segunda-feira, 23 de março de 2009

Telas



TÍTULO: Mosaico
TEMA: Diversidade de pinturas
IMAGEM: Quadros na parede

DESCRIÇÃO: Ainda há tanto que pintar...
ANO: 2009








TÍTULO: Meio mundo
TEMA: América do Sul
IMAGEM: América do Sul retratada ao Norte

DESCRIÇÃO: Chega de Imperialismo
ANO: 1997




TÍTULO: Ratos de pesquisa
TEMA: Pesquisa na medicina
IMAGEM: Ratos de laboratório que pegam o símbolo da medicina

DESCRIÇÃO: Tem de existir pesquisa, mas a medicina
ANO: 2009






TÍTULO: Rato pura bondade
TEMA: Pesquisa na medicina
IMAGEM: Símbolo do cientista simplório e sonhador

DESCRIÇÃO: Lado puro da ciência
ANO: 2009







TÍTULO: Rato com malícia
TEMA: Pesquisa em medicina
IMAGEM: Símbolo do cientista que tem malícia
DESCRIÇÃO: Há de se ter malícia para não ser usado pelos maus
ANO: 2009


Corpos




TÍTULO: Bailarinas
TEMA: Movimento

IMAGEM: Bailarinas girando
DESCRIÇÃO: Transmite a idéia de movimento da dança
ANO: 2007






TÍTULO: O ser diante de si
TEMA: Profeta

IMAGEM: Homem diante do espelho
DESCRIÇÃO: Aquele que observa a si, vê o mundo.
ANO: 2006







TÍTULO: Insônia
TEMA: A noite
IMAGEM: Mulher em céu noturno
DESCRIÇÃO: Questiona momentos em que até o sono abandona
ANO: 2008





Mandalas



TÍTULO: Prosperidade
TEMA: Mandala

IMAGEM: Do sanscrito hindu significa círculo mágico
DESCRIÇÃO: Círculo com texto em hebraico
ANO: 2005






TÍTULO: Jardim
TEMA: Mandala abstrata

IMAGEM: Cores que dão a idéia de flores e de jardim
DESCRIÇÃO: Busca a idéia de movimento
ANO: 2005






TÍTULO: Movimento
TEMA: Mandala

IMAGEM: Estrela que gera flores
DESCRIÇÃO: Alusão ao trabalho
ANO: 2006





TÍTULO: Cura

TEMA: Mandala
IMAGEM: Flor de Lótus
DESCRIÇÃO: Alusão a parte sadia da alma
ANO: 2007




domingo, 22 de março de 2009

Infância



TÍTULO: Felicidade
TEMA: Família

IMAGEM: Urso
DESCRIÇÃO: Minha primeira tela
ANO: 1990









TÍTULO: Solitário
TEMA: Solidão
IMAGEM: Peixe
DESCRIÇÃO: Minha segunda tela
ANO: 1990





TÍTULO: Proteção
TEMA: Sonho
IMAGEM: Anjo
DESCRIÇÃO: Minha terceira tela
ANO: 1991






TÍTULO: Floresta

TEMA: Vegetação
IMAGEM: Plantas
DESCRIÇÃO: Minha quarta tela
ANO: 1991








TÍTULO: Alegria

TEMA: Festa
IMAGEM: Frutas e vinho
DESCRIÇÃO: Minha quinta tela
ANO: 1992








TÍTULO: Caminho das Águas
TEMA: Natureza

IMAGEM: Caminho
DESCRIÇÃO: Minha sexta tela
ANO: 1992

Pintura

''A arte é uma mentira que nos faz compreender a verdade."
Picasso






"É preciso ter muito cuidado com o que se faz,
pois é justamente quando nos julgamos menos livres
que estamos sendo mais livres."

Picasso





"No mundo nada mais existe a não ser o amor.
Qualquer que ele seja."
Picasso





"Que a inspiração chegue não depende de mim.
A única coisa que posso fazer é garantir que
ela me encontre trabalhando."

Picasso




"A única diferença entre um louco e eu,
é que eu não sou louco."

Salvador Dali




"Sejamos como o sol que não visa nenhuma recompensa,
nenhum elogio,
não espera lucros nem fama,
simplesmente brilha."







"Nunca andes pelo caminho traçado,
pois ele conduz somente onde outros já foram."
Graham Bell




"Quando pinto, marulha o mar.
Os outros chapinham na água da banheira."
Salvador Dali

segunda-feira, 16 de março de 2009

Livre do Louvre

" Pintar é uma parte infinitamente
minuta da minha personalidade."
Salvador Dali

O livro bíblico do Eclesiastes, de autoria conferida supostamente a Salomão, tem profundas reflexões acerca da realidade do mundo, com comentários de profunda sabedoria que fazem com que por vezes seja classificado como livro pessimista.
Logo no seu segundo versículo a tradução da Bíblia Almeida evidencia: “Vaidade das vaidades! Diz o pregador, vaidade de vaidades! É tudo vaidade”.
Pobres seriam os teólogos se resolvessem porventura discordar das santas e inspiradas escrituras. Mas, por vezes a reflexão teológica permite ir até e além das palavras tocando profundamente seus sentidos.
Acreditando que não só a escritura é inspirada, mas que também existe a leitura inspirada, faz-se a avaliação quanto à tradução do vernáculo vaidade, permeado de controvérsias, pois, algumas escolas teológicas defendem que a palavra latina que mais se aproxima em sentido do original hebraico é fumaça.
Seria tudo fumaça? Ou... Seria tudo vaidade?
Ou seriam sinônimas?
Ao interpretar a Escritura, pode-se supor que o termo fumaça seria uma tradução mais incompreensível, e simultaneamente mais adequada.
As artes, por exemplo, tendem a fazer com que o público ao avaliá-las considere que o mundo da arte é permeado de vaidade. Mas é, não em absoluto, mas de certo modo.
Poderia, porém ser permeado de fumaça?
Ao tomar o exemplo da pintura, pode-se avaliar.
Pintura, substantivo feminino com tantos significados de acordo com o dicionário Aurélio: “ato ou efeito de pintar, profissão de pintor, revestimento de uma superfície com matéria corante, colorido, obra pictórica, maquilagem”.
Acompanha história da humanidade, desde pintura rupestre até os mais valiosos quadros que guardam a história e ideologias universais. É diferente do desenho apenas por utilizar pigmentos líquidos. Tem a cor como elemento essencial, faz parte da vida de representação simbólica do ser humano.
Consiste em uma atividade simples que exige paciência ou, segundo alguns, dons especiais. Uma motricidade abençoada. Dependendo da forma com que a tinta, o líquido é aplicado, o plano bidimensional transmite inúmeras idéias, distintas sensações, variedades de sentimentos. A superfície e a técnica de colocar a tinta podem variar, pode retratar o sentimento do pintor, uma época, um ser, um sonho, uma história ou a história.
Na metade do século XVIII, o termo “estética”, que trata da ciência das formas, foi criado a partir da raiz grega aisthésis, que significa sensação, sentimento. O termo designava o estudo das sensações e dos sentimentos produzidos pela obra de arte.
Como pintura é um tema vasto, tratar-se-á de pinturas de tela, que é algo empiricamente simples: consiste na aplicação de tinta sob a superfície de um tecido que possui base de madeira, e ao conjunto, denomina-se quadro.
A pintura em tela pode servir inclusive como terapia, podendo ser indicada para crianças que falam pouco e gostam de ficar sozinhas. Tal arte objetiva a contemplação por parte do olhar do apreciador.
Segundo o pensador Walter Benjamin da escola de Frankfurt, em seu ensaio “A Obra de Arte na Época de suas Técnicas de Reprodução” toda obra tem uma “aura” que consistem na autenticidade, autoridade, a característica de seu hic et nunc (aqui e agora), que é a presença da obra no lugar em que se encontra, a presença que confere historicidade, o ápice de sensibilidade da autenticidade que só pode ser atingido com o original. Quando a obra é reproduzida, a tal “aura” se diluiu e pode atingir dimensões sociais que são resultado da relação entre a transformação técnica da sociedade e a percepção estética.
Sendo assim, o ideal a ser atingido por todo pintor de renome consiste em ter uma obra de “aura” contagiante e estar guardado em um lugar especial, onde tais obras são acolhidas como patrimônio da humanidade. Um desses locais é o museu do Louvre, instalado em um palácio, localizado no centro de Paris, que possui numerosas obras-primas dos grandes artistas.
O sonho de todo pintor vaidoso seria estar nas paredes do Louvre. Mas o sonho de todo pintor que ama deveras a pintura, não perde em sua vaidade o objetivo que deu sentido ao nascimento da obra: a reflexão, a admiração, a contemplação.
O artista que liberta-se da aparência da vaidade passa a buscar a fumaça, busca a dissolução da sua obra no “ser”. A vaidade vira fumaça. O desejo de ser imortal torna-se ínfimo diante do desejo de dissolver suas idéias, sua bela visão no olhar do observador.
Para fazer arte e para apreciá-la, é fundamental um olhar de amor. Um querer fazer sentido para o outro, que nem sempre vai ser um outro universal e desconhecido. Pode-se supor inclusive que as grandes obras, com as mais sublimes "auras" foram obras dedicadas, feitas para alguém, encomendas, momentos guardados. Que decerto fazem sentido para todas as épocas, mas que no seu nascimento possuiam um sentido particular entre dois seres, entre o pintor e o observador.
Por mais que seja importante amar ao amor, o amor é sempre endereçado a alguém. É o amor que inspira o artista que fornece estrutura ao artista para aguentar as inúmeras críticas a sua obra, ao que doou de si mesmo em líquido e tempo; Que fez com que por dias o mesmo tivesse mais tinta em seu corpo do que aplicada na tela, buscando o deleite de um público específico e posteriormente universal. A valorização é centrada em um observado específico cuja opinião causa realização ou frustração no artista.

Nos versos de Fernando Pessoa:
“O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia, Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.”
Logo, aquilo que faz sentido para o mundo só pode ser precioso enquanto faz sentido para o ser, para um ser.
É só no breve momento de um sentido que a vaidade cede diante do amor e transforma-se em fumaça e dissolve-se na “aura” da escola de Frankfurt e atinge a sociedade transformando-a.
O sonho de todo pintor, não está nas paredes do Louvre, mas nas paredes que permitem uma contemplação de amor. No olhar do admirador.
É exatamente quando a arte, a estética liberta-se da aparência que adquire sua sublime dignidade: "o outro", transformando-se então em felicidade.


sexta-feira, 13 de março de 2009

Mundo do nariz vermelho

"O nariz do palhaço representa os olhos,
e os olhos representam a alma."

Segundo relatos lendários os palhaços existem a mais de quatro mil anos, mas é algo deveras complexo conferir um momento, mesmo que histórico, para o surgimento do palhaço. Sua origem deve se confundir com a origem do riso humano, do ser que se empenha em alegrar o que sofre, o outro.
Na corte oriental o palhaço tinha uma função social que podia fazer inclusive o imperador alterar suas resoluções.
Lubyet, é uma palavra que significa homem frívolo, foi usada como designação dos palhaços da Ásia, que apareciam em teatros, apresentações religiosas e junto da realeza.
Na Malásia, os palhaços usavam máscaras de bochechas e sobrancelhas enormes, coloridos e com turbantes.
Com apenas um palhaço, é mais difícil fazer rir, a comicidade fica no âmbito da imitação, porém, os palhaços asiáticos e divertidos que ainda se pode ver são os “irmãos Penasar e Cartala”. Penasar comporta-se bem e é preocupado e angustiado, enquanto que Cartala faz tudo ao contrário. Essa discrepância de comportamento acaba por surpreender e provocar o riso.
No teatro da Grécia antiga, havia o hábito de após da encenação da tragédia o palco ser invadido por palhaços para apresentar sua versão dos fatos e fazer o público rir, para que não fossem com o pesar da tragédia pra casa. Tais palhaços centravam-se em ridicularizar exatamente o herói, conforme o anti-herói de Mário de Andrade, o Macunaíma. Segundo achados antropológicos, Hércules era o herói preferido dos palhaços que mostravam que os doze grandes feitos eram nada mais, nada menos que um sucessão de coincidências e sortes.
Ao analisar tal fato, pode perceber-se que o palhaço tem uma função simbólica significativa, mostrando para a população que por vezes ela não é culpada de seu padecer, jogando a responsabilidade dos grandes feitos de heróis nas mãos dos deuses. No âmbito psíquico, isso faz com que seja diminuído o sentimento de culpa que resulta no sofrimento do indivíduo, e, ajuda a elaborar o luto da difícil situação ou do sofrimento. É por isso que palhaçadas aliviam a alma.
Para corroborar com tal informação, cita-se a obra “Pequeno tratado das grandes virtudes” de André Comte-Sponville: “O humor é uma conduta de luto (trata-se de aceitar aquilo que nos faz sofrer), o que o distingue de novo da ironia, que seria antes assassina. A ironia fere; o humor cura. A ironia pode matar; o humor ajuda a viver. A ironia quer dominar; o humor liberta. A ironia é implacável; o humor é misericordioso. A ironia é humilhante; o humor é humilde”.
Também na Roma antiga apareciam os diversos tipos de palhaços, com palhaçadas simples e infantis que faziam o público rir. Os palhaços podiam fazer o que o público tinha vontade, mas não tinha coragem. Cicirro, por exemplo, era um palhaço com touca de cabeça de galo que abria as asas e cacarejada e Estúpido usava roupas de retalhos e os demais atores ficavam indignados com eles e lhes davam pancadas, o que causava riso. Quem nunca teve vontade de bater em alguém bobo? E assim, por realizar brincando um desejo oculto do público o episódio era um sucesso em risos.
Nas palavras do grande palhaço Charles Chaplin: "Se tivesse acreditado na minha brincadeira de dizer verdades teria ouvido verdades que teimo em dizer brincando, falei muitas vezes como um palhaço, mas jamais duvidei da sinceridade da platéia que sorria".
Com o fechamento dos teatros na idade média, e com a postura clérica de que o riso era pecaminoso, os artistas passaram a fazer seus números em feiras. Na Escandinava e Alemanha os palhaços eram denominados “gleemen”, e na França “jongleurs” que é sinônimo de malabarista. O palhaço era um artista que mesclava números de malabarismo, mímica, acrobacia, e contavam contos e cantavam cantigas. Em festividades, os grupos consistiam na principal apresentação das feiras, e os palhaços eram responsáveis por levar bolas presas em barbantes para ir batendo no público abrindo espaço para o número dos bailarinos. Podiam ainda levar vassouras e sair gritando pedindo espaço para as cantigas. Decerto as palhaçadas eram mais divertidas que as trovas.
Como a idade média é permeada por luta de poder e uma grande imposição de medo na população, tanto por parte da monarquia quanto por parte do clero. E, como não há de se viver sob tanto medo sem consolo a palhaçada floresceu nessa época, atingindo inclusive a corte na figura do bufão, ou bobo da corte, esses palhaços do palácio eram inteligentes sob o disfarce de estúpidos para alegrar a nobreza e fazer críticas a situação social. Afinal, quando a verdade vem disfarçada de brincadeira é mais aceita, e vai fazendo seu papel no inconsciente dos indivíduos.
Durante a idade média na Alemanha os palhaços subiram de status social sendo considerados alegres conselheiros, uma vez que falavam sobre uma realidade dura e desconhecida para a corte, mas de uma forma engraçada, sem cobranças e sem dores.
No fim da idade média os teatros aos poucos foram reabertos, com temáticas e representações de cunho religioso, ironizando a condição de criatura pecadora do ser humano. Havia preferência de que o narrador fosse um palhaço, porque com o riso o público não se cansava da encenação.
Foi com Shakespeare que os palhaços passaram a ter importância no teatro, porque o palhaço que outrora só fazia rir passa a fazer o público chorar nas tragédias assumindo conotações dramáticas.
Na Itália do século dezesseis, surgiram companhias que se tornaram muito populares com a “Comédia da Arte”. O palhaço passa a adquirir um perfil próprio, uma fantasia que o tornava um personagem reconhecido, bem como seus hábitos e características singulares. Tais personagens tornaram-se mais famosos que os atores até perdiam sua identidade diante do público, sendo reconhecidos pelo papel que desempenhavam tal qual ocorre com as novelas na atualidade.
Assim as trupes se estenderam pelo continente europeu, sofrendo adaptações que geraram nomes célebres na história, como o Pierrot que chegou até a atualidade.
O circo moderno como é conhecido foi criando pelo sargento Philip Astley por volta de 1766, com atrações que usavam animais como cavalos, e apresentações divertidas. O palhaço mais importante foi “Mr. Merryman”, que atuava a cavalo.
Só posteriormente surgiu o palhaço branco vestido com roupas brilhantes e gorro, o palhaço “clown”.
A partir daí os tipos de palhaço se distinguiram havendo o palhaço “augusto” que é o desajeitado e extravagante, o “toni” que é excêntrico, e todo tipo de arquétipo que causa riso. Surgiram também os números clássicos de palhaços ainda são vistos no circo. São eles: “O barbeiro de Sevilha”, “ A estátua”, “A água”...
Já no século dezenove, os palhaços passaram a montar espetáculos de cunho teatral baseados nos clássicos da literatura mundial.
A figura do palhaço hoje está presente em brinquedos, no circo, nas ruas, no cinema, na tv, em eventos, e atingiu os Hospitais.
O indivíduo parece descobrir que onde tem vida humana é necessário o riso, e para tal a criação de novas formas de se fazer rir, o empenho de pessoas para fazer rir. Para tornar os sofrimentos da existência, que não são poucos, suportável.
Esse é o pilar que une a medicina aos primeiros palhaços, ao primeiro riso. Pois, a medicina cuida do outro, do outro doente, fragilizado, que precisa de remédios, carinho, companhia, conforto, consolo.
Mas como o ambiente hospitalar possui regras impostas pelos processos do adoecer, do cuidado com a doença, os palhaços que vão pro hospital precisam ter conhecimento em ambas as áreas, a de fazer rir e a do cuidado com a saúde.
Afinal, é preciso olhar clínico para cuidar do corpo, mas também é fundamental o posicionamento da arte para aliviar a alma.


quinta-feira, 12 de março de 2009

Liga de Neurologia

"Medicina é sacerdócio!"


A Liga de Neurologia da FMIt consiste em uma entidade sem fins lucrativos, não religiosa, apolítica com duração ilimitada.
Criada e organizada por acadêmicos, professores e profissionais que apresentam interesses educacionais em comum.
Fundamenta-se em atividades além das curriculares e possuem ações voltadas para o ensino e para educação médica.
A fundação da Liga ocorreu no dia dezesseis de junho do ano de dois mil e quatro e vem desde então realizando suas atividades para acarretar na melhoria da condição de vida do paciente neurológico.
A neurologia é uma especialidade médica que estuda o sistema nervoso central, periférico, suas relações e os seus transtornos. Trata das doenças estruturais do Sistema Nervoso Central (composto pelo encéfalo e pela medula espinal) e do Sistema Nervoso Periférico (composto pelos nervos e músculos), bem como de seus envoltórios (que são as meninges).
A neurologia é comumente sistematizada em neurologia geral, neurologia infantil e neurocirurgia.
A neurologia geral executa associação dos sintomas e sinais apresentados pelo paciente com o tipo de função alterada e com a estrutura anatômica a ela associada é à base do raciocínio que permite o diagnóstico.
A enorme complexidade anatômica e funcional do Sistema Nervoso faz com que os sinais e sintomas que sugerem uma doença neurológica sejam muito variados e possam ocorrer de forma isolada ou combinada.
É uma especialidade relativamente recente, pois até meados do século XIX estava vinculada à medicina interna. Sua evolução no sentido da individualização é devido a principalmente às pesquisas de médicos e cientistas.
A área trabalha com patologias que comprometem a vida do sujeito sendo de difícil o prognóstico e nem sempre animador. Existem na área os pacientes em ‘estado vegetativo permanente’ que continuam a ser um sujeito com sua dignidade humana fundamental, pelo qual devem ser-lhe oferecidos os cuidados devidos.
A Liga de Neurologia têm objetivado o desenvolvimento equilibrado de ações nos três pilares da universidade: ensino, pesquisa e extensão.
No âmbito do ensino, são ministradas aulas teóricas abordando artigos atuais uma vez que publicações na área tem se dado em grande escala, já que é uma área recente.
Em relação à extensão é proposto simpósios para fornecer ao público não especializado em neurologia, informações que possam ajudar na compreensão desta área da medicina e ainda disponibilizar informações relacionadas às doenças neurológicas mais comuns, fazendo com que algumas dúvidas simples possam ser esclarecidas sem que a pessoa precise procurar um neurologista para isso.
Além do conteúdo educacional, disponibilizam-se informações sobre os avanços no tratamento de doenças neurológicas, campanhas assistenciais e outras informações a respeito de tratamento. O campo da pesquisa encontra-se embasado em revisão de literatura.
Afinal, o primeiro dos aforismos hipocráticos é, talvez, a melhor definição da arte médica de todos os tempos, jamais superada e profundamente permeada do que significa a prática clínica do neurologista: "A vida é breve, a arte é longa, a ocasião fugidia, a experiência enganosa, o julgamento difícil."

Liga de Genética Médica e Malformações Congênitas

“Ser jovem e não ser revolucionário
é uma contradição genética.”
Ernesto Che Guevara.

A Liga de Genética Médica e Malformações Congênitas da FMIt consiste em uma entidade sem fins lucrativos, não religiosa, apolítica com duração ilimitada.
Criada e organizada por acadêmicos, professores e profissionais que apresentam interesses educacionais em comum.
Fundamenta-se em atividades além das curriculares e possuem ações voltadas para o ensino e para educação médica.
Genética do grego genno: fazer, nascer. Ciência dos genes, da hereditariedade e da variação dos organismos.
Ramo que estuda a forma como se transmitem as características biológicas de geração para geração. Já no tempo da pré-história utilizavam conhecimentos de genética através da domesticação e do cruzamento seletivo de animais e plantas. Atualmente, a genética proporciona ferramentas importantes para a investigação das funções dos genes, isto é, a análise das interações. A informação genética está contida nos cromossomos, onde é representada na estrutura química da molécula de DNA.
Malformação congênita é todo defeito na constituição de algum órgão ou conjunto de órgãos que determine uma anomalia morfológica estrutural presente no nascimento devido à causa genética ambiental ou mista. Essa definição abrange todos os desvios em relação à forma, tamanho, posição, número e coloração de uma ou mais partes capazes de ser averiguadas macroscopicamente ao nascimento.
Sendo uma área que une a medicina à ciência, a genética, tem aparecido de forma polêmica.
Há, portanto, uma necessidade de se fazer um diálogo com as demais áreas do saber, em especial com as áreas das ciências humanas, uma vez que trabalha com temas recentes que afetam valores sociais e aborda temáticas ainda não esplanadas e definidas pela ciência, tais como: clonagem humana, clonagem de vegetais, estudo de células tronco.
Deve sempre estar aliada à ética, mesmo quando os cientistas motivados pelo desejo de pesquisar e descobrir fiquem indignados com os lentos passos da pesquisa sem entender que e a ciência para avançar não pode abandonar os princípios éticos, morais e religiosos. Pois, se assim ocorresse à ciência feriria o seu objetivo primeiro que é fazer o bem por meio da descoberta sem causar dano ao humano. Já no campo da clínica, a consulta genética é realizada por um médico geneticista. É uma consulta mais demorada, porque são necessárias informações de várias pessoas da família. O geneticista desenha o heredograma ou árvore genealógica, para ter mais informações que podem passar despercebida, mas que são importantes.
O objetivo da consulta pode ser planejamento familiar é importante que o casal compareça e não apenas a futura gestante.
O aconselhamento genético é um processo de informação. Este processo começa na consulta genética, quando a família dá as informações necessárias para iniciar a investigação de uma determinada doença.
Muitas vezes é necessária a realização de exames complementares e o exame de várias pessoas na família. É a partir do diagnóstico correto que se pode explicar aos pacientes, o que é a doença, sua evolução, se existe tratamento ou não, qual o prognóstico a curto e longo prazo, e qual é o risco de recorrência na prole ou na irmandade.
Às vezes isto é feito durante o pré-natal, outras durante o pós-natal e muitas vezes durante a vida adulta.
A consulta ao geneticista é extremamente importante uma vez que existem mais de quatro mil doenças genéticas conhecidas. Estas doenças podem ser muito raras, então é fundamental que a família saiba tenha as informações corretas.
Às vezes um casal que passou pela triste experiência de ter um filho com malformações, decide não ter mais filhos porque acha que o problema vai voltar a ocorrer. O contrário também acontece, ou seja, o casal se despreocupa achando que não há risco do problema se repetir. Cada caso é diferente e tem que ser avaliado individualmente.
Às vezes o risco de recorrência é tão pequeno, que é considerado desprezível, mas outras vezes o risco é tão alto, que é quase certo que o problema vai voltar a acontecer. É sempre melhor ter as informações corretas.

A Liga de Genética Médica e Malformações Congênitas têm objetivado o desenvolvimento equilibrado de ações nos três pilares da universidade: ensino, pesquisa e extensão.
No âmbito do ensino, são ministradas aulas teóricas abordando artigos atuais uma vez que publicações na área tem se dado em grande escala, já que é uma área nova. Em relação à extensão é proposto um estágio com acompanhamento de cirurgias reparadoras em casos de distúrbios genéticos.
O campo da pesquisa encontra-se embasado em revisão de literatura.
O estudo de doenças raras, bem como o amor pela pesquisa é baseado sempre em princípios humanitários harmônicos com a citação do Talmud de que “Quem salva uma vida, salva o mundo inteiro”.