Introdução
A Ausculta Cardíaca é a parte da Semiologia médica que estuda os sons gerados pelo ciclo cardíaco e seu significado. Utiliza-se de um estetoscópio. O estetoscópio padrão tem duas olivas, que se encaixam na orelha do examinador, um ou dois tubos condutores por onde o som é conduzido, e uma campânula ou um diafragma, que é colocado no corpo do examinando, para amplificar os sons corporais.
Quando se ausculta uma pessoa com um estetoscópio, o batimento cardíaco é marcado por dois sons, descritos como “lub, dub; lub, dub”. O “lub” é é a primeira bulha cardíaca e é causada pelo fechamento das válvulas atrioventriculares durante a contração dos ventrículos. O “dub” é a segunda bulha, causada pelo fechamento das válvulas aórtica e pulmonar ao termino da contração.
Quando os ventrículos contraem, as pressões aumentadas nos dois ventrículos forçam o fechamento das cúspides das válvulas atrioventriculares. A interrupção súbita do fluxo dos ventrículos para os átrios faz com que o sangue produza vibrações das paredes cardíacas e do próprio sangue e essas vibrações são transmitidas ate a parede torácica, onde são ouvidas as primeiras bulhas, o som “lub” ou “tum”.
Imediatamente após os ventrículos terem descarregado seu sangue para o sistema arterial, o subseqüente relaxamento ventricular permite que o sangue volte a fluir para trás, das artérias para os ventrículos, o que provoca o fechamento abrupto das válvulas aórtica e pulmonar, produzindo vibrações no sangue e nas paredes das artérias pulmonar e aorta., essas vibrações são transmitidas para a parede torácica, causando a segunda bulha, o som “dub” ou “tá”.
E através dos focos primários que percebe-se as bulhas cardíacas. São focos: Foco mitral, localizado na sede do “íctus cordis”, ou seja, no 4º e 5º espaço intercostal esquerdo entre a linha mamilar e para- esternal, cerca de
Ausculta cardíaca nomal, evidencia a primeira bulha (B1) que representa o fechamento das valvas mitral e tricúspide e início da sístole e a segunda bulha (B2) que representa o fechamento das valvas aórtica e pulmonar e início da diástole.
Os motivos que levam a encaminhar ao cardiologista podem ser bastante variados, sendo os mais freqüentes detectáveis pela ausculta: sopro cardíaco, dor precordial, suspeita de arritmia e queixas de cansaço/dispnéia. Outras queixas menos freqüentes incluem: presença de ruídos cardíacos de difícil definição, cianose, radiografia de tórax aparentemente anormal e outras.
Deve ser lembrado que é comum a ocorrência de cardiopatia congênita, grave, em paciente totalmente assintomático, encaminhado para avaliação especializada devido à descoberta ocasional de um sopro cardíaco.
Objetivos
O objetivo do experimento consiste em efetuar a ausculta cardíaca em um homem normal.
Materiais
Estetoscópio |
Material para anotação |
Desenvolvimento
4.1- Procedimento Experimental:
Tomou-se um colega como paciente, deixando o tórax do mesmo exposto. Sentado, inclinado para frente nota-se a posição de impulso cardíaco. Posteriormente, colocando-se o estetoscópio sobre o pré-córdio efetuo-se a ausculta ouvindo e anotando as bulhas.
4.2- Resultados:
Ritmo regular em dois tempos |
Bulhas normofonéticas |
Análise dos Resultados
A ausculta cardíaca encontra-se dentro dos parâmetros normais, por se tratar de um adulto livre de patologias cardiovasculares.
Conclusões
As avaliações efetuadas sugerem que o paciente possui sons cardíacos equivalentes ao de um coração livre de patologias.
Considerações:
1- A relação de tempo entre o pulso radial e a carótida não existem, pois ambos seguem o mesmo padrão por se tratarem de pulsos arteriais.
A relação entre o pulso e a bulha pode ser descrita da seguinte forma: “tum”, pulso, “ta”.
2- As bulhas são ouvidas de forma diferente de acordo com a região do pré-cordio na qual realiza-se a ausculta. Tal diferenciação pode ser evidenciada pela distinção de focos para a ausculta.
São focos:
Foco mitral – localizado no 5o. espaço intercostal esquerdo, linha hemi-clavicular.
Foco aórtico – localizado no 2o. espaço intercostal direito, região paraesternal (ao lado do esterno).
Foco aórtico acessório, localizado no 3o. espaço intercostal esquerdo, região paraesternal.
Foco pulmonar – localizado no 2o. espaço intercostal esquerdo, região paraesternal.
Foco tricúspide – localizado no 5o. espaço intercostal direito, região paraesternal.
3- A primeira bulha equivale a “tum” e a segunda equivale a “ta”.
4- Com o paciente em decúbito as bulhas mesmo normofonéticas ficam menos audíveis, devido à redução do esforço.
5- Após realizar uma atividade física proposta as bulhas estão em ritmo mais acelerado apesar de continuarem intercaladas pelo pulso e normofonéticas. Não há alteração independentemente de qual pulso está sendo avaliado. A ausculta varia de acordo com a área auscultada permitindo que algumas bulhas apareçam de forma mais nítida.
Referências:
MOREIRA, D. A. R.: Fisiologia Humana. Apostila da Faculdade de Medicina de Itajubá, 2009.
GUYTON, A. C.; HALL, J. E. : Tratado de Fisiologia Médica. 11 ed. Elsevier. Rio de Janeiro, 2006.
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