendo um aglomerado de células que conferem um aspecto pontilhado mais basófilo. Passe para o aumento médio e tente identificar cordões celulares entremeados por capilares (não é muito fácil, mas não é impossível). 



Questões

1.    O que produzem as células basófilas, acidófilas e cromófobas da adenohipófise?
2.    Qual o tipo celular da neurohipófise e o que produzem estas células?
3.    O que é o colóide do ponto de vista químico?
4.    Qual é a função das células das zonas glomerulosa, fasciculada e reticular?
5.    Qual é a relação existente entre a zona glomerulosa e o rim?
6.    Onde é lançado o produto de secreção da tireóide?
7.    Seria bom você saber quem controla as secreções de todas estas glândulas.


Prática 22


P-22: APARELHO URINÁRIO



L-24: Rim

            Focalize a lâmina em aumento maior e perceba que há 2 regiões distintas: a cortical, na qual estão os glomérulos, que aparecem como formações arredondadas de cor basófila e a medular, de aspecto estriado.

1.            ZONA CORTICAL: aqui nós vamos ver que há vários glomérulos e, em torno deles, vários túbulos cortados transversalmente. O tecido conjuntivo que os envolve praticamente não é visto por estar comprimido entre os túbulos.
a)            Glomérulos: são arredondados e apresentam-se envoltos por uma cápsula (cápsula de Bowmann), cujo revestimento interno é simples e pavimentoso (células achatadas). No seu interior há um espaço contendo um enovelado de capilares, o tufo glomerular, que aparece com um amontoado de células. Não se desespere, só se pode identificar sua luz e parede com técnicas especiais.
b)            Túbulos: há dois tipos, túbulos contorcidos proximais e túbulos contorcidos distais.

Túbulos contorcidos proximais: como já foi dito, estão geralmente em cortes transversais. Apresentam luz estreita e o epitélio de revestimento e cúbico simples, constituído de células com citoplasma acidófilo, cujos limites são poucos nítidos.
Túbulos contorcidos distais: aparecem entre os proximais, estão em menor número e se distinguem deles por ter a luz mais ampla e o epitélio com células, mais claras.
Obs1.: Às vezes dá pra ver um túbulo contorcido distal encostado num glomérulo. Neste caso podemos dizer que se trata possivelmente do aparelho justa- glomerular (Você sabe o que é isso?).
Obs2.: O limite cortico-medular não é retilíneo. Colunas de tecido cortical penetram entre espaços piramidais de tecido medular, delimitado as assim chamadas pirâmides medulares.

2.            ZONA MEDULAR: como já dissemos, ela tem um aspecto estriado, isso se deve ao fato de haver túbulos que se dispõem de forma retilínea (paralelamente entre si). Estes túbulos são:
a)            Alça de Henle: há 2 porções, uma espessa e outra delgada. A porção espessa parece com o túbulo contorcido distal e a porção delgada parece com um capilar. Para você identificar com certeza estas duas porções é fácil: a porção espessa parece um túbulo contorcido distal, mas, este só é visto na cortical, portanto, este aspecto na medular só pode ser alça de Henle, OK? Quanto à porção delgada, você usa o seguinte truque: se tiver sangue dentro, é capilar. Se não tiver, é alça, certo?
Procure cortes longitudinais e transversais destas estruturas (os longitudinais são os mais numerosos).
b)            Túbulo coletor: é quase igual à porção espessa da alça, exceto pela luz, que é ampla, mas esta diferenciação só se consegue com lâminas muito boas.



L-24: Rim Coloração com PAS

            O PAS, cora as membranas basais (glicoproteínas), em tonalidade arroxeada, portanto você pode agora talvez ver alguma coisa dos capilares glomerulares, bem como as membranas basais dos túbulos.

L-13: Bexiga              

1.            MUCOSA: Epitélio de transição (várias camadas, a última de forma globosa) e lâmina própria (o mesmo que córion).

2.            SUB-MUCOSA: Tecido conjuntivo frouxo, em continuidade com o córion.

3.            MUSCULAR: Músculo liso.



Questões
1.            De onde se originam e o que irão formar os capilares do tufo glomerular?
2.            Para onde vai o filtrado que está no espaço capsular?
3.            Explique a acidofilia das células do túbulo contorcido proximal.
4.            Qual a função do aparelho justa-glomerular?
5.            Quais as porções do néfron sensíveis ao ADH?
6.            Justifique o tipo de epitélio que reveste a bexiga.
7.            O que aconteceria com o tecido renal se houvesse uma obstrução completa ao fluxo de urina, na bexiga por exemplo?


Prática 21


P-21: NERVOS E GÂNGLIOS NERVOSOS



L-19: Nervo Mielínico

            Há 2 tipos de corte nesta lâmina: longitudinal, onde os feixes de fibras nervosas estão cortados ao longo de seu comprimento e transversal, onde cada feixe é visto como esferas, a olho nu.

1.            CORTE LONGITUDINAL: os axônios são vistos com fios muito finos, moderadamente basófilos. Em torno deles há em espaço claro (bainha de mielina) e a membrana plasmática das células de Schwann, que aparece também como uma linha, só que menos corada que o axônio. Tente identificar áreas em que a membrana faz uma reentrância em direção ao axônio. É o nódulo de Ranvier. Ocasionalmente podem ser vistos núcleos das células de Schwann.
2.            CORTE TRANSVERSAL: neste tipo de corte a bainha de mielina é melhor observada pois os axônios, sendo muito finos são vistos como um ponto no centro do espaço claro. Entre cada fibra mielínica podem ser vistos núcleos da célula de Schwann, o correspondente da glia no SN Periférico.
Observe que as fibras se agrupam formando feixes, individualizados entre si por uma faixa de tecido conjuntivo denso chamado perineuro. Envolvendo todo o conjunto (todo o nervo), há também uma cápsula de tecido conjuntivo denso chamada epineuro. Ela pode ser vista incompletamente no corte transversal. O endoneuro reveste cada fibra e, por ser muito delicado, não pode ser observado.



L-11: Gânglio Simpático

            Gânglios são aglomerados de corpos de neurônios situados fora do SNC e cujos axônios constituem os nervos, mielínicos e amielínicos.

L-02: Intestino Grosso: Gânglios nervosos intramurais

            São gânglios situados dentro de vísceras, ou muito próximas a elas. No intestino estes gânglios estão entre os feixes musculares da parede. Para encontrá-los, procure em menor aumento a transição entre os 2 feixes musculares. No aumento médio tente achar células com as características dos neurônios: núcleo claro, citoplasma homogêneo, róseo ou azul claro (confirme no aumento maior). Entre eles há núcleos de células satélites e, em algumas deles só elas. Não há cápsula. O conjuntivo é comum ao da parede do órgão.
·                    SINÔNIMOS: plexo mioentérico, plexo de Auerbach.



Questões

1.            O que representa o nódulo de Ranvier?
2.            Onde estão os corpos dos neurônios cujos axônios fazem parte da L-19?
3.            A célula de Schwann é um oligodendrócito? Justifique.
4.            Fibras nervosas pós-ganglionares saem dos gânglios e terminam no órgão efetor. De onde vêm as pré-ganglionares? Cite algumas funções do SN Simpático e SN Parassimpático.


Prática 20


P-20 TECIDO NERVOSO


L-04 Cerebelo: Neurônio De Purkinje

O cerebelo apresenta uma constituição peculiar, com circunvoluções (giros), onde podem ser observados: a substância cinzenta (córtex) e a substância branca. Quanto ao córtex observe:

·                    Externamente, uma camada fracamente corada, a camada molecular;
·                    Logo após a camada molecular, uma camada constituída por neurônios com núcleo pequeno e basófilo, a camada granulosa;
·                    Entre a camada molecular e a granulosa, uma única fileira de neurônios, distribuídos espaçadamente, formando a camada de Purkinje. Estes neurônios são grandes, em geral piriformes ou arredondados, apresentam citoplasma róseo e núcleo claro. São os neurônios de Purkinje.

L-52: Medula Espinhal: Neurônio Motor, Células Ependimárias


Observe a lâmina a olho nu e observe que há 2 regiões distintas: uma, mais clara, periférica e outra mais escura, em forma de “H”, com um orifício central, o canal do epêndima. Focalize a região mais escura e identifique:

1.   Neurônios grandes, de forma triangular ou poliédrica, com citoplasma carregado de grânulos grosseiros e basófilos, por sua vez obscurecendo o núcleo que, nas células onde podem ser visto, é claro, com nucléolo proeminente. Estes são os neurônios motores do corno anterior da medula. Os corpúsculos basófilos são chamados de corpúsculos de Nissl e apresentam acúmulos de REG, muito desenvolvidos nestas células.

OBS.: Entre os neurônios podem ser vistos muitos núcleos menores que pertencem às células da glia.

2.   No canal do epêndima observe células com aspecto “epitelial” (justapostas), lembrando vagamente um epitélio simples cúbico, com núcleos bem corados e citoplasma claro, mal delimitado. São as células ependimárias ou simplesmente epêndima. Em algumas classificações, são chamadas de neuróglia epitelial.




L -22: Córtex cerebral (prata): Astrócitos

Identifique células com muitos prolongamentos negros (citoplasma e núcleo não podem ser vistos, pois existem muitos prolongamentos). São os astrócitos protoplasmáticos.

L-23: Tecido Nervoso em reparo (prata): micróglia e oligodendócitos

Micróglia ou Microgliócitos: são pequenos, ovóides ou alongados, apresentam alguns prolongamentos finos, longos e tortuosos, que saem das extremidades do corpo celular (procure em aumento maior).
Olidendrócitos: São maiores, arredondados ou piriformes e têm 2 a 5 prolongamentos finos e compridos.
Obs.: Como a coloração anterior, as células saem coradas em preto.

L-04: Cerebelo

            As porções externas dos giros fazem parte da substância cinzenta, formada pelas seguintes camadas:
1.            MOLECULAR: poucos neurônios, alguns núcleos da glia e muitas fibras amielínicas (axônio). A pobreza celular aqui é que dá a cor muito clara desta região;
2.            PURKINJE: Uma fileira de células de Purkinje;
3.            GRANULOSA: numerosos neurônios muito pequenos, com núcleos escuros e citoplasma escasso.

A substância branca é representada por cortes longitudinais de fibras mielínicas. Como é mais fácil ver essas fibras em corte transversal, basta que você identifique a região.

L-52: Medula Espinhal

            Também vimos na lâmina anterior como é subdividida. Procure, na parte externa, a substância branca, na qual são vistas:
            Fibras nervosas mielínicas, em sua maioria cortadas transversalmente. Neste tipo de corte o axônio é visto como um ponto escuro envolto por uma faixa clara, mas como é uma estrutura delicada, muitas vezes não aparece. A faixa mais clara é a bainha de mielina deste axônios, entre as fibras podem ser vistos núcleos da glia. Em algumas lâminas pode ser visto tecido conjuntivo frouxo envolvendo a substância branca, representando a leptomeninge.

            Agora, na parte interna, identifique a substância cinzenta na qual são vistos:

            Neurônios motores e sensitivos (os motores são os maiores), fibras amielínicas, que são um emaranhado pouco visível de linhas róseas, e células da glia.

Obs.: Na medula não há uma organização em camadas da substância cinzenta.




QUESTÕES

1.    O que significa, no neurônio motor, a grande quantidade de REG?
2.    Por que razão, em geral os neurônios têm núcleo claros?
3.    Por que as fibras nervosas amielínicas são pouco visíveis?
4.    Que células da glia são vistas na substância cinzenta?
5.    Explique o modo de formação da mielina, onde é encontrada e qual a sua função.