36. Das alternativas abaixo, aquela que
contém corretamente as estruturas vasculonervosas que passam pelo forame
jugular é:
A)
seio petroso inferior, seio occipital, seio sigmoide, nervo acessório, nervo glossofaríngeo,
nervo hipoglosso.
B)
seio petroso superior, seio sigmoide, bulbo jugular, nervo glossofaríngeo,
nervo hipoglosso, nervo vago, nervo acessório.
C) seio petroso inferior, seio sigmoide, bulbo jugular, nervo glossofaríngeo,
nervo vago, nervo acessório, ramo auricular do nervo vago, ramo timpânico do
nervo glossofaríngeo.
D)
seio petroso inferior, seio petroso superior, seio occipital, nervo acessório,
nervo glossofaríngeo, nervo hipoglosso, ramo timpânico do nervo glossofaríngeo.
E)
seio sigmoide, seio petroso superior, bulbo jugular, nervo glossofaríngeo,
nervo vago, nervo hipoglosso, nervo acessório, ramo auricular do nervo vago.
37.Otrígono óptico-carotídeo é formado
pelo:
A)
tracto óptico, artéria cerebral média e artéria cerebral anterior.
B)
quiasma óptico, artéria carótida interna (porção supraclinoidea) e infundíbulo
hipofisário.
C)
quiasma óptico, artéria carótida interna (porção cavernosa) e infundíbulo
hipofisário.
D) nervo óptico, artéria carótida interna (porção supraclinoidea) e
artéria cerebral anterior (A1).
E)
nervo óptico, artéria carótida interna (porção supraclinoidea) e artéria
cerebral média (M1).
38. Em relação à veia de Labbé (veia
anastomótica inferior), é correto afirmar:
A) é
a maior veia que conecta as veias da fissura sylviana ao seio sagital superior.
B)
é, na maior parte das vezes, representada por duas veias que se originam no
lobo frontal e anastomosam-se à veia de Trolard (anastomótica superior).
C)
faz parte do grupo de veias cerebrais profundas, drenando para a veia cerebral
interna.
D)
origina-se na fissura sylviana e dirige-se posteriormente pelo lobo temporal,
drenando sangue para o seio petroso superior.
E) forma junto com a veia de Trolard (anatomótica superior) e a veia
sylviana superficial o principal sistema de drenagem superficial do cérebro.
39. Paciente com hiperplasia prostática
benigna é submetido a tratamento cirúrgico sob anestesia peridural. Cerca de algumas
semanas após o procedimento, inicia lombalgia com limitação do movimento, sensibilidade
local e espasmo da musculatura paravertebral. Solicitada RMN da coluna vertebral
que mostrou no espaço L4-L5 hipointensidade do disco intervertebral e de parte
dos corpos vertebrais adjacentes emT1WI e hiperintensidade dessas estruturas em
T2WI, com realce do sinal do disco com a injeção de contraste. Em seus exames
laboratoriais foi verificado um aumento na velocidade de hemossedimentação. A
melhor conduta a ser tomada neste caso, de acordo com a hipótese diagnóstica
mais provável é:
A)
repetir o histopatológico da peça da próstata, pois a hipótese de lesão
metastática é altamente provável.
B)
submeter paciente à microdiscectomia, pois trata-se de doença degenerativa
discal que dificilmente melhorará com tratamento conservador.
C) a
descrição é altamente compatível com doença degenerativa discal, sendo neste
caso indicada artrodese já que apenas a microdiscectomia não seria suficiente, pois
os platôs vertebrais já foram acometidos.
D) o
paciente deverá ser submetido a um teste PPD e exame bacteriológico de escarro
pela grande probabilidade de mal de Pott.
E) dosar também a proteína C reativa e iniciar antibioticoterapia
pela grande chance de tratar-se de espondilodiscite.
40. Paciente com relato de cefaleia
súbita seguida por crise convulsiva chega ao pronto-socorro sonolenta,
desorientada, hemiparética à esquerda, com 12 pontos na escala de coma de
Glasgow (3/4/5). Realizou tomografia computadorizada de crânio que revelou
hemorragia subaracnoidea e hematoma intraparenquimatoso temporal direito. De
acordo
com a escala de Hunt-Hess e a escala de
Fisher, podemos classificar essa paciente como, respectivamente, graus:
A) 3 e 4
B) 3
e 3
C) 2
e 4
D) 4
e 4
E) 2
e 3
41. A respeito do ressangramento de um
aneurisma cerebral, podemos afirmar:
A) é
uma complicação rara e está relacionada a altos níveis de pressão arterial do
paciente na sua admissão.
B) quanto maior a pontuação do paciente na escala de Hunt-Hess na
admissão, maior sua chance de ressangramento.
C) o
local do aneurisma influencia na incidência do ressangramento, sendo que
aqueles da circulação posterior têm maior chance de ressangrar.
D)
quanto maior o intervalo após o primeiro sangramento, maior a incidência de
ressangramento.
E) a
pontuação na escala de Fisher no primeiro sangramento é diretamente
proporcional à chance de o ressangramento ser fatal.
42. A respeito da fratura tipo 3 do
odontoide, podemos afirmar:
A) é
indicado tratamento cirúrgico na grande maioria dos casos.
B) é
uma fratura muito instável, geralmente associada à lesão do ligamento
cruciforme.
C)
comumente está associada à luxação de C2-C3.
D) ocorre ao longo do corpo de C2 e pode envolver a superfície
articular superior.
E) é
a mais rara entre as fraturas do odontoide.
43. Acerca das fraturas em lágrima (“teardrop
fractures”) da coluna cervical, é INCORRETO afirmar:
A) considera-se este diagnóstico correto mesmo quando os corpos
vertebrais estão alinhados, não há perda da altura do disco e há um fragmento
ósseo pequeno.
B)
são fraturas geralmente instáveis e requerem tratamento cirúrgico, via anterior
e/ou posterior.
C)
está associada à rotura dos ligamentos longitudinais anterior e posterior e à
lesão dos discos e das facetas.
D) é
resultado de hiperflexão e a vértebra envolvida está geralmente encunhada, causando
uma cifose cervical.
E)
caracteriza-se pela presença de um fragmento ósseo na extremidade anterior e
inferior do corpo vertebral.
44. Uma mulher na terceira década de
vida inicia redução da acuidade visual unilateralmente, acompanhada por dor à mobilização
do globo ocular. Concomitantemente, começa a apresentar hemiparesia esquerda,
grau 4. Imediatamente, procura atendimento médico. O neurologista que a atende identifica
uma síndrome piramidal à esquerda e na campimetria há um escotoma central, mas,
ao fundo de olho, não há alterações. A paciente, depois de questionada pelo neurologista,
relata que por duas outras vezes já havia apresentado diplopia e leve
incoordenação e disartria, mas que os sintomas regrediram espontaneamente após
algumas semanas e que seus médicos na época não deram nenhum diagnóstico
específico pois a tomografia de crânio que realizara estava normal. Em relação
à hipótese diagnóstica mais provável neste caso e a conduta inicial, podemos afirmar:
A) a
hipótese de polineuropatia inflamatória desmielinizante crônica (CIDP) deve ser
considerada e, portanto, biópsia de nervo ulnar e eletroneuromiografia devem
ser sollicitadas.
B)
os sintomas oculares falam muito a favor de miastenia gravis e deve ser
realizada prova terapêutica com prostigmina para confirmação do diagnóstico.
C) esclerose múltipla é a principal hipótese e pode ser confirmada
pela realização de pesquisa de bandas oligoclonais no liquor e de focos de
desmielinização na ressonância nuclear magnética.
D)
esclerose lateral amiotrófica deve ser confirmada através de
eletroneuromiografia, pois a paciente apresenta sintomas compatíveis e
encontra-se na faixa etária e sexo de maior risco para esta doença.
E)
os sintomas prévios com regressão espontânea podem ter sido causados por
ataques isquêmicos transitórios e os sintomas atuais podem ser novos eventos
vasculares, devendo-se fazer ressonância nuclear magnética com difusão para
confirmar o diagnóstico.
45. Em relação à siringomielia, é
correto afirmar:
A)
caracteristicamente, há acometimento da sensibilidade tátil e vibratória e da
propriocepção pela lesão dos fascículos grácil e cuneiforme, enquanto a
sensibilidade termoalgésica é normal pois o tracto espino-talâmico está preservado.
B) a arreflexia é uma característica essencial causada pela interrupção
das vias aferentes dos reflexos na substância cinzenta medular.
C) a
paresia que ocorre em todos os grupos musculares abaixo da lesão deve-se à
lesão das fibras do tracto corticoespinhal.
D)
raramente, há acometimento bulbar (siringobulbia) associado, que causa
basicamente uma síndrome cerebelar pela lesão dos tractos espino-cerebelares.
E) a
amiotrofia e as alterações tróficas acometem todo corpo abaixo do nível da
lesão e são complicações raras.
46. Acerca dos tumores espinhais, é
correto afirmar:
A)
entre os tumores extradurais, os mais comuns são, nessa ordem, os neurinomas,
meningeomas e plasmocitoma.
B)
os tumores intramedulares são os tumores espinhais mais frequentes, seguidos
pelos extradurais e intradurais extramedulares, respectivamente.
C) as metástases são geralmente extradurais e entre os sítios de
tumor primário mais comuns estão pulmão, mama, próstata e linfoma.
D)
os astrocitomas medulares são de baixo grau, não existindo relato de
astrocitomas medulares de alto grau.
E)
os ependimomas medulares acometem principlamente crianças na primeira década de
vida e têm um prognóstico ruim.
47. Paciente de 08 anos inicia ataxia de
marcha e incoordenação de instalação insidiosa. Realizada tomografia de crânio
que mostrou lesão hemisférica cerebelar isodensa que capta de maneira homogênea
o contraste e apresenta calcificações e um pequeno cisto. A ressonância nuclear
magnética mostra lesão hipointensa em T1 e hiperintensa em T2 com o mesmo
padrão de captação do contraste. O paciente foi submetido a tratamento
cirúrgico e o laudo histopatológico da lesão revelou áreas compactas de astrócitos
bipolares associados a fibras de Rosenthal e áreas de astrócitos frouxamente
agregados associados a corpos granulares e microcistos.Adescrição deste caso é
compatível com o diagnóstico de:
A)
meningioma.
B)
meduloblastoma.
C)
astrocitoma low grade (grau II da OMS).
D) astrocitoma pilocítico.
E)
tumor dermoide.
48. Sobre a neurofibromatose tipo I
(Doença de Von Recklinghausen), é correto:
A) os tumores intracranianos mais comuns associados a ela são os
astrocitomas e os meningiomas que podem ser únicos ou multicêntricos.
B) a
presença de gliomas ópticos, que raramente são quiasmáticos, é característica
desta doença.
C)
diferencia-se da neurofibromatose tipo II, principalmente, pelos múltiplos
schwanomas das raízes nervosas, ausentes no tipo II.
D)
os schwanomas bilaterais do VIII nervo craniano são um de seus critérios
diagnósticos.
E)
ocorre devido a uma mutação no cromossomo 22q12.2.
49. Homem na sexta década de vida sofre
queda de moto e é levado ao pronto socorro. Durante sua avaliação inicial,
foram realizadas sedação e intubação orotraqueal e notou-se que o paciente
estava hipotenso (PA= 80x60 mmHg) e bradicárdico (FC – 48 bpm), com pouca
resposta à reposição de volume. O paciente tinha fratura exposta de tíbia e
fíbula à direita e lesões contusas em couro cabeludo e face (estava sem capacete)
e também no tórax e região cervical posterior. As bulhas cardíacas estavam
normofonéticas e ausculta pulmonar, com roncos esparsos. A hipótese diagnóstica
mais provável e a melhor conduta para este caso são:
A)
trata-se de choque hemorrágico pelas fraturas expostas e a reposição volêmica
não ajuda pois a perda excede a reposição. O paciente deverá ser levado ao
centro cirúrgico para redução e fixação das fraturas.
B) o
paciente provavelmente tem alguma história de cardiopatia prévia, o que
justifica o choque e a bradicardia, e uma boa anamnese deverá ser colhida com a
família.
C) o
traumatismo craniano é a provável causa do choque e bradicardia, tratando-se de
resposta fisiológica à hipertensão intracraniana (reflexo de Cushing). Deve-se iniciar
manitol 20% 2g/Kg EV e fazer uma tomografia de crânio com urgência.
D) a
causa provavelmente é trauma torácico. Deverá ser feito imediatamente raio x
simples de tórax para procura de hemopneumotórax que explicariam a
instabilidade hemodinâmica e realização de eletrocardiograma para procura de
sinais de tamponamento pericárdico.
E) apesar da dificuldade em avaliar a função motora devido à
sedação, deve-se pensar em traumatismo raquimedular. Pensando em choque
medular, devem-se iniciar aminas para estabilização hemodinâmica e realizar
exames de imagem para confirmação do diagnóstico.
50. Sobre a síndrome do túnel do carpo é
verdadeiro:
A)
acomete principalmente homens por volta da sexta década de vida e tem entre os
fatores de risco diabetes, trauma local e obesidade.
B) caracteristicamente, o paciente é acordado à noite com dor na mão
e, durante o dia, atividades como segurar um jornal para lê-lo podem evocar a
dor.
C)
os dedos que mais sofrem com a disestesia são o quarto e o quinto, devido à
distribuição do nervo mediano a esses dedos.
D)
na eminência hipotenar da mão pode-se notar atrofia assim como nos músculos
lumbricais e interósseos.
E)
na eletromiografia os achados são pouco elucidativos e dificilmente distinguem
a síndrome do túnel do carpo de outras neuropatias periféricas.
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