51. Um paciente sofre trauma por arma
branca na altura de T4 e desenvolve síndrome de Brown-Séquard nos níveis abaixo
da lesão. Ao exame físico, os achado compatíveis com o diagnóstico e sua
justificativa são:
A)
hemiplegia e hemianestesia para todas as modalidades de sendibilidade
homolaterais à lesão já que a decussação dos tractos córtico-espinhal,
espino-talâmico anterior e lateral e dos fascículos grácil e cuneiforme não ocorre
na medula e, sim, no bulbo.
B)
hemiplegia e hemianestesia para todas as modalidades de sensibilidade
contralaterais à lesão já que os tractos córtico-espinhal, espino-talâmico
anterior e lateral e os fascículos grácil e cuneiforme decussam na medula.
C)
hemiplegia e hemianestesia térmica e dolorosa homolaterais à lesão, devido à
secção do tracto córticoespinhal e espino-talâmico lateral que decussam no bulbo,
e hemianestesia profunda (propriocepção, tato epicrítico, sensibilidade
vibratória) contralateral à lesão pois os fascículos grácil e cuneiforme
decussam na medula.
D) hemiplegia e hemianestesia profunda (propriocepção, tato
epicrítico, sensibilidade vibratória) homolaterais à lesão já que o tracto
córtico-espinhal e os fascículos grácil e cuneiforme não decussam na medula e
hemianestesia térmica e dolorosa contralateral à lesão já que o tracto espino-talâmico
lateral decussa na medula.
E)
hemiplegia e hemianestesia profunda (propriocepção, tato epicrítico,
sensibilidade vibratória) contralaterais laterais à lesão já que o tracto
córtico-espinhal e os fascículos grácil e cuneiforme decussam na medula e hemianestesia
térmica e dolorosa homolateral à lesão já que o tracto espino-talâmico lateral
não decussa na medula.
52. Um paciente com trombofilia, inicia
subitamente um quadro de incoordenação e hemianestesia térmica e dolorosa facial
e ptose, miose e anidrose hemifacial todos à direita e hemianestesia térmica e
dolorosa do pesocoço para baixo à esquerda, além de disfagia e disfonia. O
diagnóstico mais apropriado é:
A) síndrome bulbar lateral (de Wallemberg) por infarto da artéria
cerebelar posteroinferior direita.
B)
neoplasia do IV ventrículo, mais proeminente à direita.
C)
síndrome pontina basal (de Millard-Gluber) devido a um infarto da artéria
cerebelar anteroinferior esquerda.
D)
neoplasia no tálamo esquerdo.
E)
neoplasia do pedúnculo cerebral (mesencéfalo), maior à direita.
53. Em relação à síndrome de
Claude-Bernard-Horner, assinale abaixo a afirmativa correta.
A)
Consiste em miose, ptose e paralisia dos músculos oculomotores, de modo que o
paciente não move o olho em nenhuma direção.
B)
Pode ser causada por tumor do ápice pulmonar contralateral ao sintoma.
C) Anidrose hemifacial também é um dos seus sintomas.
D)
No olho acometido, o reflexo fotomotor direto está ausente, mas o consensual
está presente, afinal a lesão é no nervo óptico.
E)
Comumente é bilateral e, nesses casos, deve-se a lesões no tegmento do
mesencéfalo.
54. Acerca da apoplexia hipofisária,
pode-se dizer que:
A) é
um conjunto de sintomas de instalação lenta e insidiosa causado pelo aumento
gradual de um adenoma não diagnosticado ou tratado incorretamente.
B)
não há necessidade de reposição hormonal, pois a apoplexia ocorre geralmente na
neuro-hipófise, devendose apenas monitorar o débito urinário e fazer DDAVP caso
necessário.
C)
raramente requer tratamento cirúrgico, que, se necessário, consiste apenas em
derivações liquóricas para correção de hidrocefalia.
D)
ocorre caracteristicamente em tumores não funcionantes e, por isso, não causa
risco de disfunção hormonal associada.
E) por definição, envolve alterações isquêmicas, hemorrágicas e
necróticas do adenoma, mas uma parcela de tumores pode sofrer isquemia e
hemorragia sem manifestá-las clinicamente.
55. Sobre as diferenças entre a neurofibrimatose
tipo I e II, assinale a alternativa correta.
A) o
tipo II é o mais frequente e deve-se a uma herança autossômica dominante, com
alteração no gene 17.
B) caracteristicamente, no tipo I encontram-se manchas café com
leite e múltiplos neurofibromas cutâneos e no tipo II, neurinomas bilaterais do
NCVIII .
C)
no tipo II é mais comum encontrarmos schwanomas em nervos periféricos e no tipo
I, múltiplos meningiomas.
D)
pacientes com neurofibromatose tipo I estão mais propensos a terem
feocromocitoma, principalmente crianças.
E)
os gliomas ópticos são mais comuns no tipo I, são bastante agressivos e na sua
maioria são quiasmáticos.
56. Sobre os marcadores para tumores de
células germinativas, qual a afirmativa correta?
A)
Os níveis séricos de alfafetoproteína e de beta gonodotrofina coriônica humana
são mais sensíveis para tumores do sistema nervoso central do que os níveis
liquóricos.
B)
Isoenzimas da lactato desidrogenase e fosfatase alcalina placentária são
marcadores séricos úteis, mas raramente tem valor na imuno-histoquímica.
C) A
ausência de marcadores séricos de tumores de células embrionárias exclui o
diagnóstico completamente.
D)
Como os marcadores de tumores de células germinativas não são confiáveis, sua
presença no soro e no líquor não exclui a necessidade de biópsia, devendo-se
sempre fazê-la antes de começar o tratamento adjuvante.
E) No coriocarcinoma a beta gonadotrofina coriônica humana é
positiva, enquanto no tumor de seio endodérmico é a alfafetoproteína que é
positiva.
57. De acordo com a classificação de
Hunt-Hess para hemorragia subaracnóidea espontânea, um paciente que dá entrada
no pronto-socorro acordado com cefaléia moderada e paralisia do nervo
ocluomotor à direita pode ser classificado como grau:
A) 1
B) 2
C) 3
D) 4
E) 5
58. Sobre a hemorragia subaracnoidea em
decorrência da rotura de aneurismas cerebrais e suas complicações, é correto
afirmar:
A) O
vasoespasmo cerebral é uma complicação precoce e ocorre geralmente nas
primeiras 48 horas da rotura do aneurisma.
B) A
hiponatremia pode ser consequência de síndrome perdedora de sal, que se deve à
secreção em excesso de hormônio antidiurético.
C) Podem ocorrer arritmias cardíacas e alterações eletrocardiográficas
emmais da metade dos casos.
D) O
ressangramento tem seu pico de incidência duas semanas após o primeiro
sangramento e é inversamente proporcional à graduação de Hunt-Hess do paciente.
E) A
hidrocefalia é mais comum nos aneurismas da circulação anterior.
59. De acordo com a resolução n°
1.480/97 do CFM, a respeito da morte encefálica, diz-se:
A) o intervalo mínimo entre os dois exames físicos que devem ser
realizados é de 12 horas nos pacientes com mais de 1 ano e menos de 2.
B) a
notificação da morte endefálica à Central de Notificação depende da autorização
dos representantes legais do paciente.
C)
os exames complementares não são obrigatórios, sendo o diagnóstico
eminentemente clínico.
D) a
presença de reflexo cutâneo-abdominal invalida o diagnóstico de morte
encefálica.
E) o
intervalo dos exames complementares não varia de acordo com a faixa etária,
apenas o do exame físico.
60. Um paciente dá entrada na Emergência
de um hospital com história de acidente de motocicleta, que dirigia sem usar capacete.
Veio trazido por populares que informaram que ele estava bem, logo após o
trauma. Cerca de 15 a 20 minutos depois, começou a sentir-se tonto e apresentou
uma crise convulsiva, permanecendo, então, desacordado. Baseado na história
clínica, o médico que o assistiu tomou como primeiras providências,
respectivamente:
A) avaliação das vias aéreas e respiração, checagem da presença de
pulso e de sua qualidade, avaliação neurológica e exposição do paciente para
pesquisa de lesões.
B)
realização de TC de crânio, encaminhando-o, em seguida, para o centro
cirúrgico, pois tratava-se muito provavelmente de um hematoma epidural, uma emergência
neurocirúrgica.
C)
punção venosa central, intubação orotraqueal, administração de fenitoína para
evitar novas crises convulsivas e de manitol; solicitação de avaliação pela cirurgia
geral, ortopedia e neurocirurgia e de vaga em unidade de tratamento intensivo.
D)
administração de 10 mg de diazepam em bolus e fenitoína 20mg/kg em bomba
infusora, para evitar novas crises convulsivas, realização de tomografia computadorizada
e avaliação pelo neurocirurgião.
E)
monitorização cardíaca, imobilização cervical, intubação orotraqueal, dissecção
de veia e, então, condução do paciente para realização de tomografia computadorizada.
61. Em relação ao choque medular
(vascular), podemos afirmar:
A) a
maioria de suas manifestações ocorre por perda da inervação parassimpática da
musculatura vascular.
B)
seu tratamento de escolha é a reposição volêmica generosa e, raramente, uso de
aminas.
C) é
mais comum nos traumas torácicos baixos, onde há grande concentração de fibras
do sistema nervoso autônomo.
D) caracteriza-se por bradicardia associada a hipotensão pela perda
do tônus vascular.
E) o
edema agudo de pulmão está comumente associado devido ao aumento da resistência
vascular periférica.
62. Das opções abaixo, aquela que
identifica um dos ramos da artéria carótida interna, na sua porção cavernosa,
é:
A)
artéria coroidea anterior.
B)
artéria carótido-timpânica.
C)
artéria vidiana.
D)
artéria hipofisária superior.
E) tronco menigo-hipofisário.
63. A respeito da veia cerebral interna,
marque a afirmativa correta.
A) é
considerada uma das veias do grupo superficial do cérebro, junto com outras
como a veia de Labbé e a veia de Trolard.
B)
recebe tributárias que drenam os cornos frontal, temporal e occipital do
ventrículo lateral, assim como seu átrio.
C) inicia-se na altura do forame de Monro e temina juntando-se à sua
contralateral para formar a veia cerebral magna.
D)
tem maior parte do seu trajeto no corpo do ventrículo lateral, onde recebe a
maior parte de suas tributárias.
E)
não recebe tributárias do III ventrículo, que é drenado predominantemente pela
veia talamoestriada.
64. São alterações comumente associadas
à sindrome de Dandy-Walker,EXCETO:
A)
atresia dos forames de Luschka e Magendie.
B) hipoplasia da artéria comunicante anterior.
C)
agenesia do corpo caloso.
D)
encefalocele occipital.
E)
siringomielia.
65. A palidotomia como tratamento da
doença de Parkinson é indicada quando o paciente tem:
A)
tremor associado a vários outros sintomas da doença de Parkinson.
B)
resposta ruim à L-dopa e/ou demência em estado intermediário a avançado.
C)
síndromes Parkinson-plus como a paralisia supranuclear progressiva.
D) flutuações na função motora, discinesia, bradicinesia e rigidez.
E)
doença bilateral, não importando quais são os sintomas predominantes.
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