- História da Medicina: resgate do lado humano, medicina baseada em evidencias. Ciência no conteúdo, arte na aplicação. Oportunidade, exemplo, história das epidemias, relação psico-somática, simbolismo, religiosidade, sistemas complementares (acupuntura...), holismo, bom-senso.
- Alemanha em 1850 tem decréscimo do ensino de história da medicina. Nazismo. Queima de livros. Cerca de 350 médicos qualificados, incluindo professores universitários participaram das pesquisas em seres humanos.
- “O aprendizado da história da medicina é o melhor caminho para a humanização do médico”.
- “A relação humana é a melhor profilaxia das afecções médico-legais” Lybio Junior
- Aspectos avaliados:
1. Doença e suas causas (patologia)
2. Funcionamento do corpo (fisiologia)
3. Conhecimento de estruturas (anatomia)
4. Terapêutica utilizada
- Pré-história:
1. Doença e suas causas (patologia): sobrenatural, maus espíritos, divindades.
2. Funcionamento do corpo (fisiologia): nenhum conhecimento
3. Conhecimento de estruturas (anatomia): nenhum conhecimento
4. Terapêutica utilizada: intimidar o espírito (indumentária, fumegação, gestos simbólicos, manobras agressivas, danças, gritos, trepanação)
- Antiguidade:
1. Doença e suas causas (patologia): sobrenatural, desequilíbrio.
2. Funcionamento do corpo (fisiologia): humores, elementos, pneuma
3. Conhecimento de estruturas (anatomia): dissecção animais e homens
4. Terapêutica utilizada: restabelecer equilíbrio humores e elementos
5. Observações:
a. Babilônicos – extração hepática (tratamento empírico). Cód. Hamurabi.
b. Egípcios – mumificação (medicina ritualista X medicina empírica); cirurgias; especialistas; drogas.
c. Gregos – teoria dos elementos (fogo, terra, ar e água); Anaximandro (homem evolui de espécies inferiores); Alcmeon (saúde = equilíbrio entre opostos); Empédocles (equilíbrio = 4 elementos); Hipócrates (equilíbrio dos 4 humores: bili negra, bili amarela, sangue, fleuma).
d. Hipócrates – desmistifica a cura; 52 textos médicos, 72 histórias clínicas.
e. Medicina religiosa grega – Templo de Asclépio (filho de Apolo+Coronis); cura durante o sono; presença de ex-votos (agradecimento).
f. Séc. IV domínio Macedônico – Alexandre o grande morre de malária. Dissecção in vivo (condenados); Parênquima; Nn. Sensitivos e motores; Retina
g. Doutrinas de Alexandria – DOGMÉTICA (humoral hipocrática); EMPÍRICA (resultados); METÓDICA (constrição dos poros); PENUMÁTICA (princípio cósmico); ECLÉTICA (tratamento mais apropriado).
h. Roma – liberdade aos escravos médicos; Galeno (gladiadores / circulação sangue / dissecção de animais / Pneuma); Higiene, banhos públicos; Casa do cirurgião; Aquecimento.
i. China – Ying Yang.
j. Índia – medicina védica
- Idade Média:
1. Doença e suas causas (patologia): sobrenatural (primitivo), castigo divino.
2. Funcionamento do corpo (fisiologia): humores, elementos, pneuma (monges).
3. Conhecimento de estruturas (anatomia): cirurgião barbeiro (mosteiros), dissecção proibida; Mondino de Luzzi, dissecção/livro.
4. Terapêutica utilizada: criação dos hospitais; Farmacologia árabe; Farmácias públicas (Itália).
5. Observações:
a. Faculdades de Medicina – Salerno (Itália); Montepellier (França).
b. Universidades – Bolonha, Pádua.
c. Clínica desvinculada à cirurgia.
d. Médicos / Cirurgiões / Barbeiros cirurgiões
e. Queda de Constantinopla (1453).
- Renascimento (1453-1600):
1. Doença e suas causas (patologia): Moléstias de secreção.
2. Funcionamento do corpo (fisiologia): Relação causa e efeito.
3. Conhecimento de estruturas (anatomia): Pádua (Versallius / Fabrica/1543); Da Vinci; Ambroise Parré (cirurgião); Bartolomeu Eustacchio; Gabriele Fallopio; Gerolamo Fabrizio;
4. Terapêutica utilizada: Paracelso (alquimia); Crítica Galeno, Avicena e Celsius; Uso do Mercúrio.
5. Observações:
a. Imprensa, reforma.
b. Boticceli, Rafael, Rubens, Michelangelo, Masaccio.
- Barroco (Séc. XVII):
1. Doença e suas causas (patologia): “De Contagione”, Girolamo Fracastoro.
2. Funcionamento do corpo (fisiologia): Harvey (circulação); Microscópio.
3. Conhecimento de estruturas (anatomia): Chirurgia Infusória, Johan Daniel Major (1667).
4. Terapêutica utilizada: Caça as bruxas (1659).
5. Observações:
a. Galileu, Descartes, Bacon, Velasquez, Bruguel, Rembrandt.
b. Francesco Redi X geração espontânea.
-Iluminismo (Séc. XVIII):
1. Doença e suas causas (patologia): Giovani Baptista Morgani (1761), fisiopatologia (dissecção de cadáveres); “De Sedibus et Causes Morborum”;
2. Funcionamento do corpo (fisiologia): Lavoisier (respiração = combustão); Bichat; Spalanzzani (digestão); Withering (digitálicos);
3. Conhecimento de estruturas (anatomia): Guillotin.
4. Terapêutica utilizada: Mesmer (charlatanismo); James Graham (charlatanismo); Jenner (vacina); Pinel (saúde mental).
5. Observações:
a. Química e física (Lavoisier)
Séc. XIX:
1. Doença e suas causas (patologia): Rudolph Virchow (patologia celular); Pasteur (microorganismos – agentes causadores); Robert Koch (tuberculose).
2. Funcionamento do corpo (fisiologia): Claude Bernard.
3. Conhecimento de estruturas (anatomia): Anti-sepsia.
4. Terapêutica utilizada: Anestesia.
Séc. XX:
1. Doença e suas causas (patologia): microscópio eletrônico
2. Funcionamento do corpo (fisiologia): exame de imagens
3. Conhecimento de estruturas (anatomia): conhecimento molecular
4. Terapêutica utilizada: novas drogas
5. Observações:
a. Revolução industrial