"Sempre, aconteça o que acontecer, o
médico, por estar tão próximo ao paciente, por conhecer tanto o mais profundo
de sua psique, por ser a imagem daquele que se acerca da dor e a mitiga, tem
uma tarefa muito importante, de muita responsabilidade."
Che Guevara
PROCEDIMENTO CIRÚRGICO EM COMPLICAÇÕES INFECCIOSAS DE CABEÇA E
PESCOÇO: RELATO DE CASO
PESCOÇO: RELATO DE CASO
REIS,
MLA. ALMEIDA, LO. ALMEIDA, FS.
ARAÚJO, RSNA. COLORADO, CE.
SANTA
CASA DE MISERICÓRDIA
INTRODUÇÃO: Os abcessos faríngeos
são coleções de pús localizadas em espaços virtuais delimitados por fascia. São
classificados de acordo com sua localização como: periamigdalino, retrofaríngeo
e parafaríngeo. Os abcessos periamigdalinos resultam da infecção da tonsila
palatina, e os demais, da infecção dos gânglios linfáticos localizados nos
espaços parafaríngeo e retrofaríngeo. Os espaços possuem continuidade o que
lhes confere baixa resistência a quadros infecciosos e disseminação infecciosa envolvimento
de estruturas vitais do pescoço. Podem cursar com complicações graves tais como
a ruptura da carótida interna, trombose da veia jugular, envolvimento do nono e
décimo segundo pares cranianos e ainda comprometimento da cadeia simpática.
OBJETIVO:
Contribuir para a casuística,
evidenciar estruturas anatômicas acometidas e elucidar terapêutica resolutiva.
MÉTODO: relato de caso.
RESULTADOS: Paciente apresentava
um abcesso cervical externo esquerdo anterior. O quadro havia se instalado há
12 dias, com piora significativa dos sintomas. Relatou inicio do quadro com
tosse seca, odinofagia e disfagia, tendo feito uso de antibioticoterapia sem
prescrição e acompanhamento médico. O antibiótico usado na automedicação foi Azitromicina
de dose única. Após o uso da medicação apresentou piora dos sintomas e o
surgimento do abcesso. O paciente referia presença de sinais flogísticos no
local. Negava: febre, atopias, tabagismo e etilismo. Ao exame físico constatou-se
infecção de orofaringe e abcesso periamigdaliano. Inseriu-se um dreno
fenestrado paralelo a artéria carótida e à veia jugular, lavando-se o abcesso
com 3.000mL de soro fisiológico três vezes ao dia, por dez dias. O procedimento
cursou sem intercorrencias, concomitante com a prescrição de Ceftriaxona. Alta
hospitalar com remissão do quadro.
CONCLUSÃO: Apesar da resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária que
regula a venda de antibióticos, em vigor desde 2010, ainda ocorre automedicação
que gera aumento do perfil de resistência bacteriana e agrava quadros
infecciosos podendo causar graves lesões às estruturas do pescoço.
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