quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Questões de Neurocirurgia: SESPA/FADESP


21. Os acidentes vasculares encefálicos (AVE) têm pico de incidência entre as 7ª e 8ª décadas de vida. Entretanto, eles podem acometer pacientes mais jovens, ocasião em que os fatores de risco mais prevalentes são
(A) álcool e cocaína
(B) tabagismo e hipertensão arterial
(C) diabete mellitus e dislipidemia
(D) álcool e tabagismo

22. O acidente vascular encefálico (AVE) é uma emergência médica conduzida prontamente por equipe médica coordenada por neurologista. As diretrizes do CFM recomendam que a investigação na fase aguda seja através da
(A) tomografia computadorizada
(B) angiografia
(C) citologia liquórica
(D) ressonância magnética

23. As alterações da consciência podem se dar no estado de alerta ou no conteúdo da consciência, que englobariam as funções mentais e cognitivas do indivíduo. No doente em coma, a observação de movimentos oculares espontâneos poderá revelar o (a)
(A) integridade das vias óculo-motoras
(B) lesão do tronco encefálico
(C) paralisia de nervos cranianos
(D) topografia da lesão

24. Os sintomas inespecíficos produzidos pelos tumores cerebrais resultam do fato do compartimento intracraniano ser um espaço fixo. Dentre os tumores de células neurogliais, os mais comuns são astrocitomas do tipo
(A) fibrilar
(B) pilocíticos
(C) OMS-2 grau II
(D) anaplásico

25. A tomografia por emissão de fóton único (SPECT) com ioflupano é uma recente técnica de neuroimagem funcional, particularmente importante no diagnóstico da (o)
(A) parkinsonismo vascular
(B) degeneração pré-sináptica
(C) epilepsia frontal
(D) doença de Alzheimer

26. A OMS classificou os meningiomas com base na probabilidade de recidiva e no grau. São considerados de risco intermediário de recidiva e grau II, os meningiomas
(A) transicional e de célula clara
(B) papilar e metaplásico
(C) atípicos e coróide
(D) metaplásico e transicional

27. Os tumores de célula não-glial originam-se de diversos tecidos, inclusive da bainha dos nervos. Entre eles, estão os schwanomas, que são benignos e apresentam predileção para os nervos
(A) IV, V e vestibular
(B) VIII, vestibular e IX
(C) X, VI e VIII
(D) VIII, V e X

28. Existem variantes benignas e malignas nas neoplasias cranianas primárias. A sintomatologia geralmente resulta da compressão direta do tecido cerebral ou dos nervos cranianos. São mais freqüentes nos homens e na quarta década de vida os
(A) cordomas
(B) condrossarcomas
(C) hemangiomas
(D) craniofaringiomas

29. Estudos necroscópicos têm demonstrado que a incidência dos adenomas hipofisários é maior que 20%. O tratamento desses tumores consiste na excisão cirúrgica, com exceção dos
(A) adenomas somatotrópicos
(B) adenomas gonadotrópicos
(C) prolactinomas
(D) adenomas corticotrópicos

30. Os sinais e sintomas focais nos tumores que afetam os hemisférios cerebrais, gânglios da base, tronco cerebral ou cerebelo costumam ser clinicamente específicos. Particularmente, um defeito no quadrante contralateral do campo visual poderá indicar localização neoplásica no (a)
(A) lobo temporal
(B) lobo occipital
(C) região selar e para-selar
(D) fossa posterior

31. A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é um distúrbio neurodegenerativo de origem desconhecida. Estudos clínicos controlados têm demonstrado a eficácia do riluzol na redução da progressão da doença e aumento da sobrevida. São critérios para a suspensão do tratamento:
(A) insuficiência renal, demência e bloqueio da condução ou sensorial demonstrados pela eletroneuromiografia
(B) leucopenia abaixo de 3.000/mm3 e hemoglobinemia abaixo de 10 g/dL
(C) gravidez e transaminases elevadas
(D) infarto agudo do miocárdio e neutropenia inferior a 3.500 células/mm3

32. A hidrocefalia resulta de um desequilíbrio entre a produção e a absorção do líquido cefalorraquidiano. A etiologia mais freqüente decorre da obstrução do (s)
(A) forame interventricular
(B) aqueduto cerebral
(C) forames do quarto ventrículo
(D) seio sagital

33. Muito embora a ventrículo-cisternostomia endoscópica do terceiro ventrículo mostre bons resultados no tratamento de um subgrupo de pacientes portadores de hidrocefalia, muitos casos são tratados pelo desvio do líquido cefalorraquidiano para um local alternativo. Na grande maioria dos casos, as derivações são do tipo
(A) VP
(B) VA
(C) VPl
(D) VT

34. A manutenção da pressão intracraniana (PIC) em seus valores normais depende da preservação do volume intracraniano. O método mais preciso, confiável e de menor custo para a monitorização da PIC é o (a)
(A) cateter ventricular acoplado a um transdutor de pressão externo ou a um eletrodo, com transdutor na ponta, ou a um cateter de fibra óptica
(B) transdutores intraparenquimatosos (eletrodo ou fibra óptica)
(C) cateter acoplado à coluna líquida e transdutor externo, ou eletrodo com transdutor na ponta
(D) parafuso acoplado à coluna líquida e transdutor externo

35. A hipertensão intracraniana (HIC) é uma condição clínica que tem como origem diferentes anormalidades. Ela pode ser causada pela elevação do volume celular das células da glia, neurônios e do endotélio, sendo, assim, considerada de natureza
(A) intersticial
(B) citotóxica
(C) vasogênica
(D) sistêmica

36. A Epilepsia é o mais freqüente transtorno neurológico sério que atinge cerca de 50 milhões de pessoas no mundo. Estudos norte-americanos mostraram que o transtorno mental mais comumente associado a ela é a
(A) psicose
(B) depressão
(C) síndrome bipolar
(D) mania

37. A doença de Parkinson é uma das mais comuns desordens neurodegenerativas. A redução da atividade dopaminérgica no estriado e no lobo frontal nessa doença pode provocar primariamente o prejuízo da memória
(A) declarativa
(B) explícita
(C) situacional
(D) operacional

38. Estudos experimentais realizados em animais portadores de doença de Parkinson induzida pela administração de 1-metil-4-fenil-1,2,3,6-tetrahidropiridina (MPTP) após cirurgia estereotáxica e tratados parenteralmente pelo parecoxib, antiinflamatório não hormonal inibidor da isoenzima COX-2, mostraram como resultados: 1) preservação do comportamento motor dos animais aguda (24h) e cronicamente (21 dias); 2) preservação da habilidade dos animais na realização de tarefas no labirinto aquático de Morris, indicando um efeito restaurador na memória não-declarativa de hábito; 3) retardo na depleção da tirosina hidroxilase dos neurônios. Nessas circunstâncias, tais resultados sugerem a conclusão de que
(A) o processo neuroinflamatório certamente desempenha papel relevante na etiopatogenia da degeneração crônica observada nos animais e, provavelmente, no próprio homem.
(B) a inibição da resposta neuroinflamatória com a droga experimentada não guarda nenhuma relação com a degeneração dos neurônios dopaminérgicos observada nos animais do estudo.
(C) a droga estudada não preveniu a neurotoxicidade que o agente indutor do modelo experimental determinou nos animais, o que não impede, pelos resultados obtidos, de poder se revelar no futuro, uma interessante estratégia neuroprotetora no tratamento da enfermidade.
(D) não houve nenhuma interferência na neuroinflamação pela droga experimentada, uma vez que a isoenzima COX-2 não é encontrada em nível neuronal.

39. Ao contrário do que pensara James Parkinson ao descrever a enfermidade que levou seu nome, acredita-se que entre 25 a 55% desses pacientes preencham os critérios diagnósticos de demência. São fatores de risco que podem indicar uma alta probabilidade do aparecimento de demência na doença de Parkinson
(A) idade e profissão
(B) raça e história de demência familiar
(C) trauma craniano, idade e uso de drogas
(D) uso de anticolinérgicos e levodopa

40. Cerca de 29% dos pacientes que morrem com demência antes dos 70 anos de idade apresentam sua forma frontotemporal para a qual não existe tratamento específico. Caracterizase, entretanto, por apresentar um componente genético em que a maioria dos pacientes é portadora de
(A) herança autossômica dominante em que a memória e a linguagem poderão estar afetadas devido mutação nos cromossomas 9 e 23.
(B) herança autossômica recessiva onde a memória e a linguagem poderão estar alteradas devido mutação no cromossoma 17.
(C) herança autossômica dominante associada com mutações no cromossoma 17.

(D) herança autossômica recessiva onde a memória e a linguagem poderão estar afetadas devido mutação nos cromossomas 9 e 3.

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