domingo, 2 de dezembro de 2012

Congresso de Anatomia Aplicada e Embriologia de Juiz de Fora


"O melhor médico é aquele que recebe os que 
foram desenganados por todos os outros." 
Aristóteles




 CUIDADO E MANUSEIO DO NERVO FACIAL EM CIRURGIA DE PARÓTIDA

REIS, MLA. SANTOS, JF. ALMEIDA, FS. ARAÚJO, RSNA. BARBETTA, GPC. 
SANTA CASA DE MISERICÓRIDA 

INTRODUÇÃO: As glândulas parótidas são as maiores glândulas salivares, pesando aproximadamente 30 gramas. Localizam-se anterior ao tragus, ao redor do ramo da mandíbula. Drenam por intermédio do ducto de Stensen com abertura na mucosa nas proximidades do segundo molar superior. O nervo facial, sétimo par craniano, é responsável pela mímica facial, atravessando a parótida e a dividindo em lobo superficial com 80% do volume total e profundo com os demais 20%. O nervo facial possui ramificações, sendo: ramo ascendente, e ramo cervicofacial. O ramo ascendente é composto pelas subdivisões: ramo temporofacial, zigomático e temporal. O ramo cervicofacial se subdivide em: ramo bucal, ramo mandibular e ramo cervical. Um dos grandes desafios da exerese da glândula parótida consiste no controle de danos do nervo facial. 

OBJETIVO: Contribuir para a casuística e evidenciar estruturas anatômicas relacionadas dissecadas no procedimento cirúrgico. 

MÉTODO: relato de caso. 

RESULTADOS: Paciente de 38 anos foi admitida na Santa Casa de Misericórdia após indicação prévia de exerese de parótida. Referia presença de um nódulo em glândula parótida esquerda há um ano com crescimento progressivo das dimensões menores por oito meses. Negava outras alterações. Ao exame físico, constatou-se parestesia unilateral em face esquerda. Solicitada tomografia evidenciou-se comprometimento da glândula com indicação de parotidectomia unilateral esquerda. O procedimento cirúrgico ocorreu sem intercorrencias, com incisão submandibular e dissecção da parte superior rebatendo um retalho de pele sucedido de posterior liberação dos planos superficiais da glândula até os ramos do nervo facial. O ramo ascendente pôde ser preservado, enquanto que o ramo cervical do nervo facial foi ligado devido ao infiltrado de massa tumoral que o comprometia. Foi ressecado um linfonodo cervical reacional. Alta hospitalar em boas condições clínicas. 

CONCLUSÃO: Nas parotidectomias com massa tumoral infiltrativa acometendo ramos do nervo facial a ligadura de ramos consiste em medida de minimização de seqüelas. 





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