sábado, 4 de junho de 2011

Medida da Pressão Arterial no Homem

“As fronteiras da minha linguagem são as fronteiras do meu universo.”


Ludwig Wittgenstein



A pressão arterial mantém o sangue circulando no organismo. Tem início com o batimento do coração. A cada vez que bate, o coração joga o sangue pelos vasos sangüíneos chamados artérias. As paredes dessas artérias são como bandas elásticas que se esticam e relaxam a fim de manter o sangue circulando por todas as partes do organismo.




O resultado do batimento do coração é a propulsão de certa quantidade de sangue (volume) através da artéria aorta. Quando este volume de sangue passa através das artérias, elas se contraem como que se estivessem espremendo o sangue para que ele vá para frente.




Esta pressão é necessária para que o sangue consiga chegar aos locais mais distantes, como a ponta dos pés, por exemplo. O números de uma aferição de pressão arterial significam uma medida de pressão calibrada em milímetros de mercúrio (mmHg).




O primeiro número, ou o de maior valor, é chamado de sistólico, e corresponde à pressão da artéria no momento em que o sangue foi bombeado pelo coração. O segundo número, ou o de menor valor é chamado de diastólico, e corresponde à pressão na mesma artéria, no momento em que o coração está relaxado após uma contração.




Não existe uma combinação precisa de medidas para se dizer qual é a pressão normal, mas em termos gerais, diz-se que o valor de 120/80 mmHg é o valor considerado ideal.




Contudo, medidas até 140 mmHg para a pressão sistólica, e 90 mmHg para a diastólica, podem ser aceitas como normais. O local mais comum de verificação da pressão arterial é no braço, usando como ponto de ausculta a artéria braquial.




O equipamento usado é o esfigmomanômetro ou tensiômetro, vulgarmente chamado de manguito, e para auscultar os batimentos, usa-se o estetoscópio.




A pressão arterial é a pressão exercida pelo sangue contra a superfície interna das artérias. A força original vem do batimento cardíaco. A pressão arterial varia a cada instante, seguindo um comportamento cíclico. São vários os ciclos que se superpõem, mas o mais evidente é o determinado pelos batimentos cardíacos. Chama-se ciclo cardíaco o conjunto de acontecimentos desde um batimento cardíaco até o próximo batimento.




A medida indireta da pressão arterial só se tornou possível a partir de 1880, quando von Basch, na Alemanha, idealizou o primeiro aparelho, que nada mais era que uma bolsa de borracha cheia de água e ligada a uma coluna de mercúrio ou a um manômetro. Comprimindo-se a bolsa de borracha sobre a artéria até o desaparecimento do pulso obtinha-se a pressão sistólica. Em 1896, um médico italiano, Riva-Rocci, substituiu a bolsa por um manguito de borracha e a água pelo ar. A medida da pressão diastólica teve que esperar por mais 9 anos, até que um jovem médico russo, Nikolai Korotkov descobrisse os sons produzidos durante a descompressão da artéria.


OBJETIVO: O objetivo do experimento consiste em efetuar a medida da pressão arterial.



MATERIAIS: Aparelho de aferição de pressão completo. Estestoscópio. Material para anotação.


DESENVOLVIMENTO:


4.1- Procedimento Experimental: Método Palpatório







Tomou-se um colega como paciente que sentado, confortavelmente manteve o braço estendido sobre a mesa, teve o manguito do esfingmanômetro aplicado sobre a arterial braquial. Tomou-se o pulso radial, subindo a pressão no manguito de dez em dez até a obliteração do mesmo, anotou-se o resultado. Depois, descomprimiu-se vagarosamente até que o pulso radial voltasse a ser palpado, anotando também o valor.







4.2- Resultados:


Palpação: PA=120 x 70 mmHg.





4.3- Procedimento Experimental: Método Auscutatório







Identificou-se por palpação o curso da artéria radial na fossa antecubital. Colocou-se a campânula do estetoscópio levemente sobre a artéria, insuflou-se o manguito até a pressão de 200mmHg. Em seguida, realizou-se a descompressão lenta do sistema anotando o aparecimento do som no estetoscópio. Continuou-se a descompressão e anotou-se quando o som desaparece.







4.4- Resultados:




Auscuta: PA= 120 x 70 mmHg.

ANÁLISE DOS RESULTADOS:






Pressão realizada por método de auscuta, bem como por palpação obtiveram o mesmo valor, no mesmo indivíduo.




O valor obtido encontra-se dentro do padrão de referência de normalidade.




Não existe uma combinação precisa de medidas para se dizer qual é a pressão normal, mas em termos gerais, diz-se que o valor de 120/80 mmHg é o valor considerado ideal. Contudo, medidas até 145 mmHg para a pressão sistólica, e 90 mmHg para a diastólica, podem ser aceitas como normais.




CONCLUSÕES:




Com base nas avaliações efetuadas, pode-se concluir que o paciente encontra-se normotenso.




A pressão arterial é considerada elevada se em repouso a pressão diastólica for superior a 90 mm/Hg e/ou a pressão arterial sistólica for superior a 140 mm/Hg. Se este for o caso deve-se procurar imediatamente um médico.




O prolongamento de níveis de pressão arterial alta pode ser perigoso, pois, causam o progressivo deterioramento dos vasos sangüíneos do organismo.




Deve-se consultar o seu médico se os valores da pressão arterial sistólica estiverem entre 140 mm/Hg e 160 mm/Hg, e/ou os valores da pressão diastólica estiverem entre 90mm/Hg e 95 mm/Hg. Deverá também proceder regularmente a medições de autocontrole. Se os valores forem demasiados baixos, isto é, se a pressão sistólica for inferior a 105 mm/Hg e/ou a diastólica inferior a 60 mm/Hg, também é indicado ir ao médico cardiologista.




O paciente submetido a exercício físico tem seu padrão pressórico alterado, mas padrões que voltam ao normal após um curto intervalo de tempo.




A pressão da arterial braquial, bem como a da artéria poplítea, é de mesmo valor na mensuração.




A pressão arterial pode alterar ligeiramente o seu valor em caso de decúbito, uma vez que em repouso e decúbito é exigido menor esforço cardíaco para bombear sangue.




REFERÊNCIAS:





BERALDO, W. T.: Fisiologia. 1 ed. Imprensa UFMG. Belo Horizonte, 1968.






MOREIRA, D. A. R.: Fisiologia Humana. Apostila da Faculdade de Medicina de Itajubá, 2009.







GUYTON, A. C.; HALL, J. E. : Tratado de Fisiologia Médica. 11 ed. Elsevier. Rio de Janeiro, 2006.

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