domingo, 2 de dezembro de 2012

Congresso de Anatomia Aplicada e Embriologia de Juiz de Fora: Poster

"Nem sempre depende do médico que o doente se restabeleça: 
algumas vezes o mal é mais forte que a ciência." 
Ovídio




EXERESE DE TUMOR DE BASE DE CRANIO: RELATO DE CASO

REIS, MLA. ALMEIDA, LHO. ALMEIDA, FS. ARAÚJO, RSNA. JÚNIOR, JCP. 
SANTA CASA DE MISERICÓRDIA 

INTRODUÇÃO: A cirurgia de base de crânio atua em doenças localizadas em região de difícil acesso no crânio e na região cervical. As principais doenças que acometem tal localidade são: tumores, doenças vasculares, traumatismos, malformações congênitas, fístulas, dentre outras. Apesar do avanço dos exames de imagem nas últimas décadas, a compreensão da localização tumoral ainda sofre um viés de erro decorrente da insuficiência de tais exames. Existe uma infinidade de subtipos histológicos de neoplasias de parótida, ocasionado uma grande variedade de tempo para o crescimento, e ainda da área pelo tumor acometida. As neoplasias malignas de parótida são 1-3% de todas as neoplasias de cabeça e pescoço, sendo comum sua recorrência após tratamento. São fatores que caracterizam a agressividade tumoral: envolvimento do nervo facial, doença cervical e grau histológico.

OBJETIVO: Contribuir para a casuística e evidenciar estruturas anatômicas relacionadas com a infiltração da massa tumoral. 

MÉTODO: relato de caso. 

RESULTADOS: Paciente de 70 anos apresentava massa na região cervical anterior direita com presença de dor significativa à palpação. Solicitada tomografia constatando tumor de glândula parótida direita foi indicada exerese com extirpação do nervo facial ipsilateral. Realizou-se uma incisão cervical anterior, constatando-se que a massa encontrava-se mais infiltrada do que havia sido evidenciado na tomografia. Considerando-se o tamanho da massa efetuou-se a ligadura da veia jugular interna e externa. Como o circuito arterial cerebral estava intacto e a massa abrangia a artéria carótida comum efetuou-se a ligadura da carótida comum. O tumor infiltrava até a parte óssea da região cervical. Após o procedimento cirúrgico o paciente foi acompanhado na UTI, mantendo Glasgow 03 até o terceiro dia após a cirurgia, quando faleceu. 

CONCLUSÃO: Os tumores que atingem a região da base do crânio são de difícil acesso e prognóstico obscuro. O plano cirúrgico pode implicar na ligadura de vasos calibrosos. 




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