quinta-feira, 6 de julho de 2017

DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR

"O dinheiro faz homens ricos, 
conhecimento faz homens sábios
 e a humildade faz grandes homens."


O ensino superior possui uma problemática bem peculiar: a da transmissão do conhecimento.
Há de se considerar que a partir do fato de o aluno possuir personalidade formada, a didática passa a embasar-se na transmissão do saber, do conhecimento, da capacidade de memorizar. Porém, não basta ao professor universitário o conhecimento de determinada ciência, é importante avaliar se a capacidade didática do mesmo, ou seja, a sua capacidade de ensinar o conteúdo.
Na pós-modernidade a ênfase não é mais apenas no conhecimento, mas também no modo como se ensina ao educando. E, mediante a tal contexto, deve-se evitar os excessos, que vão desde uma relação muito próxima com aquele que aprende de modo a não ensinar nada. Até o uso abusivo de autoridade, que culmina no desinteresse para com o conteúdo em detrimento da forma.
O grande problema que perdura consiste exatamente no fato do professor, de uma forma geral, se ater na transmissão do conhecimento apenas. 
Possuindo uma vertente humana e histórica, o fenômeno educativo passa a possuir diversas interpretações, sendo elas:
1.    Tradicional: professor especialista que transmite ciência a um receptor passivo.
2.    Comportamentalista: modelo educativo baseado na analise, cujo comportamento do educando é modelado e reforçado.
3.    Humanista: o conteúdo emerge da experimentação de si do sujeito.
4.    Cognitivista: o conhecimento é o resultado da interação do sujeito com o objeto.
5.    Sociocultural: o conhecimento faz o sujeito tomar consciência de sua historicidade.
É importante, se considerar que existe uma carência de estudos relacionados à didática do ensino de terceiro grau, de modo que não há embasamento teórico para afirmar fidedignamente nada. 
Todo o tema possui seu cerne no modo como o professor desempenha seu papel no processo de aprendizagem.
O ensino é o modo como se favorece a aprendizagem. O ensino nem sempre implica na aprendizagem. O aprender é um processo que implica no aprimoramento da maturidade, na aplicabilidade do conhecimento de modo a transforma o sujeito e subsequentemente a sociedade.
Sendo assim, o ensino possui um caráter intencional, pois tem que alcançar uma meta, um fim, uma realização. Apesar de o ensino objetivar um êxito, nem sempre alcançado, a informação gerada pelo insucesso também corresponde ao surgimento de um conhecimento.
O conhecimento e sua transmissão se baseiam na tentativa, e por tal motivo podem implicar em fracasso.
O professor deve estar atento a diversos fatores, dentre os quais: método de ensino, crenças particulares sobre a matéria, maneira de ensinar, eficácia do método, capacidade de efetividade do método.
Os estudos acerca dos métodos didáticos tendem a comprovar sua eficácia. E a cobrança acerca do profissional que ensina está distante da cobrança do passado que apenas evidenciava a conhecimento e não sua capacidade de transmiti-lo, sua empatia. É necessário um professor com visão holística, para mobilizar o conteúdo cognitivo do aluno.
O professor tem que ser agente transformador, ensinar o aluno a aprender a aprender, uma vez que o crescimento do conhecimento tem se projetado em progressão geométrica culminando em grande dificuldade de domínio dos saberes, de determinados conhecimentos específicos.
Mais do que conteúdo, um professor precisa de responsabilidade, empatia, amor à ciência, amor ao próximo, de modo a elucidar realidades antes inexistentes. O ensino é uma arte prática, viva e humana. A escola não pode ser gaiola, porque alunos não são passarinhos.
“Então escola é gaiola e criança é passarinho. Que a escola é gaiola não é novidade. Lá até os saberes vêm engradados, em ‘grades curriculares’. Até parece que foi um carcereiro desempregado que bolou essa expressão. E se foi de bom grado aceita sem que ninguém protestasse, é porque ‘grade’ combina com o espírito da escola.” (Rubem Alves).
A docência é um tema relevante, a docência universitária é um tema relevante no mundo. Estudos têm sido planejados para averiguar a importância e a função do professor universitário para que não se engaiole os saberes.  
É preciso saber como fazer, mas também é preciso motivar, saber os motivos que movem o sujeito a fazer, a conhecer.
A discussão didática não esta limitada ao âmbito de ensino, mas está livre, envolvendo as causas e as finalidades dos cursos de graduação. A expansão quantitativa do ensino superior não implica expansão qualitativa, não significa que os professores estejam preparados a exercer sua didática, bem como a realizar a tarefa cientifica de pesquisa e estruturação de novos saberes.
A sociedade contemporânea passa a exigir muito do professor, novas aptidões, como a sua capacidade de mudar a sociedade por meio do argumento cientifico. O docente passa a ser responsável pelo diálogo interdisciplinar, pela metodologia adotada, pela avaliação e acompanhamento dos alunos.
O professor passa a carregar uma carga muito grande, a do desenvolvimento pessoal, profissional e institucional. É responsável pelo ensino, extensão e pesquisa.
Atualmente, ao professor é exigida uma formação teórica cientifica e técnico prática.
O professor é encarregado ser agente da ruptura com a visão simplória da existência, de deter o conhecimento do saber especifica ensinado, O professor deve questionar crença, o senso comum, o homem comum bem como adquirir conhecimento teórico sobre a aprendizagem da ciência.
Não é tarefa fácil, mas não é tarefa impossível, e sendo possível, sempre existirão aqueles que se inclinam em realiza-la.

Afinal: “A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo” (Nelson Mandela). 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário será aprovado após moderação.
Obrigada pela contribuição!