sábado, 7 de maio de 2011

Estudo do Pulso

"Está morto: podemos elogiá-lo a vontade."

Machado de Assis


Introdução




Quando se palpa uma artéria, o pulso arterial é percebido como uma expansão da parede arterial síncrona com o batimento cardíaco. A expansão é devida à distensão súbita da parede arterial originada pela ejeção ventricular na aorta e sua transmissão aos vasos periféricos. Na realidade, o pulso arterial é uma onda de pressão dependente da ejeção ventricular e, por isso, a análise do pulso arterial proporciona dados inestimáveis da ejeção ventricular esquerda, do mesmo modo que o pulso venoso expressa a dinâmica do enchimento ventricular direito.


Recomenda-se as seguintes táticas na palpação do pulso arterial: efetuar um mínimo de compressão e com mais de uma polpa digital; Executar movimentos de vai e vem ao longo da artéria que está sendo explorada. Obter informações sobre as características de dureza, consistência, forma e decurso. A artéria é normalmente retilínea, mole, de superfície lisa e uniforme e não dá a sensação de relevo na compressão e no movimento de lateralização;


Deve-se palpar, na ordem, as seguintes artérias: radial, braquial, subclávia, aorta, carótida, temporal, aorta abdominal, femoral, poplítea, tibiais posteriores, tibiais anteriores, pediosas.


Perceber as seguintes características propedêuticas: Estado da parede da artéria: depressível, endurecida, em "traquéia de passarinho", dilatada, aneurismática; Freqüência; Ritmo: o ritmo normal é caracterizado pelas amplitudes iguais com espaços ou intervalos também iguais. Composição: uma onda, duas ondas (bi-esferens); Amplitude: mediana, grande, pequena; Celeridade: lento, célere.


Normalmente examina-se o pulso arterial primeiramente no punho, considerando-se cinco propriedades, além do estado da parede arterial: frequência, ritmo, tensão, amplitude e forma. O que se palpa é uma onda de pressão, por isso para ser analisada e, toda sua amplitude é necessário variar a força que exerce os dedos sobre a artéria até que se detecte o movimento máximo: isso equivale a uma pressão igual à tensão diastólica. O vértice ou cúspide do pulso é liso e bastante agudo (onda de percussão), sem ser abrupto. A cúspide mantém-se momentaneamente, dando ao pulso um vértice arredondado, e a queda é rápida sem ser precipitada. O conjunto do movimento da onda de pulso é uniforme. Os fenômenos que ocorrem na vertente ascendente do pulso até o seu vértice chamam-se anacróticos, enquanto os que ocorrem na vertente descendente chamam-se catacróticos (incisura dícrota e onda dícrota).


A análise clínica do pulso arterial baseia-se nas propriedades que só se podem obter por palpação: a amplitude e a forma (qualidade) da onda de pulso. Ambas se aprende por experiência; no entanto, se a apreciação da forma requer hábito, a amplitude é um dado de fácil aprendizado e que permite afirmar se a onda de pulso é normal, aumentada ou diminuída, e que é útil para a classificação inicial do pulso arterial.



Objetivos



O objetivo do experimento consiste em efetuar o estudo do pulso arterial.







Materiais













Cronômetro


Material para anotar os dados


Degrau com cerca de 35 centímetros


Calculadora




Desenvolvimento




4.1- Procedimento Experimental: Descrição do Pulso



Tomou-se a mão de um colega como paciente, com a palma voltada para cima. Aplicou-se três dedos sobre a artéria radial com o indicador na direção mais próxima. Verificou-se as características do pulso.



4.2- Resultados:





















PALPAÇÃO


FREQUENCIA -> 77bpm


VOLUME -> cheio


TIPO DE ONDA -> normal


RITIMICIDADE -> rítmico


TENSÃO -> forte


PULSO CONTRA-LATERAL -> simétrico


PULSO PARADOXAL -> some na inspiração




4.3- Procedimento Experimental: Teste de Harvard



O elemento foi submetido ao ato de subir e descer no banco 30 vezes por minuto durante quatro minutos. Ao final, verificou-se três determinações de pulso, uma depois de um minuto, a segunda depois de dois minutos, a terceira depois de três minutos. Sendo a determinação da freqüência cardíaca realizada em espaço de trinta segundos.


Os índices obtidos foram computados segundo a fórmula.



4.4- Resultados:














FÓRMULA


RESULTADO


Duração do exercício x 60 x 100 /


2 x (a + b + c )


4 x 60 x 100 /


2 x (73 + 69 + 61 )



59.11


















PADRÃO


Abaixo de 55 -> condição física fraca


De 55 a 64 -> condição física baixa


De 65 a 70 -> condição física média


De 80 a 89 -> condição física baixa


De 90 para cima -> excelente




Análise dos Resultados



Pulso nos padrões de normalidade.


Condição física baixa.



Conclusões



Com base nas avaliações efetuadas, pode-se concluir que apesar de portar pulso arterial normal, a condição física do paciente de acordo com os padrões estabelecidos pelo teste de Harvard implica em condição física baixa.


Em função da facilidade e rapidez de execução deste testes, é necessário que saiba interpretar os resultados obtidos.


Qualquer anormalidade encontrada durante este teste, bem como durante a análise do pulso, deve ser rigorosamente elucidada através de todos os recursos disponíveis; Principalmente, dos testes cardiológicos monitorizados e de dados importantes que podem ser facilmente fornecidos por exames laboratoriais de simples execução.



Respondendo as questões propostas:


A – O que se entende por pulso capilar?


- O empalidecimento e ruborização pulsáteis das unhas dos dedos, à compressão leve, são chamados de "pulsação capilar" ou "sinal de Quincke". Pode sugerir insuficiência aórtica.


B – O que se entende por pulso venoso?


- O pulso venoso, uma onda de volume, reflete a dinâmica do retorno venoso ao coração direito. Realmente, as ondas do pulso venoso expressam as alterações de volume do átrio direito em cada momento do ciclo cardíaco, e a pressão venosa indica a pressão do átrio direito, com o que se obtém informação estática do enchimento ventricular. O pulso venoso é mais importante do que a ausculta, pois as ondas, ao contrário do estetoscópio, refletem a hemodinâmica cardíaca. Em conjunto, o exame dos pulsos arterial e venoso nos informa sobre a ejeção e o enchimento ventricular esquerdo e direito, respectivamente. Por seu significado fisiopatológico, o exame clínico do pulso venoso jugular faz-se em dois aspectos: pressão venosa e forma de pulso. O pulso venoso, como é observado na cabeceira do doente, é a extremidade oscilante da porção proximal distendida das veias jugulares internas.



Referências




BERALDO, W. T.: Fisiologia. 1 ed. Imprensa UFMG. Belo Horizonte, 1968.



MOREIRA, D. A. R.: Fisiologia Humana. Apostila da Faculdade de Medicina de Itajubá, 2009.



GUYTON, A. C.; HALL, J. E. : Tratado de Fisiologia Médica. 11 ed. Elsevier. Rio de Janeiro, 2006.

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