domingo, 27 de abril de 2014

Questões de Neurocirurgia: Limeira/SP


Acerca da anatomia vascular do sistema nervoso, julgue os itens que se seguem.
81. O segmento A2 da artéria cerebral anterior inicia-se a partir da artéria comunicante anterior.
82. As artérias meníngea dorsal, hipofisária inferior e do tentório são ramos do tronco meningo-hipofisário.
83. O triângulo de Parkinson, situado no seio cavernoso, é limitado, superiormente, pelos nervos cranianos III e IV e, inferiormente, pelos nervos V3 e VI.
84. O primeiro ramo anterior da artéria carótida externa é a artéria tireóidea superior.
85. Normalmente, o primeiro segmento da artéria vertebral penetra o forame transverso da segunda vértebra cervical.

Julgue os itens seguintes, relativos a anomalias do desenvolvimento do sistema nervoso.
86. Constituem apresentações típicas dos cistos aracnóides supra-selares: hipertensão intracraniana decorrente de hidrocefalia, deficit visual e puberdade precoce.
87. A craniossinostose coronal é a apresentação mais freqüente das cranioestenoses que afetam uma única sutura.
88. A encefalocele fronto-etmoidal pode manifestar-se em três regiões diferentes: naso-frontal, naso-etmoidal e nasoorbitária.
89. A malformação de Dandy-Walker decorre da atresia dos forames de Luschka e Magendie, o que resulta em agenesia do vermis cerebelar.
90. Excesso de drenagem, síndrome do ventrículo em fenda e ventriculite são complicações da derivação ventriculoperitoneal.

Uma paciente de 47 anos de idade, apresentando um quadro de hipoacusia esquerda associado a tinitus, cefaléia e desequilíbrio de marcha, procurou atendimento médico. O exame neurológico realizado nesse paciente confirmou suas queixas e um exame de ressonância nuclear magnética do crânio mostrou uma imagem de 3 cm de diâmetro, arredondada, localizada no ângulo pontocerebelar (APC) esquerdo, emergindo do poro
acústico interno. A partir do caso clínico acima, julgue os itens a seguir.
91. O diagnóstico mais provável nesse caso é de meningeoma dovAPC.
92. Do ponto de vista histológico, a lesão descrita no caso clínico (considerando a hipótese mais provável) pode ser classificada como meningoteliomatosa, fibroblásica ou
transicional.
93. A primeira forma de tratamento indicada para o caso é a radiocirurgia estereotáxica fracionada.
94. A via de abordagem translabiríntica é útil para tumores sem componente intra-canalicular, preservando, usualmente, a audição e proporcionando um amplo campo operatório.
95. A lesão descrita pode ser bilateral na doença de Bourneville.

Em relação aos hematomas subdurais agudos (HSDA) traumáticos, julgue os próximos itens.
96. Os HSDA ocorrem em 10% a 15% dos pacientes com traumatismo craniencefálico (TCE) grave e resultam, na maioria das vezes, da ruptura de veias que atravessam o espaço entre a superfície cortical e os seios venosos durais.
97. O tratamento cirúrgico dos HSDA consiste em drenagem, por meio de pequena craniectomia, centrada no ponto de espessura máxima do hematoma.
98. O mecanismo que produz os HSDA também gera, freqüentemente, lesão parenquimatosa, o que piora o prognóstico nesses casos.
99. A taxa de mortalidade em pacientes com HSDA é elevada, havendo alguns fatores prognósticos positivos, como idade baixa, preservação da consciência e cirurgia precoce.
100. Os achados clínicos estão relacionados ao tamanho e à rapidez de crescimento dos HSDA, bem como à gravidade da lesão parenquimatosa.

Um paciente com 19 anos de idade, vítima de espancamento, foi levado ao pronto-socorro, onde foi avaliado e passou por manobras de ressuscitação. Atualmente, encontra-se em coma, entubado e sob ventilação mecânica; não abre os olhos, mas reage aos estímulos dolorosos com extensão de MMII e MSD e flexão com pronação de MSE.
A partir do caso clínico acima, julgue os itens a seguir.

101. Esse paciente apresenta postura de descerebração bilateral, pontuando 4 na escala de coma de Glasgow.
102. O melhor exame complementar, mais indicado ao caso em apreço, é a angiografia digital.
103. Se o exame complementar escolhido revelar uma imagem em forma de lente biconvexa na região temporal, o diagnóstico mais provável será de contusão temporal.
104. O controle da hipertensão intracraniana no pós-operatório é fundamental para o prognóstico do paciente.

Uma paciente com 53 anos de idade, após cefaléia súbita e incontrolável, perdeu a consciência. Ao ser examinada no pronto-socorro, encontrava-se torporosa e com a nuca
intensamente rígida, mas sem deficits motores. Realizada tomografia computadorizada de crânio, foi possível observar uma imagem hiperdensa, localizada nas fissuras inter-hemisférica, silviana (direita e esquerda), além da cisterna perimesencefálica. Julgue os itens que se seguem, com base no caso clínico acima.

105. Do ponto de vista epidemiológico, sabe-se que tabagismo, etilismo e hipertensão arterial podem ter contribuído para o quadro.
106. Os achados clínicos são classificados como de grau 4, na escala de Hunt-Hess, e os achados tomográficos, como de grau 4, na escala de Fisher.
107. O padrão ouro para o diagnóstico etiológico, nesse caso, é a angiorressonância do polígono de Willis.
108. Na fase descrita, o uso de esteróides eliminaria, comprovadamente, o risco de desenvolvimento de vasoespasmo.
109. A ruptura de um aneurisma localizado na artéria comunicante anterior poderia explicar a imagem tomográfica.

Um lavrador de 47 anos de idade, sem antecedentes patológicos relevantes, queixa-se de dor cervical irradiada para a face medial do braço e antebraço direitos, atingindo o quarto e quinto dedos, além de dormência no quinto dedo, há três semanas. A partir do caso clínico acima, julgue os próximos itens.

110. A dor em questão caracteriza mielopatia cervical de etiologia inflamatória.
111. O quadro descrito é de síndrome radicular C8 à direita.
112.  Espera-se, no exame físico, diminuição do reflexo bicipital à direita.
113. No exame físico, espera-se encontrar sinal de Hoffmann bilateral.
114. No caso descrito, o diagnóstico mais provável é de siringomielia cervicotorácica.

Em relação aos métodos de perfusão e difusão, utilizados em alguns exames de ressonância nuclear magnética de crânio, julgue os itens a seguir.

115. Por meio da técnica de difusão, é possível diferenciar o edema do tipo vasogênico do edema do tipo citotóxico.
116. Isquemia difusa, hipoglicemia e status epilepticus não produzem sinal falso-positivo para isquemia focal, à difusão.
117. As áreas de isquemia cerebral aguda exibem sinal de intensidade aumentada (à difusão) poucos minutos após o início do evento.
118. Alguns casos de isquemia cerebral transitória podem exibir anormalidades nos exames de difusão.
119. Teoricamente, a combinação das técnicas de difusão e perfusão pode ser útil na correta identificação das chamadas áreas de penumbra.

120. A imagem de perfusão informa a situação da microcirculação da área examinada.

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