domingo, 2 de dezembro de 2012

Congresso de Anatomia Aplicada e Embriologia de Juiz de Fora: Poster


"Sempre, aconteça o que acontecer, o médico, por estar tão próximo ao paciente, por conhecer tanto o mais profundo de sua psique, por ser a imagem daquele que se acerca da dor e a mitiga, tem uma tarefa muito importante, de muita responsabilidade." 
Che Guevara


PROCEDIMENTO CIRÚRGICO EM COMPLICAÇÕES INFECCIOSAS DE CABEÇA E
PESCOÇO: RELATO DE CASO


REIS, MLA. ALMEIDA, LO. ALMEIDA, FS. ARAÚJO, RSNA. COLORADO, CE.
SANTA CASA DE MISERICÓRDIA 


INTRODUÇÃO: Os abcessos faríngeos são coleções de pús localizadas em espaços virtuais delimitados por fascia. São classificados de acordo com sua localização como: periamigdalino, retrofaríngeo e parafaríngeo. Os abcessos periamigdalinos resultam da infecção da tonsila palatina, e os demais, da infecção dos gânglios linfáticos localizados nos espaços parafaríngeo e retrofaríngeo. Os espaços possuem continuidade o que lhes confere baixa resistência a quadros infecciosos e disseminação infecciosa envolvimento de estruturas vitais do pescoço. Podem cursar com complicações graves tais como a ruptura da carótida interna, trombose da veia jugular, envolvimento do nono e décimo segundo pares cranianos e ainda comprometimento da cadeia simpática. 

OBJETIVO: Contribuir para a casuística, evidenciar estruturas anatômicas acometidas e elucidar terapêutica resolutiva. 

MÉTODO: relato de caso. 

RESULTADOS: Paciente apresentava um abcesso cervical externo esquerdo anterior. O quadro havia se instalado há 12 dias, com piora significativa dos sintomas. Relatou inicio do quadro com tosse seca, odinofagia e disfagia, tendo feito uso de antibioticoterapia sem prescrição e acompanhamento médico. O antibiótico usado na automedicação foi Azitromicina de dose única. Após o uso da medicação apresentou piora dos sintomas e o surgimento do abcesso. O paciente referia presença de sinais flogísticos no local. Negava: febre, atopias, tabagismo e etilismo. Ao exame físico constatou-se infecção de orofaringe e abcesso periamigdaliano. Inseriu-se um dreno fenestrado paralelo a artéria carótida e à veia jugular, lavando-se o abcesso com 3.000mL de soro fisiológico três vezes ao dia, por dez dias. O procedimento cursou sem intercorrencias, concomitante com a prescrição de Ceftriaxona. Alta hospitalar com remissão do quadro. 

CONCLUSÃO: Apesar da resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária que regula a venda de antibióticos, em vigor desde 2010, ainda ocorre automedicação que gera aumento do perfil de resistência bacteriana e agrava quadros infecciosos podendo causar graves lesões às estruturas do pescoço. 




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