“Porque os caminhos do Senhor são retos,
e os justos andarão neles;
mas os transgressores neles cairão.”
Oséias 14:9.
Oséias nome que combina com a mensagem da obra e significa “salvação é o Senhor" foi profeta em Israel no século VIII a.C..
Filho de Beeri. Pouco se sabe da vida ou do status social de Oséias.
De acordo com o Livro de Oséias, teria se casado com a prostituta Gomer, filha de Diblaim, por ordem de Deus.
Viveu no Reino do Norte durante os reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, e de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel, nos anos de 780 e 725 a.C..
Em Oséias 5:8 existe uma referência às guerras que levaram à captura do reino pelos assírios, ocorrida em torno de 734-732 a.C.;
Não há confirmação de que Oséias teria também vivido a destruição de Samária, que é prevista em Oséias 13:1.
A vida familiar de Oséias refletia a relação "adúltera" que Israel havia construído com os deuses politeístas.
Os nomes de seus filhos lhes transformaram em profecias ambulantes da queda da dinastia dominante e do pacto rompido com Deus.
Assemelha-se a Isaías, sendo frequentemente visto como um "profeta do destino", porém sob sua mensagem de destruição está uma promessa de restauração.
O Talmude (Pesachim 87a) cita que ele teria sido o maior profeta de sua geração.
Escreveu no oitavo século a.C. (segundo as datas dos reinados dos reis mencionados em 1:1), durante a mesma época do trabalho de Amós (Amós 1:1), Isaías (Isaías 1:1) e Miquéias (Miquéias 1:1).
Relata acerca de um povo que se achava bom e próspero, mas que se encontrava no caminho equivoco devido à prática da idolatria, imoralidade e injustiça.
Amós e Oséias profetizaram principalmente para Israel, e Isaías e Miquéias pregaram mais para Judá.
Oséias viveu nos últimos dias do reino de Israel. Devido a séculos de pecado, o povo estava chegando ao fim.
A infidelidade espiritual do povo é comparada ao pecado de adultério.
O livro de Oséias, talvez mais do que qualquer outro livro do Antigo Testamento, expõe o coração de Deus.
Oséias vive no próprio casamento o que Deus estava passando em relação a Israel.
Os primeiros três capítulos descrevem a vida de Oséias.
Ele se casa, mas a mulher dele se torna adúltera. “Quando o Senhor começou a falar por meio de Oseias, disse-lhe: Vá, tome uma mulher adúltera e filhos da infidelidade, porque a nação é culpada do mais vergonhoso adultério por afastar-se do Senhor” (Oseias 1.2).
Do casamento de Oséias nascem três filhos cujos nomes também são determinados pelo Senhor: Jezreel (foi lugar de decisivas batalhas), Lo-Ruama (em algumas traduções significa “não-amada”) e Lo-Ami (significa “não meu povo”) todos com o significado das sanções que Deus aplicaria ao seu povo.
Ele sofre com a infidelidade dela, mas ainda mostra a misericórdia para tomá-la de volta.
Assim Deus viu a sua noiva, o povo de Israel, se envolvendo com "outros deuses", ou seja, cometendo adultério espiritual.
Mesmo depois de tudo que Israel havia feito, Deus teria graça e misericórdia para reconciliar com esta esposa adúltera e estabelecer uma nova aliança com ela.
Alguns eruditos duvidam da existência desse casamento, mas se este realmente existiu, o capacitou para descrever vividamente a atitude de Deus para com Israel, sua "esposa adúltera".
O estilo do livro sugere que a situação descrita é figurada para propiciar a analogia. Mas existem questionamentos acerca do fato da esposa de Oséias ser alegórica.
No livro, a situação de Israel simbolizada pelo matrimonio do profeta são descritos do capítulo um ao terceiro.
Os capítulos do quarto ao décimo terceiro descrevem a recidiva da idolatria do povo.
O arrependimento e as promessas de Deus aparecem de forma explícita no capítulo quatorze.
Oséias fala de uma Israel que será devorada e assim perderá a identidade nacional.
A mensagem central é de restauração. O perdão de Deus é restaurador e pode ser percebido em diferentes partes do livro, conforme em Oséias 6:1 “Vinde, e tornemos ao Senhor, porque ele despedaçou, e nos sarará; feriu, e nos atará a ferida.” Ou ainda ao final da obra, segundo Oséias 14:5 “Serei como orvalho para Israel”.
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