domingo, 9 de outubro de 2011

Sonhos lúcidos

Isso é um sonho? Não.


Achei que não, se fosse haveria rum!


Jack Sparrow



Sonho lúcido é o termo que refere-se à percepção consciente que temos de um determinado estado ou condição enquanto sonhamos, resultando em uma experiência da qual temos uma recordação muito clara ("lúcida") e nítida, normalmente aparentando termos tido controle e capacidade direta sobre nossas ações e, algumas vezes, o próprio desenrolar do conteúdo do sonho.


A experiência completa do início ao fim é chamada de sonho lúcido. Stephen LaBerge, um popular autor e pesquisador do assunto, definiu o sonho lúcido como "sonhando enquanto sabemos que estamos sonhando."


LaBerge e seus associados chamaram as pessoas que exploram intencionalmente as possibilidades dos "sonhos lúcidos" de "onironautas" (literalmente do grego querendo dizer "exploradores de sonhos"). O tema atrai a atenção de psicólogos, autores independentes, místicos, ocultistas, artistas e muitos outros.


“Sonhar lúcido é sonhar enquanto você sabe que está sonhando.(...) Normalmente, a lucidez começa no meio de um sonho, quando o sonhador percebe que o que está sendo vivido não ocorre na realidade física; é um sonho”


Mas, existe diferença entre a consciência quando estamos acordados e a consciência no estado mental dos sonhos lúcidos?


Os "sonhadores lúcidos" normalmente descrevem seus sonhos como animados, coloridos, e fantásticos. Muitos comparam a uma experiência espiritual e dizem que este fato mudou sua maneira de viver ou sua percepção em relação ao mundo que vive. Alguns afirmam que os sonhos lúcidos são como uma "hiper-realidade", aparentando muitas vezes serem mais reais que a própria realidade em vigília" e que todos os elementos que compõem a realidade dos sonhos são amplificados. Sonhos lúcidos são prodigiosamente recordados em comparação a outros tipos de sonhos, até mais que os próprios pesadelos, que supostamente podem ser prescritos como um meio de livrar-se de um sonho dramático ou alarmante.


Embora seja difícil de obter um conhecimento claro e coerente sobre as múltiplas interpretações destas experiências — especialmente considerando sua natureza altamente subjetiva — a veracidade dos sonhos lúcidos é cientificamente verificada. Pode ser classificada como um protociência, até que haja um maior conhecimento científico sobre o assunto.


Pesquisadores tal como Allan Hobson, com estudos na área da Neurofisiologia dos sonhos tem ajudado no avanço das pesquisas para o melhor entendimento dos mecanismos dos sonhos lúcidos, levando o assunto para um campo científico e sujeito a menores fatores especulativos.


Várias universidades continuam as pesquisas neste campo, aperfeiçoando técnicas e aprendendo mais sobre os efeitos dos "sonhos lúcidos", como fazem algumas agências independentes tal como LaBerge, com O Instituto de Lucidez.


A psicologia jungiana, por exemplo, parece indicar que o sonho "não-lúcido" (ou parcialmente lúcido) é um meio de alcançar o auto-conhecimento. Até o momento, não existem casos em que seja relatado que algum "sonho lúcido" tenha causado qualquer tipo de dano em qualquer nível, seja este psicológico ou fisiológico.


No entanto, seria muito difícil de determinar se alguma forma de "sonho lúcido" poderia anular algum beneficio porventura recebido através de um "sonho normal".


Como se tornar um sonhador lúcido.


1. Vá dormir uma ou duas horas mais cedo que de costume, ou apenas fique deitado, sem dormir. Uma alternativa consiste em pôr um despertador para soar cerca de duas horas antes que de costume, levantar-se quando ele tocar e voltar para a cama mais tarde para tirar uma soneca. Sonhos lúcidos tendem a ocorrer depois que as pessoas já tiveram a quantidade normal de sonho REM.


2. Nas horas antes de deitar, pense com convicção e repetidamente: "Terei um sonho lúcido hoje à noite." O pensamento vai ajudá-lo a "preparar" seu cérebro para a lucidez.


3. Selecione uma "dica" ou um "símbolo onírico" que seu cérebro reconhecerá quando aparecer em um sonho normal. Internalize a idéia de que, na presença do símbolo, você "saberá" que está sonhando. Por exemplo, decida que sempre que um objeto vermelho surgir em um sonho, seu cérebro irá se prender a ele e relembrará que aqui é um sonho.


4. Esforce-se para tornar-se mais consciente de seus sonhos comuns. Mantenha um bloco de anotações perto de sua cama e, ao acordar, anote tudo o de que possa se lembrar. Faça anotações especiais sobre objetos que parecem surgir com freqüência e use-os como símbolos.


5. No momento que tiver uma vaga noção de consciência em um sonho - como, por exemplo, pensar que "isso é estranho de mais para ser verdade"- focalize-a em vez de deixar que se afaste. Esse tipo de percepção é a porta de entrada para a lucidez. A maioria das pessoas a vivencia rapidamente durante sonos normais: o truque é agarrar-se ao pensamento e elevá-lo à consciência sem acordar completamente.


6. Quando a lucidez se manifestar, relaxe. Não se agite nem tente alterar as imagens oníricas imediatamente. Apenas relaxe e aproveite o cenário. Uma vez que tenha se fixado ao pensamento de que está sonhando, descobrirá que a lucidez aflui. Parece com o despertar - exceto que, em vez de ficar sensoriamente consciente do mundo exterior, seu conhecimento é puramente conceitual. Você "sabe" que está na cama porque se lembra de ter ido se deitar, mas na verdade não sente a cama. As visões, os sons e as sensações que estava experimentando quando estava tendo um sonho comum permanecem inalterados - mas agora você sabe que eram alucinações.


7. Teste o sonho. Às vezes, é muito difícil distinguir um sonho lúcido da vigília. Uma forma de testá-lo é tentar ligar qualquer tipo de aparelho elétrico - nos sonhos lúcidos, sempre há um atraso entre o ato de acionar o botão e o dispositivo começar a funcionar. E luzes elétricas sempre são muito fracas nos sonhos lúcidos.


8. Lentamente, comece a controlar o sonho. Decida, por exemplo, mudar as condições climáticas, ou o papel de parede do cômodo em que você está. Tudo que precisa fazer é pensar "que o dia fique ensolarado", ou "que as paredes fiquem azuis". Se quiser evocar uma pessoa, pense em vê-la surgindo e depois se afaste do lugar em que deseja vê-la. Quando voltar, ela provavelmente estará lá. Se quiser voar, imagine-se se elevando suavemente - quando sentir que está caindo, não tente se "ajudar", apenas deixe que isso aconteça.


9. Se sentir que está despertando e não quiser acordar, tente girar seu corpo no sonho em volta de um circulo - isso ajuda a manter as cenas oníricas.


10. Nunca entre em pânico. Os sonhos lúcidos ocasionalmente produzem experiências desagradáveis, como a sensação de uma atmosfera pesada ou uma presença ameaçadora. E despertares falsos são comuns - você pensa que acordou completamente, mas percebe que não consegue se mexer. Isso acontece porque você ainda está sob o efeito da paralisia do sono. Lutar contra a sensação é inútil e pode fazer com que você sinta como se estivesse sufocando. Em vez isso, relaxe lembre-se de que está tendo um despertar falso e flutue de volta para seu mundo dos sonhos, e tente observar o seu redor os movimentos, ou até mesmo as cores do seu quarto e assim que acordar tente ver se era mesmo o que você observou. Na projeciologia, um sonho lúcido é uma projeção semiconsciente, também pode chegar a ser uma projeção consciente.



Segundo o DSM-IV-TR, "40-50% das pessoas que dormem normalmente relatam episódios isolados de paralisia do sono pelo menos uma vez na vida." Queixas comuns associadas à PS são incapacidade de locomoção, fala ou até dificuldades na respiração, embora o diafragma continue operando de forma intacta. As paralisias do sono são geralmente vinculadas à alucinações no início do sono (hipnagógicas) ou ao despertar (hipnapômpicas) oníricas, supostamente causadas pela "intrusão de elementos dissociados do sono REM na vigília."




Premonição

"Feche os olhos e finja que é só um sonho ruim,


é assim que eu faço." - Jack Sparrow




Sonhos premonitórios são aqueles cujos fatos vistos ou vivenciados durante o sonho realizam-se no plano material.


Premonição é a sensação ou advertência antecipada do que vai acontecer, é sinônimo de pressentimento. É circunstância ou fato que deve ser tomado como aviso; presságio. A palavra é muito conhecida devido à literatura e aos filmes que a têm como tema principal, explorando a capacidade sobrenatural de se prever o futuro.


O termo premonição ou sonhos premonitórios (sonhos de advertência ou aviso) é utilizado para designar a suposta ocorrência de avisos sobre acontecimentos futuros, freqüentemente associados a fatos calamitosos em natureza. As informações são recebidas via experiência mediúnica individual (contato da consciência com a 4ª dimensão do mundo, uma dimensão não material, atemporal) ou através dos sonhos.


Mesmo sendo uma informação "empírica", portanto factível de comprovação o fenômeno chega a ser visto com bons olhos pelas pessoas. Os indivíduos que afirmam ter tido premonições normalmente dizem que a experiência ocorreu durante um sonho.


As experiências podem variar em natureza, com tendências a ser um forte sentimento ou convicção de que algo ocorrerá (sendo a forma mais branda de premonição) as visões mediúnicas sobre os acontecimentos estando em estado de plena vigília e plena consciência. Estas visões normalmente são imagens capazes de aflorarem quando o ser humano está num estado de choque consciencial.


As premonições não são necessariamente o resultado de algo paranormal nem sobrenatural; é possível que a mente humana seja capaz de uma façanha extraordinária de raciocínio produzir uma vista exata do futuro. Várias idéias apóiam o sentido deste pensamento ou noção.


No oriente, o livre acesso "para fora da condição temporal" pode ser conseguido pelos "yogues", acessando o que dizem ser os "registros Akáshicos".


É sabido que os autistas são capazes de executarem façanhas surpreendentes sem esforço aparente, apenas utilizando as habilidades mentais.


Na sabedoria popular é comum dizer que: "se dormimos pensando em um problema freqüentemente resulta em acordar com a solução". A mente humana está plena de informação, experiência e conhecimento a respeito do mundo. Se a mente é capaz de tal cálculo, então há provavelmente um meio de aumentar esta capacidade.


A concentração durante um trabalho pode ser alcançada com eficiência caso seja possível excluir todos os pensamentos e idéias alheias ao assunto, incluindo chamados e advertências.


O que é necessário é um estado de associação livre, onde a mente se concentre em um tema qualquer em particular, mas permanecendo livre para considerar idéias casuais. As poucas pessoas que informaram sobre os sonhos e experiências premonitórias relataram que as "premonições" ocorrem em intervalos de alguns meses, e que vêm a mente inesperadamente, de forma espontânea.

O sonho


Matar o sonho é matarmo-nos.


É mutilar a nossa alma.


O sonho é o que temos de realmente nosso,


de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso.


Fernando Pessoa



O sonho é uma experiência que possui significados distintos se for ampliado um debate que envolva religião, ciência e cultura. Para a Ciência, é uma experiência de imaginação do inconsciente durante nosso período de sono. Recentemente, descobriu-se que até os bebês no útero têm sono REM (movimentos rápidos dos olhos) e sonham, não se sabe com o quê. Em diversas tradições culturais e religiosas o sonho aparece revestido de poderes premonitórios ou até mesmo de uma expansão da consciência.


Foi em 1900, com a publicação de ‘A Interpretação dos Sonhos’ que Freud deu um caráter científico à matéria. Freud aproveitou o que já havia sido publicado anteriormente e fez novas investidas, definindo o conteúdo do sonho como “realização dos desejos”. Para o pai da psicanálise, no enredo onírico há o sentido manifesto e o sentido latente, este último sendo realmente importante. A fachada seria um despiste do superego, enquanto o sentido latente, por meio da interpretação simbólica, revelaria o desejo do sonhador por trás dos aparentes absurdos da narrativa.


O psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, baseado na observação de seus pacientes e em experiências próprias, tornou mais abrangente o papel dos sonhos, que não seriam apenas reveladores de desejos ocultos, mas sim, uma ferramenta da psique que busca o equilíbrio por meio da compensação. Ou seja, alguém masculinizado pode sonhar com figuras femininas que tentam demonstrar ao sonhador a necessidade de uma mudança de atitude. Na busca pelo equilíbrio, personagens arquetípicas interagem nos sonhos em um conflito que buscam levar ao consciente. Entre essas personagens, estão a anima (força feminina na psique dos homens), o animus (força masculina na psique das mulheres) e a sombra (força que se alimenta dos aspectos não aceitos de nossa personalidade). Esta última, nos sonhos, são os vilões. Um aspecto muito importante em se atentar nos sonhos, segundo a linha junguiana, é saber como o sonhador, o protagonista no sonho (que representa o ego) lida com as forças malignas (a sombra), para se averiguar como, na vida desperta, a pessoa lida com as adversidades, a autoridade e a oposição de idéias. Jung aponta os sonhos como forças naturais que auxiliam o ser humano no processo de individuação.


Para Jung, os sonhos não seriam uma fachada, mas a forma própria do inconsciente de se expressar. Para o mestre suíço, há os sonhos comuns e os arquetípicos, revestidos de grande poder revelador para quem sonha. A interpretação de sonhos é uma ferramenta crucial para a psicologia analítica, desenvolvida por Jung.


Os sonhos seriam uma demonstração da realidade do inconsciente. Sendo estudados corretamente pode-se descrever, ou melhor, conhecer o momento psicológico do indivíduo. Fazendo uma analogia séria como uma "fotografia" do inconsciente. Por isso, o sonho sempre demonstra aspectos da vida emocional. Os sonhos têm uma linguagem própria.


Ao ver duas pessoas estrangeiras que falam um idioma que não é do nosso conhecimento, nunca diríamos que elas não sabem falar.


O problema é que não conhecemos aquela língua (sua estrutura, sua gramática, etc). O mesmo acontece com os sonhos. Sua linguagem são os símbolos. Para entender seus variados conteúdos, temos que estudar os símbolos. Utilizando-se do conceito de "complexos" e do estudo dos sonhos e de desenhos, Carl Gustav Jung passou a se dedicar profundamente aos meios pelos quais se expressa o inconsciente. Em sua teoria, enquanto o inconsciente pessoal consiste fundamentalmente de material reprimido e de complexos, o inconsciente coletivo é composto fundamentalmente de uma tendência para sensibilizar-se com certas imagens, ou melhor, símbolos que constelam sentimentos profundos de apelo universal, os arquétipos.



Participação no III CONAM

“... e o mar trara para os homens novas esperanças,

assim como o sono traz os sonhos.”

Cristóvão Colombo






Aconteceu no Ritz Plaza Hotel na cidade de Juiz de Fora, de 24 a 27 de agosto de 2011 o III CONAM - Congresso Acadêmico de medicina da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora.


A temática central do evento foi: "Polemicas da Saúde".


Na categoria ‘temas livres’ foram apresentados quatro trabalhos que tiveram autoria discente e docente da Faculdade de Medicina de Itajubá.



As publicações de autoria de Leandro Henrique de Oliveira Almeida, Mayra Lopes de Almeida Reis. Sob orientação e co-orientação dos doutores: Francisco Sales de Almeida e José Marcos dos Reis foram respectivamente:


Em 25/08/2011, na forma de pôster: “Estenose de vias respiratórias por tubo endotraqueal: Estudo Anatômico.”


Em 25/08/2011, na forma oral: “Descompressão do Nervo Facial: Relato de Caso”.


Em 26/08/2011, na forma de pôster: “Tumor de Paratireóide” e “Tumor Glômico: Relato de Caso”.



O evento contou ainda com palestras de temática polemica como “Sexologia”, “Dietas Milagrosas”, “Homeopatia e Terapêuticas Alternativas”, “Transexualismo”, “Cenário de um Homicídio – Atribuições da Medicina Legal”, “Aborto”, “Mentes de um Serial Killer”, “Limites da Cirurgia Plástica”, “Ato Médico”, dentre outras.



O evento denotou a importância da interação entre as instituições de ensino médico de forma a propiciar o avanço científico e permitir a educação continuada de profissionais.