16. O padrão respiratório mais comumente
encontrado em pacientes com lesões diencefálicas ou com disfunção bilateral dos
hemisférios cerebrais é
(A)
hiperventilação neurogênica central.
(B) respiração de Cheyne-Stokes.
(C)
respiração atáxica ou de Biot.
(D)
respiração apnêustica.
17. O Sinal de Hoffman pode estar
presente no exame neurológico de pacientes portadores
(A)
polineuropatia diabética.
(B)
hérnia discal-cervical que determine compressão radicular pura.
(C)
síndrome Parkinsoniana que determine importante hipertonia espástica.
(D) canal estreito cervical que determine, à ressonância nuclear
magnética, hipersinal medular na seqüência T2.
18. O diabetes insipidus (DI)
central,
(A) se manifesta clinicamente quando ocorre a perda de 85% da
capacidade secretória de hormônio anti-diurético (HAD).
(B)
apresenta caracteristicamente poliúria, polidipsia e hiponatremia hiposmolar.
(C)
se manifesta comumente de forma trifásica: redução, normalização e redução ou ausência
de HAD plasmático.
(D)
é determinado freqüentemente por tumores encefálicos supra-selares, que lesam a
hipófise
ou o pedículo hipofisário inferior, comprometendo a liberação do HAD pelos
núcleos
hipotalâmicos.
19. A síndrome de Bernhardt-Roth ou meralgia
parestésica
(A)
é decorrente da compressão dos ramos tanto sensitivos quanto motores do nervo
cutâneo femorolateral da coxa composto básicamente pelas raízes nervosas de L2
e L3.
(B)
é geralmente vista em pacientes obesos e/ou diabéticos, sendo bilateral na
maioria das vezes.
(C) é uma entidade que tende a regredir espontaneamente, devendo ser
priorizadas inicialmente as medidas clínicas às cirúrgicas.
(D)
a secção do nervo (neurectomia) é o tratamento de escolha em decorrência da alta
recidiva do quadro álgico.
20. A atrofia dos músculos flexor radial
do carpo, palmar longo e flexor superficial dos dedos pode representar a
patologia do nervo
(A)
ulnar.
(B) mediano.
(C)
radial.
(D)
interósseo-anterior.
21. A síndrome do desfiladeiro torácico
(A)
é uma condição rara que afeta preferencialmente mulheres adultas, sendo
geralmente
bilateral.
(B)
apresenta sintomas que incluem alterações sensitivas principalmente ao longo da
parte lateral do antebraço, além de fraqueza e atrofia da mão especialmente dos
músculos tenares mediais.
(C) apresenta o tratamento conservador quase tão efetivo quanto a
secção da banda constrictora (tratamento cirúrgico) ainda sendo o primeiro mais
vantajoso por evitar riscos associados.
(D)
é causada pela compressão por uma banda constrictora das raízes de C6 e C7 ou
do
tronco
médio do plexobraquial.
22. Paciente, sexo masculino, 30 anos de
idade, foi admitido em um serviço médico especializado, com história de ter
sido encontrado desacordado em via pública após queda de mais ou menos três
metros de altura. Ao exame neurológico inicial: Glasgow 6, pupilas anisocóricas
(direita > esquerda) e hemiparesia esquerda. Tomografia computadorizada (TC)
de crânio evidenciou volumoso hematoma subdural agudo frontotemporoparietal direito
determinando desvio de estruturas da linha média > 5.0 mm. Foi submetido à
craniotomia ampla, realizada a drenagem dessa coleção sangüínea. TC de controle
realizada 24 horas após o término do procedimento mostrou imagem intra-axial
hipodensa, parieto-occipital direita compatível com isquemia. Esse achado foi devido
à
(A)
provável vasoespasmo da artéria cerebral posterior conseqüente ao efeito
irritativo do sangue presente no espaço subdural.
(B)
manipulação cirúrgica da artéria cerebral posterior com conseqüente espasmo.
(C)
compressão da artéria comunicante posterior pela hérnia transtentorial uncal.
(D) não-realização da intervenção cirúrgica em tempo hábil para
reverter os efeitos
deletérios da síndrome de hipertensão intracraniana.
23. Paciente em coma decorrente de
traumatismo cranioencefálico grave, foi submetido à colocação de um cateter
intraventricular, visando à monitorização da pressão intracraniana (PIC). Evoluía
estável do ponto de vista hemodinâmico e neurológico, quando passou a apresentar
ondas A de Lundberg ou ondas de platô. Provavelmente, a PIC compreendia
valores
(A)
entre 20 a 30 mmHg
(B)
entre 30 a 40 mmHg
(C)
entre 40 a 50 mmHg
(D) maiores do que 50 mmHg
24. Quanto à abordagem inicial de
pacientes portadores de traumatismo cranioencefálico (TCE),
(A) a administração de manitol deve ser feita prontamente em
pacientes que apresentem
deterioração neurológica súbita (incluindose dilatação pupilar)
antes da realização da tomografia de crânio.
(B)
o uso rotineiro de anticonvulsivantes profiláticos no TCE diagnosticado previne
o
desenvolvimento
tardio de epilepsia secundária.
(C)
a hiperventilação usada profilaticamente em pacientes com TCE grave (Glasgow ≤ 8)
previne efeitos deletérios a médio e curto prazos, decorrentes da síndrome de hipertensão
intracraniana.
(D)
o uso rotineiro de sedativos e paralíticos exerce efeito protetor sobre
o encéfalo não
só
por reduzir o metabolismo cerebral mas também por evitar o aumento da pressão
intracraniana
(PIC) decorrente de manobras fisiológicas.
25. A denominação fratura de Jefferson
corresponde à lesão óssea que acomete
(A) C1 (atlas).
(B)
C2 (áxis).
(C)
C5.
(D)
odontóide.
26. Sobre os tumores encefálicos,
(A)
os meningiomas são tumores benignos de crescimento lento, originados de células
meningoteliais
que compõem a dura-máter, possuindo evolução clínica complexa e variável
podendo recorrer e/ou invadir estruturas encefálicas adjacentes
(agressividade).
(B)
a maioria dos neurinomas do acústico se origina da bainha neurilemal da divisão
inferior do nervo vestibular na junção da mielina central e periférica (zona de
Obersteiner-Redlich).
(C) em pacientes portadores de prolactinomas com déficits
neurológicos instáveis, recomenda-se inicialmente a redução do volume tumoral
via transesfenoidal e conseqüente terapia com agonistas dopaminérgicos.
(D)
os hemangioblastomas são os tumores intra-axiais mais comuns na fossa posterior
em
adultos podendo apresentar, durante o seu curso evolutivo, alterações genéticas
determinantes de malignidade e disseminação liquórica.
27. A perda de heterozigosidade dos
cromossomos 1 p e/ou 19 q, quando presente, determina uma melhor resposta, à
quimioterapia, de neoplasia do tipo
(A)
astrocitoma anaplásico (grau III pela OMS).
(B)
meduloblastoma.
(C) oligodendroglioma.
(D)
rabdomiossarcoma.
28. A encefalite subaguda com
inflitração subependimal é uma síndrome incomum. Quando presente, é
característica de neoplasia do tipo
(A) linfoma.
(B)
ganglioma.
(C)
meduloblastoma disseminado.
(D)
ependimoma.
29. Quanto aos gliomas difusos de baixo
grau,
(A)
são lesões freqüentes principalmente em adultos na 6a década de vida.
(B) a sua variante gemistocítica está relacionada à maior expressão
de GFAP (glial fibrilary acidic protein).
(C)
a presença de mitose é rara, podendo ocorrer proliferação neovascular.
(D)
a ressecção macroscópica total é facilmente obtida, sendo que a taxa de
recidiva e de progressão anaplásica é baixa.
30. Dentre os fatores apresentados
abaixo, aquele que provavelmente MAIS influi de modo positivo no prognóstico
cirúrgico das metástases encefálicas é
(A)
o número de lesões cerebrais.
(B)
a doença primária ausente ou controlada.
(C)
a idade menor do que 65 anos.
(D) o escore de Karnofsky maior do que 70.
31. No glioblastoma multiforme,
(A) a presença de tumores multifocais ocorre em 2% a 3% dos casos,
podendo ser confundidos por lesões metastáticas em exames de imagem.
(B)
a presença de necrose é um critério necessário para sua classificação.
(C)
os glioblastomas de novo ocorrem em pacientes mais jovens do que os glioblastomas
secundários.
(D)
a degeneração anaplásica de astrocitomas de baixo grau é rara.
32. Paciente, sexo masculino, 55 anos de
idade, foi admitido em unidade de emergência especializada, com quadro de
cefaléia nos últimos 3 meses, associada a náuseas, vômitos e perda progressiva
de força em hemicorpo direito há 2 semanas. Ao exame neurológico apresentou hemiparesia
direita grau IV, déficit de nomeação de objetos e borramento de papila à
fundoscopia. Ressonância nuclear magnética de encéfalo evidenciou a presença de
5 lesões sugestivas de metástases, sendo uma frontal esquerda com 4,0 cm de
diâmetro, outra parietal direita com 5,0 cm de diâmetro e as demais espalhadas
pelo parênquima supratentorial, variando entre 0,5 a 2,0 cm de diâmetro.
Radiografia de tórax revelou nódulo próximo ao hilopulmonar. Em condições
ideais, o melhor plano terapêutico é hidantalização; corticosteróide;
(A)
biópsia da lesão primária pulmonar para diagnóstico; cuidados paliativos.
(B)
biópsia da lesão encefálica guiada por estereotaxia; tratamento quimioterápico
da doença sistêmica.
(C)
biópsia da lesão encefálica guiada por estereotaxia; radioterapia de cérebro
total; tratamento da doença sistêmica.
(D) ressecção microcirúrgica das duas lesões maiores; radiocirurgia
das pequenas lesões e complementação de dose com radioterapia convencional;
tratamento da doença sistêmica.
33. Nos cavernomas,
(A)
o tratamento de escolha atualmente é o da radiocirurgia, conseguindo controlar
o crescimento da lesão e protegendo os pacientes contra ressangramentos.
(B) a hemorragia não é indicação absoluta de cirurgia, pois as taxas
de ressangramento são, respectivamente, 3,3% para os homens e 5,8% para as
mulheres ao ano.
(C)
a manifestação clínica mais comum em adultos é a hemorragia (mais de 50% dos casos),
seguida por crises epilépticas em 16% dos pacientes.
(D)
as lesões bulbopontinas costumam sangrar mais dentre aquelas localizadas no
troncocerebral.
34. Nas malformações arteriovenosas
(MAVs),
(A)
a hemorragia é a apresentação clínica mais comum (50%) e ocorre freqüentemente
dos 15 a 20 anos de idade, associando-se de modo significativo às de maior
tamanho.
(B)
cerca de 7% dos pacientes possuem aneurismas preferencialmente localizados nas
veias de drenagem (aneurismas venosos).
(C)
a radioterapia estereotáxica conformacional é o tratamento de escolha seguido,
na ordem, pela cirurgia convencional e pela embolização com isobutil-2-cianoacrilato.
(D) estimam-se mortalidade de 10% e morbidade (déficit neurológico),
a cada sangramento, de 30% a 50%.
35. Os microaneurismas de
Charcot-Bouchard, provavelmente responsáveis por algumas hemorragias
secundárias à hipertensão arterial sistêmica (HAS), ocorrem principalmente na bifurcação
de pequenos ramos
(A)
das artérias tálamo-estriadas laterais.
(B)
perfurantes das artérias cerebrais posteriores.
(C) das artérias lentículo-estriadas laterais.
(D)
das artérias lentículo-estriadas mediais.
36. Sobre os tumores da coluna e da
medula espinhal,
(A)
os astrocitomas intramedulares acometem preferencialmente o nível cervical.
(B) o ependimoma é o glioma intramedular mais comum na medula
inferior, cone e filo, com raros relatos relacionados a metástases sistêmicas e
disseminação liquórica.
(C)
o cisto ósseo aneurismático é um tumor espinhal primário que apresenta baixo
índice
de recorrência, podendo ser adotada a conduta conservadora em alguns casos.
(D)
cerca de 15% dos meningiomas espinhais são intradurais.
37. Sobre a estenose espinhal lombar,
(A) geralmente apresenta dor lombar persistente, sendo incomum a
claudicação neurogênica.
(B)
a estenose sintomática produz dor lombar e nos membros inferiores, gradualmente
progressiva
ao ficar de pé e andar, aliviando quando o paciente se senta ou deita.
(C)
o exame neurológico é normal em aproximadamente 60% dos casos, ou seja, na
maioria.
(D)
a descompressão cirúrgica visa essencialmente ao alívio da dor e à suspensão da
progressão dos sintomas, não possibilitando a reversão de déficit neurológico
existente.
38. O exame complementar que melhor
avalia a estabilidade da coluna vertebral é a
(A)
radiografia simples em posição neutra, flexão e extensão.
(B) radiografia simples AP e perfil.
(C)
tomografia computadorizada.
(D)
ressonância nuclear magnética.
39. Dentre as drogas abaixo, a de
escolha para o tratamento de pacientes com neuralgia do trigêmio é
(A)
amitriptilina.
(B)
clonazepam.
(C) carbamazepina.
(D)
fenitoína.
40. A terapia clínica isolada é mais bem
sucedida em pacientes portadores de abscessos cerebrais
(A)
maiores do que 3,0 cm.
(B) que apresentem meningite e/ou ependimite concomitante.
(C)
cujo tratamento antibioticoterápico tenha sido instituído no estágio
histopatológico de cápsula inicial.
(D)
que estejam próximos a ventrículos cerebrais.
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