domingo, 17 de abril de 2016
domingo, 27 de março de 2016
Projeto TCC
"A ciência nunca resolve um problema
sem criar pelo menos outros dez."
George Bernard Shaw
Justificativa
A
população do campo e da floresta consiste em moradores de regiões rurais,
florestais e ribeirinhas que possuem em seu modo de vida associado ao trabalho
rural, pesca artesanal e atividades extrativistas de pequeno porte para a
manutenção da vida.
Acontece
que tais populações são muito tradicionais e só passaram a ser reconhecidas
pelas políticas de saúde pública recentemente. O reconhecimento de tais
comunidades foi posteriormente ampliado, incorporando comunidades indígenas e
quilombolas.
Melhorias
recentes ocorreram no país objetivando reduzir a iniquidade na distribuição da
riqueza, tentando melhorar as condições mínimas de acesso a bens essenciais,
tais como a saúde, a educação e segurança.
Porém
há de se aceitar que a pobreza não é somente a falta de acesso a bens de
consumo, mas se caracteriza fundamentalmente pela vulnerabilidade decorrente da
falta de instrução, pela falta de oportunidade e de autonomia para escolher
alternativas distintas de vida.
“A pobreza se manifesta na falta de emprego,
de moradia digna, de alimentação adequada, de sistema de saneamento básico, de
serviços de saúde e de educação.” (BRASIL, 2005).
Há de se aceitar que a saúde é diretamente
influenciada pelas condições econômicas, sociais e ambientais nas quais as populações
estão inseridas. E, baseado em tal conhecimento, que políticas foram
incorporadas, pensando na maior vulnerabilidade de tais populações.
De acordo com o Plano Nacional de Saúde:
“No campo brasileiro, são encontrados os maiores índices de mortalidade
infantil, de incidência de endemias, de insalubridade e de analfabetismo,
caracterizando uma situação de enorme pobreza decorrente das restrições ao acesso
aos bens e serviços indispensáveis à vida” (BRASIL, 2005).
Condições básicas como o saneamento, o transporte,
a moradia e a alimentação são fatores determinantes que comprometem a qualidade
de vida de tais populações.
A década de 90 foi marcada por lutas no que
se refere a setores de campo e florestas em busca de superação da desigualdade
de acesso até então vigente. E, apesar de um olhar que passa a surgir sobre tal
porção da população, e do inicio de politicas e medidas que protejam tais
sujeitos, ainda existe uma enorme distancia dos protocolos seguidos para
avaliar a saúde da população urbana quando comparadas com tais populações
específicas.
Com o avanço da ciência médica, o campo da
pesquisa de doenças tropicais fica em segundo plano quando comparado com outros
setores da medicina.
Não há protocolos específicos acerca da
saúde da população dos campos e das florestas, não existem estudos médicos e
sanitários que avaliem os diferentes sujeitos sociais, sua mobilidade, sua
vulnerabilidade biológica frente às condições ambientais mais comuns a que estão
subjugados.
Definição do problema
O presente trabalho visa elucidar a ausência de protocolos médicos de cunho preventivo e curativo em ralação a maior suscetibilidade a contrair determinadas morbidades a que a população do campo e da floresta encontra-se submetida devido a algumas formas alternativas de abastecimento de água.
Objetivos
Objetivos
Objetivo geral: Demonstrar, por meio da
análise da condição de vida das populações de campo e floreta, a maior
suscetibilidade a contrair morbidades. Fato que resulta do abastecimento direto
de água. A população sofre, portanto, com a poluição dos rios, com a falta de
tratamento de redes de esgotos e depende por vezes da alimentação extrativista
advinda da pesca ribeirinha. A população especificada no estudo é ainda
suscetível no que tange ao uso de agrotóxicos em lavouras que contaminam
cisternas e olhos d’água.
Objetivo específico: Elaborar um
protocolo médico a ser aplicado semestralmente para prevenção de verminoses em
tais populações. E, ainda, propor atividades de educação em saúde objetivando
reduzir os danos à saúde causados pela maior suscetibilidade a morbidades decorrentes de um abastecimento de água inadequado.
Hipótese
Elaboração de três protocolos efetivos,
sendo eles:
1.
Protocolo
de atividade educativa que elucidam formas profiláticas contra morbidades nas
atividades de educação em saúde a ser aplicado nas escolas locais
2. Protocolo de rastreamento e tratamento
de doenças dermatológicas.
3.
Protocolo
de rastreamento e profilaxia de verminoses a população mais suscetível.
Fundamentação
teórica
Na
pós-modernidade o estudo da medicina é realizado com base em evidencias. A
evidência mais plausível corresponde à melhor evidencia científica que geralmente
é aquela que possui melhor impacto prático e melhor impacto cientifico
relacionado às publicações no mundo acadêmico.
Ocorre
que a atuação do Ministério da Saúde no que tange à população dos campos e das
florestas possui bases cientificas recentes. Há pouco material bibliográfico
indexado tratando do manejo de morbidades em populações específicas de campo e
floresta.
Apesar
da proposta de articular medidas intersetoriais, adotar condutas clínicas e
manejo que respeite a diversidade social, cultural e biológica é um desafio.
Analisando
o Brasil historicamente, comprova-se que as políticas públicas foram planejadas
e efetivadas com base em um posicionamento homogêneo da população, sendo, por
vezes, inadequada ao atender demandas específicas.
O
modelo econômico do século XX é agroexportador o que torna o campo brasileiro
um espaço que privilegia os grandes empresários. E foi nesse sentido que o
governo federal assumiu as responsabilidades relativas à saúde pública,
adotando medidas que favorecessem a produção, ficando as medidas sanitárias
subjugadas a iniciativas que propiciassem um funcionário mais produtivo.
Na
era Vargas o país passou por mudanças que combateriam as epidemias da primeira
república com resultados sanitários positivos reduzindo a malária e doenças
vetoriais e reduzindo a tuberculose nas populações rurais e urbanas.
A
partir daí, as iniciativas federais que apoiavam o trabalhador rural cresceram
com o Departamento de Endemias Rurais (1956), com a Confederação Nacional dos
trabalhadores da Agricultura, com a expansão das ligas camponesas em 1960.
Porém, com o golpe militar em 1964 as “organizações dos trabalhadores do campo
e os sindicatos foram reprimidos sendo posteriormente proibidos” (SOARES,
1985).
A Constituição de 1988 defende a saúde
como direito, ampliando o conceito de saúde, contrapondo a visão de saúde como
mercadoria de modo a garantir a integração de políticas sociais reduzindo
riscos de doenças e agravos com seu ápice na década de 90 com a Comissão
Pastoral da Terra (CPT), com o Movimento dos trabalhadores rurais sem terra
(MST), com o Conselho Nacional de Seringueiros (CNS).
As medidas sanitárias de saúde visam
promover a justiça social por intermédio da universalização dos serviços
públicos de saúde obedecendo ao principio da equidade.
“O capítulo dos direitos sociais
representou um avanço e uma conquista da classe trabalhadora” (BRASIL/MS,
2004).
As conferencias de saúde desde então
apontam o desafio que é garantir acesso à população do campo e florestas e qualidade
em todo o sistema.
O presente trabalho considera que para que
as ações de prevenção, promoção e educação em saúde possibilitem a emancipação desses
cidadãos na garantia de saúde e qualidade de vida em seus territórios, o
estabelecimento de diretrizes se comporta apenas como passo inicial cientifico,
pois, faz-se necessário o estabelecimento de diretrizes de manejo baseado em
evidencias gerando protocolos de atendimento de prevenção e tratamento para as
condições de saúde mais incidentes em tais populações minoritárias.
Metodologia
A
metodologia empregada será pesquisa documental. Sendo assim, o estudo será uma
revisão bibliográfica em bases de dados indexadas e não indexadas (devido à
contemporaneidade do tema) da condição da população do campo e da floresta no
que tange ao emprego de fontes de água potável em especial destinado à ingesta
humana.
A forma
de pesquisa utilizada será estudo retrospectivo, revisional avaliando variáveis
qualitativas epidemiológicas, bem como registros históricos.
O
levantamento de dados se dará em bases de dados indexadas e não indexadas, em
dados de sistemas de informações de acesso público (Datasus, IBGE, INCA, entre
outros), tabulações especiais de bases de dados de sistemas de informações,
bases de dados bibliográficas e registros de observações, conforme for
necessário no decorrer da elaboração do trabalho.
Espera-se
ainda elaborar protocolos efetivos que resultarão em rastreamento, profilaxia e
tratamento de morbidades comuns nas populações abordadas.
Cronograma
Atividade
|
2016
|
|||||||
mar
|
abr
|
mai
|
jun
|
jul
|
ago
|
set
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Elaboração do Projeto
|
X
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Revisão Bibliográfica
|
X
|
X
|
||||||
Coleta de dados
|
X
|
X
|
||||||
Interpretação dos dados
|
X
|
X
|
X
|
X
|
||||
Redação preliminar
|
X
|
X
|
||||||
Qualificação
|
X
|
|||||||
Redação final
|
X
|
X
|
||||||
Defesa
|
X
|
|||||||
Versão final
|
X
|
|||||||
Orçamento
Material de consumo e
serviços:
DESCRIÇÃO
|
QUANIDADE
|
PREÇO
|
TOTAL
|
Aquisição
de artigos
|
05
|
domínio
público sem custo
|
R$0,
00
|
Folhas
de papel
|
500
unidades
|
r$
41,60
|
r$
12,00
|
Cartucho
para impressora
|
01
unidade
|
r$
40,00
|
r$
40,00
|
TOTAL
|
r$
52,00
|
Referências
BRASIL.
Ministério da Saúde. Secretaria
Executiva. Subsecretaria de Planejamento e Orçamento. Plano Nacional de Saúde: um pacto pela saúde no Brasil – Brasília,
2005, p.27-28.
BRASIL.
Ministério da Saúde. 12ª Conferência
Nacional de Saúde: Conferência Sergio
Arouca. Brasília, 7 a 11 de dezembro de 2003: Relatório
Final/Ministério da Saúde, Conselho
Nacional de
Saúde. Brasília, 2004, 228 p.
SOARES,
José Arlindo. Os limites do novo
sindicalismo no Nordeste. Brasília: 1985 (digitado).
Métodos e Técnicas de Pesquisa
"A razão é o passo, o aumento da ciência o caminho,
e o benefício da humanidade é o fim."
Hobbes
a) Escolha
o tema do seu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) aplicando o conhecimento
adquirido na unidade 2.
b) Descreva a metodologia a ser utilizada
em seu trabalho, também aplicando o conhecimento adquirido na unidade 2.
RESPOSTA:
A) O tema proposto é: "Considerações epidemiológicas acerca do abastecimento de água das populações do campo e da floresta."
B)
A
metodologia empregada será pesquisa documental. Sendo assim, o estudo será uma
revisão bibliográfica em bases de dados indexadas e não indexadas (devido à
contemporaneidade do tema) da condição da população do campo e da floresta no
que tange ao emprego de fontes de água potável em especial destinado à ingesta
humana.
A forma de pesquisa utilizada
será estudo retrospectivo, revisional avaliando variáveis qualitativas epidemiológicas,
bem como registros históricos.
O levantamento de dados se dará
em bases de dados indexadas e não indexadas, em dados de sistemas de
informações de acesso público (Datasus, IBGE, INCA, entre outros), tabulações
especiais de bases de dados de sistemas de informações, bases de dados
bibliográficas e registros de observações, conforme for necessário no decorrer
da elaboração do trabalho.
O TCC proposto pretende analisar,
segundo metodologia epidemiológica, a condição de acesso do abastecimento de
água das populações do campo e da floresta, bem como elucidar e analisar a
normatização e legislação referente ao tema. Pretende-se ainda, tratar das
lacunas do conhecimento que devem ser preenchidas a partir do estudo de tal
população tão peculiar.
Conceituação de Saúde Coletiva
"Esnobar é exigir café fervendo e deixar esfriar."
Millor Fernandes
Considerando que o conceito de saúde
coletiva implica em práticas sanitárias de caráter social advindas da
instauração do SUS, considero que o contato que tenho tido com a temática por
intermédio do curso de pós-graduação tem impactado de forma benéfica no que
tange à prática profissional.
Observando a condição atual do país que
além da prevalência das endemias conta com surtos recentes de Zica vírus, febre
Chikungunya transmitidos pelo vetor Aedes aegypti consigo denotar ainda
mais a importância das medidas de prevenção. Uma vez que o vetor é o
transmissor do Dengue, patologia que possui formas graves como o Dengue
hemorrágico, já deveria ter sido controlado erradicando a patologia. As falhas
na prevenção pública culminam em quadros ainda mais graves o onerosos para os
setores privado e estatal.
Cito que o controle implica em utopia,
porque a saúde coletiva não recebe a devida atenção e a devida verba para implementação
das medidas avaliadas como padrão ouro de profilaxia. Não consiste em utopia
infundada uma vez que patologias já foram erradicadas com base em medidas
efetivas de saúde pública.
A saúde coletiva abrange áreas
importantes como o controle de vigilância sanitária que avalia desde o controle
de hemoderivados até presença de principio ativo em medicações, e, devido a
abrangência significativa, sofrem com sobrecarga de trabalho e recursos
limitados.
As mudanças recentes na área são
importantes e numerosas, e vão desde a retirada de lotes de Fenitoína e
Nimesulida do mercado até os programas de valorização dos funcionários da
atenção primária.
O estudo da temática e a ampliação das
áreas de atuação da saúde coletiva geram um conhecimento mais maduro, mais
elaborado e mais crítico acerca da realidade nacional. E, só por intermédio do
senso crítico, do apontamento das falhas é que são geradas hipóteses que
comprovadas geram o progresso e a transformação do sistema. Afinal, nas
palavras de George Bernard Shaw: “Não há progresso sem mudança. E, quem não
consegue mudar a si mesmo, acaba não mudando coisa alguma.”
Resenha do artigo: “Envelhecimento com dependência: responsabilidades e demandas da família”
"Só damos pelo envelhecimento dos outros"
André Malraux
No Brasil pós-moderno
há uma inexistência de programas governamentais no que tange a situação do
idoso. Em contrapartida, cita-se a existência da política nacional do idoso
datada de 1994 e da politica nacional de saúde do idoso decretada e promulgada
em 1999.
Seriam tais Leis
suficientes para tratar tema tão amplo?
A
temática central do artigo consiste nos aspectos da senescência associada as
suas morbidades limitantes: demências, fraturas, acidentes vasculares,
colagenoses, algias e deficiências visuais. Associada ao fato da inversão da
pirâmide etária e do aumento da expectativa de vida, bem como das consequências
de tal realidade social.
O
artigo elucida o fato da dependência familiar do idoso mediante as patologias
associadas, e, como essa situação altera a dinâmica familiar, a economia
domiciliar e a sobrecarga demandada por cuidados.
Analisando dados
publicados associados a conhecimentos demográficos, o texto denota a situação
do idoso mediante ao baixo nível socioeconômico, escolaridade defasada,
carência de serviços públicos e infraestrutura insuficiente culminando em
qualidade de vida precária em especial no se que se refere ao idoso da zona
rural quando comparado ao idoso de região urbana.
Apesar de o quadro
parecer caótico, cuidados são necessários mediante a uma situação de
dependência. E, embora o legislativo tente suprir tal demanda, a mesma se
apresenta sempre maior do que os recursos disponíveis.
Como prova da
condição descrita, o artigo apresenta um dado interessante: Um estudo de
suporte domiciliar para adultos limitados em sua autonomia, realizado de 1991 a
1995, no município de São Paulo em uma população de baixa renda que concluiu
que 90% das famílias não receberam ajuda de serviços de um modo geral, e que
cerca de 30% das famílias declararam que ficariam satisfeitas se pudessem
receber algum auxílio referente a cuidado.
É
abordado ainda o problema do idoso com renda advinda da assistência social
segundo a Constituição de 1988, que mediante ao alto índice de desemprego
vigente no país passa a ser o responsável pelo sustento familiar deixando
inúmeras famílias com renda abaixo da linha da pobreza.
O fato mais alarmante
citado consiste na irreversibilidade das condições acima descritas e em seu
agravamento com o transcorrer do tempo. Há de se considerar também que em
relação à doença observaram que o acometimento da saúde do idoso sobrecarrega o
familiar cuidador, que continua tendo que realizar seu trabalho extradomiciliar
tendo crescida a tarefa de cuidar do idoso às suas atividades rotineiras.
A autora Célia
Pereira Caldas, foi feliz em retratar tão bem e com minucia de detalhes as
condições centrais que mais causam danos aos idosos e à sociedade de forma tão
clara e sucinta.
Faz um confronto
justo ao colocar a condição real e o cuidado ideal. Expõe o problema de saúde
pública de modo a possibilitar a geração de soluções, de direcionar
investimentos por parte dos setores publico e privado de saúde.
A condição é
explicita: há uma carência de suporte formal ao idoso e isso é comprovado ao
longo dos exemplos e dos fatos citados de forma somativa. A autora tem a
coragem de tocar o cerne da problemática da senescência: a deterioração das
funções neurológicas, a dificuldade de autocuidado, a limitação frente às
tarefas domesticas e a redução da motivação do idoso mediante as limitações
anteriormente citadas inerentes do adoecer.
Algumas questões
abordadas são originais: como a concepção social do senso comum acerca do
asilamento que é visto como abandono, e o fato de 2% dos idosos não contar com
nenhuma ajuda familiar em caso de incapacidade acrescido de 40% contar com
auxilio do cônjuge idosos também.
Um tópico que
considero controverso é a implementação do “community
care” que se apresenta no artigo como uma saída possível. Seria tal solução
viável em outras comunidades? Em população com outro nível econômico? Como
ficaria tal proposta em países como o Brasil em que existe certo padrão de
inversão de dependência devido ao quadro de desemprego e do número crescente de
dependentes de substancias psicoativas?
Soluções viáveis para
melhoria da condição avaliada é algo mais complexo do que parece, começa com
foco na atenção básica com medidas preventivas de modo a retardar o quadro de
dependência o máximo possível. E de medidas de infraestrutura para serviços
específicos que se destinem a tal população, em especial responsáveis pelo “follow up” após a alta hospitalar.
Pode haver, nas
palavras da autora da obra: “um envelhecimento bem sucedido”.
Referencias:
Artigo de: CALDAS, Célia Pereira. Envelhecimento com dependência:
responsabilidades e demandas da família.
Estratégia de Saúde da Família
"O tempo deixa perguntas, mostra respostas, esclarece dúvidas,
mas, acima de tudo, o tempo traz verdades."
Atividade Proposta
Você, enquanto membro da
Equipe de Saúde da Família terá que esquematizar propostas de ação
e educação em saúde para esta população a partir do diagnóstico levantado pelo
Agente Comunitário de Saúde (ACS).
Para facilitar a definição
destas ações responda as questões abaixo:
1 - Quais os fatores
sociais, culturais, familiares que determinam o perfil epidemiológico desta
população neste território?
RESPOSTA
Os dados sugerem que a população
citada sofre de anemia ferropriva, uma vez que a anemia por deficiência de
ferro é a mais comum doença nutricional do mundo, sendo resultante de perdas
sanguíneas crônicas, perdas urinárias e absorção deficiente de ferro
decorrentes da diminuição dos níveis plasmáticos insuficientes. A concentração
plasmática de ferro insuficiente limita a eritropoese.
E, a população mais acometida
possui um perfil de lactentes, menores de cinco anos e mulheres em idade
fértil. É uma patologia mais incidente em países em desenvolvimento. Cita-se
ainda a baixa ingesta de carnes em geral, aves e peixes.
As variáveis que culminam no
quadro clínico são inúmeras, das quais ressalta-se: idade, sexo, estado
fisiológico e altitude. Porém, as condições favoráveis à piora do quadro estão
atreladas as condições sociais e econômicas de dificuldade financeira e de
classe de renda mais baixa que culmina em alimentação inadequada tanto
qualitativa quanto quantitativamente. Há ainda de se considerar a precariedade
de saneamento ambiental.
Em relação a fatores culturais, a
população de periferia urbana e área rural tem mais tendência a apresentar o
quadro clinico, pois, possuem menos oportunidade de emprego, baixos salários,
condições de habitação, educação e saúde piores o que aumenta a
suscetibilidade.
2 - Quais os profissionais
que devem estar envolvidos diante deste caso.
RESPOSTA
Diante do caso, todos os profissionais
devem estar envolvidos. De forma geral, cita-se o ACS que deve fazer a triagem
dos indivíduos do grupo de risco mediante a visita domiciliar.
A enfermeira deve estar envolvida
de modo a marcar um atendimento coletivo precedido de uma palestra educativa.
O técnico de enfermagem deverá
fazer a pré-consulta e a aferição do peso e da altura dos indivíduos do grupo.
A nutricionista do NASF deverá calcular o IMC
e colocar no gráfico os resultados de modo a dinamizar o atendimento em grupo.
O médico deverá solicitar os
exames de modo a concluir a etapa da triagem.
O farmacêutico deverá explicar a
forma de aquisição da medicação quando constatada a anemia carencial e ainda
explicar o modo de uso e de acondicionamento da mesma.
Novamente o ACS deverá acompanhar
os indivíduos para ver se estão fazendo a terapêutica a contento.
É importante entender que toda
ação depende de um bom trabalho de todos os membros da equipe, pois cada um dos
membros é parte do sucesso final.
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