quarta-feira, 10 de abril de 2013

Via Visual: Lesões

“Não tenho certeza de nada, mas
a visão das estrelas me faz sonhar.”
Vicent Van Gogh




ESCOTOMA: Falha dentro do campo visual. Cegueira para uma parte do campo.
HEMIANOPSIA: Escotoma atinge metade do campo visual.
1.      Heterônima: acomete lado diferente do campo visual. Desaparece visão temporal ou nasal (quiasma óptico).
2.      Homônima: acomete o mesmo lado do campo visual de cada olho (retroquiasmática).
OBSERVAÇÃO:
Lesão retroquiasmática: entre o quiasma e o córtex occipital.
PRINCIPAIS LESÕES:
1.      Lesão do nervo óptico: cegueira completa do olho correspondente.
Exemplo: traumatismo, glaucoma (aumenta a pressão intra-ocular = lesar papila)

2.      Lesão da parte mediana do quiasma óptico: hemianopsia bitemporal. Interrompe as fibras das retinas nasais (se cruam nessa altura).
Exemplo: tumores da hipófise (comprime o quiasma de baixo para cima).

3.      Lesão da parte lateral do quiasma: hemanopsia nasal. Interrompe fibras da retina temporal deste olho.
Exemplo: Aneurisma da carótida interna (comprime lateralmente o quiasma). Aneurisma bilateral = hemianopsia nasal (campos nasais dos olhos).

4.      Lesão do trato óptico: hemanopsia homônima direta ou esquerda. Interrompe fibras provenientes da retina temporal de um olho e nasal do contralateral.
Exemplo: traumatismos ou tumores (comprime o trato óptico).
Observação: Lesão do corpo geniculado lateral é igual a alteração vista na lesão do trato óptico.

5.      Lesõs da radiação óptica: hemianopsia homônima.
Observações:
a-      Reflexo fotomotor -> metade cega da retina. Ausente, lesão do trato óptico. Presente, lesão da radiação óptica (ou 17).
b-      Interrompe fibras retino pré-tectais (responsável pelo reflexo).
c-      Não ocorre no caso das lesões situadas depois do corpo geniculado lateral.
d-     Muitas fibras, logo a lesão completa é rara.
e-      Resulta: quadrantopsia e escotoma.

6.      Lesões do córtex visual (área 17): Lesão completa de um hemisfério = lesão completa da radiação óptica. Frequente: lesão parcial.
Lesão:
A-    Lábio inferior do sulco calcarino direito: quadrantopsia homônima superior esquerda.
B-    Lesão da área 17: polpa visão macular (mácula – área de grande representação).

OBSERVAÇÃO
Visão Macular: Altera na lesão da radiação óptica. Preserva na lesão do trato óptico. 

Via Visual: Trajeto das fibras


“Dois homens olharam através das grades da prisão;
um viu a lama, o outro as estrelas.”
Santo Agostinho


TRAJETO DAS FIBRAS:
o   Nervo ótico
o   Quiasma ótico (decussação parcial)
o   Tractos óticos
o   Corpos geniculados laterais (neurônio IV) radiação ótica
o   Trato geniculado calcarino
o   Córtex do mesmo lado (área visual 17, lábio do sulco calcarino)
OBSERVAÇÕES:
o   Retina nasal: metade medial da retina de cada olho
o   Retina temporal: metade lateral da retina de cada olho
o   Campo visual: porção do espaço vista estando o olho fixo
o   Campo Binocular: superposição dos campos visuais dos dois olhos
CONSIDERAÇÕES:
·         Devido à decussação parcial das fibras visuais no quiasma ótico, o córtex direito percebe objetos à esquerda (linha vertical mediana)
·         O hemisfério cerebral de um lado relaciona-se com as atividades sensitivas do lado oposto.
TIPOS DE FIBRA NA VIA ÓTICA:
1.      FIBRAS RETINO-HIPOTALMICAS
o   Quiasma ótico: núcleo supra quiasmático do hipotálamo
o   Regulação do ritmo biológico

2.      FIBRAS RETINO TECTAIS
o   Braço do colículo superior: colículo superior.
o   Movimento dos olhos. Movimento das pálpebras. Desencadeados por estímulos visuais.
o   Ex: reflexo de piscar.

3.      FIBRAS RETINO PRÉ-TECTAIS
o   Braço do colículo superior: área pré-tectal
o   Reflexo fotomotor direito e consensual

4.      FIBRAS RETINO-GENICULADAS (visão)
o   Corpo geniculado lateral
o   Sinapse com o neurônio IV
CONSIDERAÇÕES:
·         Fibras dorsais: curso retilínio para trás. Direção ao lado occipital.
·         Fibras ventrais (‘Alça temporal’ ou ‘Alça de Meyer’): Vão para adiante. Direção ao pólo temporal. Encurva-se. Direção ao lobo occipital. Terminam.
·         Relação com a parte anterior do corno inferior do ventrículo lateral.
·         Tumor temporal altera o campo visual
·         Radiação óptica: Fibra superior da retina, parte alta, lábio superior do sulco calcarino.
·         Radiação óptica: Fibra inferior da retina, posição baixa, lábio inferior do sulco calcarino, fibra da mácula, posição intermédia, parte posterior do sulco calcarino.
·         Somatotopia da via óptica. 

sábado, 6 de abril de 2013

Via Visual: Trajeto na retina

“A fé é uma visão das coisas que não se vêem.”
Ítalo Calvino



FORMAÇÃO EMBRIONÁRIA DA RETINA

1.      Evaginação do diencéfalo
2.      Vesícula ótica
3.      Introflexão
4.      Cálice ótico (dupla parede)
5.      Camada pigmentar (camada externa do cálice ótico)
6.      Camada nervosa (camada interna do cálice ótico)
7.      Camada interna se diferencia nos três primeiros neurônios

CAVIDADE DO BULBO OCULAR

Retina: neurônio I, neurônio II, neurônio III.

RETINA

1.      MÁCULA LÚTEA:
- área amarelada alinhada com o centro da pupila, visão distinta, fixa imagem.
- possui mais cones

2.      FÓVEA CENTRAL:
- depressão no centro da mácula lútea

OBSERVAÇÃO:
Bastonete = periferia da retina

CAMADAS DA RETINA:

- Externa (pigmentar)
- 8 camadas
- células fotossensíveis
- células bipolares
 - células ganglionares

IMPULSO VISUAL:

- Luz
- Excita (prolongamento periférico)
 - Receptor da visão (células fotossensíveis)
- Bastonetes = pouca luz (homem 20 X mais bastonetes que cones)
- Cones = muita luz, cores
 - Sinapse
 - Células bipolares
 - Sinapse
 - Células ganglionares
 - Axônios da célula ganglionar = nervo ótico (100 receptores)
- Axônio: amielínico -vira-> mielínico
- Observações:
Para cada cone existe uma fibra no nervo ótico
Mácula -  área pequena na retina, grande representação cortical

CONSTITUIÇÃO DO NERVO ÓTICO

- Axônio da célula ganglionar (amielínico)
- Superfície interna da retina
- Papila ótica (ponto cego): Região de nutrição sem fotorreceptores. Posterior à retina. Medial à mácula.
- Túnica média do olho (torna-se mielínica)
- Túnica externa do olho (torna-se mielínica)
- Nervo ótico
Observação: edema de papila = aumento da PIC

Via Auditiva


“De tudo que a catedral possuía, o que mais o tornava feliz eram os sinos. Acariciava-os, amava-os, falava-lhes e compreendia-os. Tinha ternura por todos eles, embora tivessem tirado sua audição.” 
Victor Hugo.





OBSERVAÇÕES:
A.      Alguns impulsos tem o trajeto mais complicado com número variável de sinapses em três núcleos:
1 – Núcleo do corpo trapezóide
2 – Núcleo olivar superior
3 – Núcleo do leminisco lateral

B.      Via auditiva: organização tonotópica (tons de determinada frequencia seguem caminho específico).

C.      Peculiaridades:
1 – Grande número de fibras homolaterais (lesão de um lado do córtex: não háperda da audição)
2 – Muitos núcleos relés (4 ou mais neurônios)