quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Questões de neurocirurgia: SESAPI


21 - Em relação às malformações da linha média, (disrafias) é correto afirmar que:
(A) as encefaloceles frontais são mais comuns nos meninos e têm um melhor prognóstico do que as occipitais;
(B) nas encefaloceles, o conteúdo do saco herniário não pode ser ressecado pois comprometeria a função da área correspondente;
(C) nas encefaloceles, o conteúdo do saco herniário pode ser ressecado mesmo que inclua vasos calibrosos, arteriais e venosos;
(D) nas lipomielomeningoceles, o componente lipomatoso aderido ao cone deve ser totalmente ressecado;
(E) na diastematomielia devemos deixar intacto o septo ósseo que atravessa o canal medular.

22 - Em relação ao tratamento das malformações arterio-venosas (MAVs) é correto dizer que :
(A) não devem ser embolizadas;
(B) o tratamento conservador é de escolha e definitivo para as que romperam;
(C) a cirurgia endovascular (embolização) seguida de abordagem neurocirúrgica, em curto espaço de tempo, tem se mostrado segura e eficaz;
(D) as classificadas como Spezler grau I são inoperáveis;
(E) só a abordagem endovascular é necessária e definitiva para todas as modalidades.

23- Dos tumores abaixo relacionados, o de melhor prognóstico é:
(A) ependimoma intracraniano;
(B) meduloblastoma;
(C) glioblastoma Multiforme;
(D) astrocitoma pilocítico do cerebelo;
(E) neurocitoma central.

24 - São modalidades de craniossinostose as condições abaixo relacionadas, EXCETO:
(A) escafocefalia;
(B) colpocefalia;
(C) turricefalia;
(D) trigonocefalia;
(E) plagiocefalia

25 – A respeito da morte encefálica NÃO é correto afirmar que:
(A) o EEG é isoelétrico;
(B) na AGC (angiografia cerebral), o contraste não progride além do sifão carotídeo;
(C) os sinais de tronco cerebral podem estar presentes;
(D) a GCS ( escala de coma de Glasgow ) é 3;
(E) os sinais de tronco cerebral estão abolidos e não há driverespiratório.

26 – Quanto aos aneurismas micóticos é correto afirmar que:
(A) desenvolvem-se a partir de infecções por fungos e seu tratamento deve ser realizado por injeção intratecal de antifúngicos.
(B) ou infecciosos, são verdadeiros micro-abscessos; podem abrir o quadro clínico com hemorragia intraparenquimatosa; seu tratamento é sempre clínico, com antibióticos, por vezes também cirúrgico ( drenagem do hematoma e/ ou “trapping” do aneurisma );
(C) são sempre de resolução cirúrgica, prescindindo de tratamento antibiótico;
(D) não estão associados à endocardite bacteriana;
(E) são associados à endocardite bacteriana e, mesmo com vegetações nas válvulas cardíacas, não necessitam tratamento cirúrgico cardiológico.

27 – A artéria de Bernasconi e Cassinari é epônimo da artéria:
(A) tentorial;
(B) vertebral;
(C) trigeminal;
(D) comunicante anterior;
(E) pericalosa.

28 – Um paciente de 10 anos, do sexo masculino, dá entrada ao pronto socorro com história de cefaléia e vômitos iniciados há duas semanas. Evolui com sonolência e dificuldade na marcha. Ao exame: torpor, nistagmo horizontal, isocoria reagente à luz, edema de papila bilateral. Marcha ebriosa, palavra escandida, dismetria e disdiadococinesia, à direita. Nervos cranianos normais. Nuca com discreta defesa; apirético . Discreta hipertensão 140x 90 mm Hg com bradicardia  FC 50 bpm. A hipótese diagnóstica mais plausível é de processo:
(A) infeccioso encefálico;
(B) expansivo tumoral, do hemisfério cerebral esquerdo;
(C) expansivo infeccioso supratentorial;
(D) expansivo tumoral do hemisfério cerebelar direito;
(E) expansivo tumoral de tronco cerebral.

29- Após um acidente automobilístico com frenagem brusca, uma paciente de 30 anos experimentou quadriplegia fugaz. Logo após, apresentou dor urente no MSE, (cérvico braquialgia esquerda) e sinal de Lhermitte. Ao longo de 6 meses, evoluiu com quadriparesia desproporcionada, DCE > DCD. Ao ser examinada, além da dor e do quadro sensitivo-motor deficitário, exibia discreta atrofia da região tenar e hipotenar, esquerda, com piramidalismo universal. A Hipótese diagnóstica mais provável é:
(A) fratura de apófise transversa cervical;
(B) estenose do canal cervical por espondilartrose difusa;
(C) hérnia discal cervical extrusa centro-lateral esquerda;
(D) esclerose lateral amiotrófica;
(E) esclerose Múltipla.

30 – Na malformação de Arnold Chiari do tipo II, podemos encontrar:
(A) mielomeningocele, paraplegia, hidrocefalia;
(B) lipomielomeningocele, hemiplegia, microcefalia;
(C) fibrolipoma do fillum terminal e macrocrania;
(D) meningocele lombar e encefalocele fronto-etmoidal;
(E) cisto leptomeníngeo cerebelar e hidrocefalia.

31- No traumatismo crânio-encefálico (TCE) a modalidade mais letal é provocada por:
(A) ferida penetrante de arma branca;
(B) ferida penetrante de arma de fogo ( PAF );
(C) queda da própria altura;
(D) mecanismo de concussão;
(E) lesões no couro cabeludo (scalp).

32 – No trauma raque-medular:
(A) a lesão medular é bastante incomum nas crianças;
(B) a síndrome de Brown-Secquard é um tipo de lesão completa;
(C) a síndrome central da medula é um tipo de lesão completa;
(D) a lesão medular na criança é muito comum;
(E) o choque espinhal ocorre muito tardiamente ao trauma (6 meses, em média ).

33 – Paciente de 55 anos, sabidamente hipertenso, com AVE agudo, isquêmico da ACM esquerda, com GCS 9 (2+2+5), hemiparesia direita acentuada, disfasia eTC revelando extensa área de hipodensidade hemisférica e desvio contralateral, com apagamento da cisterna peri-mesencefálica, VLE e sulcos corticais à esquerda, deteriorando rapidamente. Após a admissão, é mais  razoável indicar:
(A) tratamento clínico, apenas;
(B) craniotomia suboccipital;
(C) hemicraniectomia descompressiva esquerda;
(D) hemisferectomia esquerda;
(E) derivação ventricular externa á esquerda.

34 – A conduta terapêutica medicamentosa mais adequada no tratamento clínico de um paciente com hemorragia subaracnóidea espontânea, no quarto dia de ruptura de aneurisma, é:
(A) nimodipina e terapia dos 3Hs;
(B) aspirina e anti-inflamatórios;
(C) anti-hipertensivos;
(D) cumarínicos;
(E) restrição salina.

35 – A classificação de Spetzler-Martin para as MAVs leva em consideração os seguintes itens :
(A) localização da Mav + tamanho + calibre do vaso venoso;
(B) localização da Mav + tamanho + calibre do vaso arterial;
(C) tamanho + eloqüência da área + padrão de drenagem venosa;
(D) tamanho + eloqüência da área + artéria nutridora;
(E) tamanho + calibre arterial + calibre venoso.

36 – Em pacientes com ataque isquêmico transitório, com oclusão de 90 % da artéria carótida, unilateral, a conduta mais adequada é:
(A) tratamento conservador com AAS;
(B) tratamento conservador com dipiridamol;
(C) tratamento conservador com AAS e Dipiridamol;
(D) tratamento cirúrgico com by-pass extra-intracraniano, contralateral;
(E) AAS + endarterectomia carotídea.

37 – A hipocampo-amidalectomia unilateral é uma das melhores e eficazes opções cirúrgicas para pacientes com crises convulsivas parciais de difícil controle provocadas por:
(A) tumores corticais infra-tentoriais;
(B) lesões tumorais intra-ventriculares;
(C) lesões cicatriciais cerebelares;
(D) lesões subcorticais bi-hemisféricas;
(E) esclerose temporal mesial.

38 – A escala de coma de Glasgow (GCS) leva em consideração os seguintes parâmetros:
(A) melhor resposta ocular + verbal + motora;
(B) pior resposta ocular + verbal + motora;
(C) melhor resposta verbal + motora + vegetativa;
(D) melhor resposta ocular + verbal + esfincteriana;
(E) melhor resposta motora + pressórica + ocular.

39 – Quando não dispomos de TC e RM, a angiografia cerebral (AGC), como método de imagem, pode ser utilizada. Com ela, temos como fazer o diagnóstico, muitas vezes indiretamente. Como pontos de referência temos:
(A) o plexo coróide, a foice e a pineal;
(B) a sela túrsica, o clivo e as mastóides;
(C) o triângulo silviano, o ângulo venoso e o ponto Silviano;
(D) o desvio da linha média, a linha de Chamberlain e o plano esfenoidal;
(E) o sistema ventricular, a comissura anterior e os seios paranasais.

40 – Na síndrome de Weber ocorre:
(A) oftalmoplegia bilateral;
(B) paralisia do III nervo com hemiplegia contra-lateral;
(C) paralisia do hipoglosso e do troclear;
(D) quadriplegia;

(E) paraparesia .

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