terça-feira, 6 de novembro de 2012

Prática 26


P-26: TIPOS DE NÚCLEO E FASES DA MITOSE


Antes de começar, leia e procure entender as constatações abaixo.
a)            Os núcleos se coram de cor púrpura devido ao seu teor de ácidos nucléicos. Na verdade, são os grãos de cromatina que se coram, pois o nucleoplasma é incolor, e, como a cromatina costuma ficar dispersa nos núcleos interfásicos, tem-se a impressão, nos aumentos menores, de coloração uniforme.
b)            Os grãos de cromatina colados na carioteca permitem uma delimitação nítida do núcleo interfásico, embora a carioteca seja invisível à microscopia óptica.
c)            É possível notar, em que fase todas as células, o NUCLÉOLO, em número variável, geralmente esférico e mais corado que o resto do núcleo.
d)            Uma vez que os limites celulares são pouco nítidos em cortes corados por HE e como a maioria dos nucléolos aparece mais corada que o resto do núcleo, é fácil cometer o engano de pensar que os núcleos são as células e os nucléolos, seus núcleos.

Agora vamos às lâminas...

L-21: Fígado (HE) – Núcleos Interfásicos

            Focalize o corte com o aumento menor, passe para o médio e identifique um hepatócito. Nesta lâmina, com o maior aumento, é possível perceber a trama uniforme e granulosa do NÚCLEO INTERFÁSICO, que corresponde à cromatina disposta em grãos delicados de cor púrpura (num nível ultraestrutural, são os cromossomos desespiralizados).
            Identifique agora os nucléolos e a carioteca (cromatina periférica do núcleo).

            ATENÇÃO: algumas células, quando em intensa atividade de síntese, apresentam núcleo muito claro, dando a impressão às vezes de estarem vazios. Isso acontece com freqüência nos neurônios e será visto mais na frente.

L-10 ou L-10ª: Língua

1.    NÚCLEOS PICNÓTICOS
A língua é um órgão revestido por epitélio estratificado, com várias camadas celulares. Nestas, as células das camadas mais profundas apresentam o patrão interfásico visto acima, semelhante ao do hepatócito. Nas camadas mais superficiais (mais próximas da superfície), por um processo de diferenciação os núcleos diminuem gradualmente de volume até se transformar em pontos escuros e densos, sendo denominados NÚCLEOS PICNÓTICOS (de picnose= condensação)

Focalize estas áreas superficiais e identifique os núcleos picnóticos com maior aumento.

2.    CÉLULA MULTINUCLEADA
Abaixo do epitélio da língua, mais para o meio do corte, você vai encontrar células de músculo esquelético. São muito longas, cilíndricas, de cor rósea (acidófila). Note que há vários núcleos nestas células e que são alongados e dispostos junto à membrana celular, ou seja, periféricos. Este é um exemplo de célula multinucleada e também uma exceção à regra de núcleos centrais. Eles são periféricos por que a célula precisa acumular proteínas para o processo de contração.

L-29: Raiz De Cebola – Fases da Mitose

            Focalize, em menor aumento, a região da ponta da raiz, que tem uma forma arredondada. Passe para o maior aumento e identifique:
1.            Núcleos interfásicos: são esféricos, centrais e com a cromatina vesiculosa (as células são aproximadamente cúbicas).
2.            Prófase: Desaparece a carioteca. Os cromossomos se individualizam e aparecem como filamentos escuros que se entrecruzam.
3.            Metáfase: Os cromossomos são curtos e espessos e se organizam no meio da célula, formando a placa equatorial.
4.            Anáfase: Os dois grupos de cromossomos começam a se separar casa um para um pólo da célula. Com alguma sorte, você poderá ver o fuso miótico.
5.            Telófase: Os dois grupos de cromossomos, já nos pólos, tomam a forma arredondada típica de núcleos interfásicos.
Você pode ver a telófase de duas formas:
a)    No início, em que os núcleos ainda aparecem muito escuros e às vezes pode ser vista a septação das células filhas;
b)    No final, em que a aparência das células filhas é similar às outras células, só que em tamanho menor.



Prática 25


P-25 APARELHO REPRODUTOR GENITAL FEMININO II



L-55: Colo Uterino (ou Cervix Uterina)

Esta lâmina também já foi visto em tecido epitelial. Reveja os dois tipos de epitélios que compõem o revestimento do colo.

1.            ECTOCERVIX (revestimento externo, voltado para a cavidade vaginal): epitélio estratificado pavimentoso, não queratinizado. É daqui que descamam as células observadas num esfregaço cérvico-vaginal.
2.            ENDOCERVIX (revestimento do canal endocervical: epitélio simples cilíndrico, mucossecretor, semelhante ao das glândulas tubulares ramificadas encontradas no córion. O citoplasma das células é muito claro, indício de secreção de muco.
Obs.: Procure a região de transição entre o epitélio da ectocervix. Esta região é chamada “junção escamo-colunar” ou simplesmente “JEC” (“escamo” vem de epitélio escamoso, sinônimo de estratificado pavimentoso). A maioria dos processos de metaplasia e transformação maligna se inicia nesta região, por ser ela mais sujeita às agressões bem como pela ativa renovação celular a que está submetida.

L-47: Esfregaço Cérvico-Vaginal, Fase Estrogênica

            Nesta fase ocorre predomínio de células superficiais, que são acidófilas e têm o núcleo picnótico. As células estão mais ou menos dispersas e o fundo da lâmina é “limpo”, ou seja, não há detritos.

L47a: Esfregaço Cérvico-Vaginal, Fase Progesterônica

            O esfregaço agora é constituído por células INTERMEDIÁRIAS, que têm o citoplasma azulado ou esverdeado e se apresentam agrupadas. O fundo da lâmina é “sujo”, ou seja, há muitos bacilos de Doederlein, que realizam citólise para obtenção de glicogênio.

Questões

1.    Justifique a presença de 2 tipos de epitélio no revestimento do colo uterino.
2.    Qual o significado da junção escamo-colunar?
3.    Explique porque na primeira fase do ciclo as células predominantes no esfregaço são as superficiais.
4.    Pode-se dizer que o esfregaço da fase progesterônica é “hipertrófico”. Como você explicaria esta afirmativa?
5.    Que sugestões você daria para este roteiro se torna eficaz?
6.    O que você achou das aulas dadas pelos seus monitores?
Responda as questões 5 e 6 deixa-as na sala (não é necessário colocar nome na folha. É apenas para fazermos um balanço do curso.


Prática 24 (continuação...)


P-24: APARELHO GENITAL FEMININO


L-53: Ovário E Tuba Uterina

1.    Ovário:
Focalize o corte em aumento menor e procure uma região aproximadamente circular, o ovário. Passe para o aumento médio e identifique:
      
a)            Folículos Primários: são constituídos por uma camada de células achatadas (células foliculares imaturas) circundando o ovócito. Há vários deles na região periférica do órgão (cortical).
b)            Folículos em crescimento: o ovócito aumenta de volume e as células foliculares multiplicam-se formando várias camadas em torno do ovócito. Aparece a ZONA PELÚCIDA, uma faixa de cor rósea em torno do ovócito.
Obs.: Este corte é de ovário de gata (!), motivo pelo qual há tantos folículos amadurecendo ao mesmo tempo.
c)            Folículos Maduros: no final da fase anterior começam a aparecer espaços entre as células foliculares, até formar uma cavidade grande, o antro folicular, que se apresenta cheio de líquido produzido pelas células foliculares. O ovócito fica preso à parede do folículo por um pedículo de células foliculares, o “cúmulus ooforus” e apresenta-se revestido, externamente à zona pelúcida, por uma camada de células foliculares denominada “coroa radiada”.
Obs.: Em torno de folículos em crescimento e folículos maduros, o estroma ovariano se modifica e produz as células da TECA. Na lâmina elas semelhantes à fibroblastos e estão imediatamente em volta do folículo. Identifique a Teca interna.

2.    Tuba Uterina:
Procure no tecido que envolve o ovário, a tuba uterina. Você vai ver vários cortes passando pela luz deste órgão. Observe que a mucosa apresenta-se pregueada e revestida por epitélio simples cilíndrico. Por motivos técnicos não pode ver os cílios destas células. Em torno da mucosa há camada estreita de músculo liso.



Prática 24


P-24: APARELHO GENITAL MASCULINO


L-25: Testículo E Epidídimo

 O testículo está representado pelo corte circular maior que já foi estudado no início do curso. Você vai rever agora os túbulos seminíferos em corte transversal, com seu revestimento característico constituindo por células da linhagem germinativa.

1.    Espermatogônias: estão localizadas junto à membrana basal do túbulo e este é o único dado para diferenciá-las das outras.

2.    Espermatócitos de primeira ordem: são as maiores células do túbulo e apresentam-se em prófase, de modo que é possível observar o núcleo com aspecto característico dos cromossomos.


3.    Espermatócitos de segunda ordem: são muito difíceis de ser vistos porque entram rapidamente em meiose.

4.    Espermátides: são as menores células do túbulo e aquelas que estão mais próximas da luz. O núcleo é claro, com nucléolos evidentes.


5.    Espermatozóides: apresentam aderidos às células do túbulo, com os flagelos voltados para a luz. Geralmente são vistos em grande quantidade.



Tente identificar as células de Leydig e as células de Sertoli.

Agora procure, na periferia do corte, uma área menor, ou coloque a L-42, para observar o epidídimo.
Este órgão se apresenta como um túbulo enovelado e assim podem ser vistos cortes transversais onde você deverá identificar o epitélio de revestimento constituído por epitélio pseudo-estratificado cilíndrico em cujo bordo livre são encontrados os estereocílios. Observe externamente o músculo liso.