Acerca
da anatomia vascular do sistema nervoso, julgue os itens que se seguem.
81.
O segmento A2 da artéria cerebral anterior inicia-se a partir da artéria
comunicante anterior.
82. As
artérias meníngea dorsal, hipofisária inferior e do tentório são ramos do
tronco meningo-hipofisário.
83. O triângulo de Parkinson, situado no seio cavernoso, é limitado,
superiormente, pelos nervos cranianos III e IV e, inferiormente, pelos nervos
V3 e VI.
84. O
primeiro ramo anterior da artéria carótida externa é a artéria tireóidea
superior.
85. Normalmente, o primeiro segmento da artéria vertebral penetra o
forame transverso da segunda vértebra cervical.
Julgue
os itens seguintes, relativos a anomalias do desenvolvimento do sistema
nervoso.
86.
Constituem apresentações típicas dos cistos aracnóides supra-selares:
hipertensão intracraniana decorrente de hidrocefalia, deficit visual e
puberdade precoce.
87. A craniossinostose coronal é a apresentação mais freqüente das
cranioestenoses que afetam uma única sutura.
88. A
encefalocele fronto-etmoidal pode manifestar-se em três regiões diferentes:
naso-frontal, naso-etmoidal e nasoorbitária.
89. A
malformação de Dandy-Walker decorre da atresia dos forames de Luschka e
Magendie, o que resulta em agenesia do vermis cerebelar.
90. Excesso
de drenagem, síndrome do ventrículo em fenda e ventriculite são complicações da
derivação ventriculoperitoneal.
Uma
paciente de 47 anos de idade, apresentando um quadro de hipoacusia esquerda
associado a tinitus, cefaléia e desequilíbrio de marcha, procurou atendimento
médico. O exame neurológico realizado nesse paciente confirmou suas queixas e um
exame de ressonância nuclear magnética do crânio mostrou uma imagem de 3 cm de
diâmetro, arredondada, localizada no ângulo pontocerebelar (APC) esquerdo,
emergindo do poro
acústico
interno. A partir do caso clínico acima, julgue os itens a seguir.
91. O diagnóstico mais provável nesse caso é de meningeoma dovAPC.
92. Do ponto de vista histológico, a lesão descrita no caso clínico
(considerando a hipótese mais provável) pode ser classificada como
meningoteliomatosa, fibroblásica ou
transicional.
93. A primeira forma de tratamento indicada para o caso é a radiocirurgia
estereotáxica fracionada.
94. A via de abordagem translabiríntica é útil para tumores sem componente
intra-canalicular, preservando, usualmente, a audição e proporcionando um amplo
campo operatório.
95. A lesão descrita pode ser bilateral na doença de Bourneville.
Em relação
aos hematomas subdurais agudos (HSDA) traumáticos, julgue os próximos itens.
96. Os
HSDA ocorrem em 10% a 15% dos pacientes com traumatismo craniencefálico (TCE)
grave e resultam, na maioria das vezes, da ruptura de veias que atravessam o espaço
entre a superfície cortical e os seios venosos durais.
97. O tratamento cirúrgico dos HSDA consiste em drenagem, por meio
de pequena craniectomia, centrada no ponto de espessura máxima do hematoma.
98. O
mecanismo que produz os HSDA também gera, freqüentemente, lesão parenquimatosa,
o que piora o prognóstico nesses casos.
99. A
taxa de mortalidade em pacientes com HSDA é elevada, havendo alguns fatores
prognósticos positivos, como idade baixa, preservação da consciência e cirurgia
precoce.
100.
Os achados clínicos estão relacionados ao tamanho e à rapidez de crescimento
dos HSDA, bem como à gravidade da lesão parenquimatosa.
Um
paciente com 19 anos de idade, vítima de espancamento, foi levado ao
pronto-socorro, onde foi avaliado e passou por manobras de ressuscitação.
Atualmente, encontra-se em coma, entubado e sob ventilação mecânica; não abre
os olhos, mas reage aos estímulos dolorosos com extensão de MMII e MSD e flexão
com pronação de MSE.
A
partir do caso clínico acima, julgue os itens a seguir.
101. Esse paciente apresenta postura de descerebração bilateral, pontuando
4 na escala de coma de Glasgow.
102. O melhor exame complementar, mais indicado ao caso em apreço, é
a angiografia digital.
103. Se o exame complementar escolhido revelar uma imagem em forma
de lente biconvexa na região temporal, o diagnóstico mais provável será de
contusão temporal.
104. O controle da hipertensão intracraniana no pós-operatório é fundamental
para o prognóstico do paciente.
Uma
paciente com 53 anos de idade, após cefaléia súbita e incontrolável, perdeu a
consciência. Ao ser examinada no pronto-socorro, encontrava-se torporosa e com
a nuca
intensamente
rígida, mas sem deficits motores. Realizada tomografia computadorizada de
crânio, foi possível observar uma imagem hiperdensa, localizada nas fissuras
inter-hemisférica, silviana (direita e esquerda), além da cisterna
perimesencefálica. Julgue os itens que se seguem, com base no caso clínico
acima.
105.
Do ponto de vista epidemiológico, sabe-se que tabagismo, etilismo e hipertensão
arterial podem ter contribuído para o quadro.
106. Os achados clínicos são classificados como de grau 4, na escala
de Hunt-Hess, e os achados tomográficos, como de grau 4, na escala de Fisher.
107. O padrão ouro para o diagnóstico etiológico, nesse caso, é a angiorressonância
do polígono de Willis.
108. Na fase descrita, o uso de esteróides eliminaria, comprovadamente,
o risco de desenvolvimento de vasoespasmo.
109.
A ruptura de um aneurisma localizado na artéria comunicante anterior poderia explicar
a imagem tomográfica.
Um
lavrador de 47 anos de idade, sem antecedentes patológicos relevantes,
queixa-se de dor cervical irradiada para a face medial do braço e antebraço
direitos, atingindo o quarto e quinto dedos, além de dormência no quinto dedo,
há três semanas. A partir do caso clínico acima, julgue os próximos itens.
110. A dor em questão caracteriza mielopatia cervical de etiologia inflamatória.
111.
O quadro descrito é de síndrome radicular C8 à direita.
112. Espera-se, no exame
físico, diminuição do reflexo bicipital à direita.
113. No exame físico, espera-se encontrar sinal de Hoffmann bilateral.
114. No caso descrito, o diagnóstico mais provável é de siringomielia
cervicotorácica.
Em
relação aos métodos de perfusão e difusão, utilizados em alguns exames de
ressonância nuclear magnética de crânio, julgue os itens a seguir.
115.
Por meio da técnica de difusão, é possível diferenciar o edema do tipo
vasogênico do edema do tipo citotóxico.
116. Isquemia difusa, hipoglicemia e status epilepticus não produzem
sinal falso-positivo para isquemia focal, à difusão.
117.
As áreas de isquemia cerebral aguda exibem sinal de intensidade aumentada (à
difusão) poucos minutos após o início do evento.
118.
Alguns casos de isquemia cerebral transitória podem exibir anormalidades nos
exames de difusão.
119.
Teoricamente, a combinação das técnicas de difusão e perfusão pode ser útil na
correta identificação das chamadas áreas de penumbra.
120.
A imagem de perfusão informa a situação da microcirculação da área examinada.
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