·
Lesões da cauda eqüina
·
Lesões do cone medular
·
Lesões mistas da cauda-cone
·
Lesões medulares
o Concussão medular
o Choque medular
o Transecção medular completa
o Transecção medular incompleta
§ Síndrome de Brown-Séquard
§ Síndrome medular cervical central (síndrome de
Shnaider)
§ Síndrome medular cervical anterior (déficit motor)
§ Síndrome medular cervical posterior (déficit sensitivo,
mais raro)
·
Fibras do canal medular:
o Central – MMSS
o Periférica – MMII
·
Síndrome de Shnaider: fraqueza em MS com preservação dos movimentos do MI
(lesão do mergulhador). Tratamento – alinhar a coluna (colocar paciente em tração e,
depois de estabilizado, fixação cirúrgica).
1) Lesão de cauda equina
·
Paralisia flácida, arreflexia e
anestesia na área suprida pelas raízes atingidas com paralisia da bexiga e do
reto
·
Lesões simétricas ou assimétricas
·
Inicia-se em L3
·
Dor intensa, súbita e irregular
2) Lesão do cone medular
·
Incontinência urinária e fecal,
perda da ereção e ejaculação em homens, paralisia dos músculos do assoalho
pélvico e um distúrbio sensitivo que é frequentemente dissociado da sela
(anestesia em sela – região perineal)
·
Reflexos tendinosos (patelar)
preservados e aquileus abolidos
·
Inicia-se em T12-L1 (transição
toraco-lombar)
·
Simétrica
3) Concussão medular
·
Sintomas neurológicos
transitórios, com recuperação em minutos ou horas (edema reversível, localizado)
·
Paciente chega fraco, mas logo
recupera
·
Os sintomas ocorrem abaixo do
nível do traumatismo
·
Acredita-se que a alteração seja
causada por uma saída de K+ dos neurônios para o espaço
extravascular
·
Lesão fisiológica que pode evoluir
para necrose: concussão medular - edema - alteração na microcirculação - isquemia -necrose
4) Choque medular
·
Ocorre após uma lesão medular
abrupta completa ou incompleta – interrupção do estímulo nervoso depois do
nível lesado
·
Há paralisia (flácida aguda) e
anestesia imediatas e completas abaixo da lesão, com hipotonia, arreflexia e
plegia (para ou tetra)
·
Respostas plantares podem estar
ausentes, em extensão ou duvidosas
·
O estado de hipotonia e arreflexia
é gradualmente substituído por sinais piramidais, em geral dentro de 3-4
semanas
·
Retenção urinária e obstipação
intestinal
·
Evolução de um estado de
arreflexia para outro de hiperflexia pode ser retardado por infecção urinária,
escaras cutâneas infectadas, anemia ou desnutrição
·
Choque medular: total ou parcial
o Total/reversível (lesão fisiológica, que pode ser
irreversível também) ou irreversível (lesão anatômica – secção total)
·
O choque medular é a interrupção
do estímulo nervoso abaixo do nível lesado, decorrente do edema medular ou da
lesão anatômica. MC = paralisia flácida (instalação imediata), anestesia,
arreflexia, hipotonia (não ocorre de imediato), retenção urinária, obstipação
·
Realizar TC e raio X – RNM sem
necessidade
·
Tratamento
o Objetivo: tentativa de impedir a necrose pelo edema
o Atendimento ao politrauma (A, B, C, D)
o Determinar motricidade e sensibilidade (se avaliação da
região torácica - dissociação)
o Metilprednisolona
§ Há controvérsias quanto ao uso dessa medicação
§ Único corticóide que funciona (decadron – NÃO funciona)
§ Até 8h após trauma:
·
30mg/kg em 1h (ataque);
·
Manutenção - 5,4mg/kg/h, 8/8h até
completar 24h
o 1ª dose 8h após dose de ataque
o Ex: pcte 100Kg → 5,4 x 100 x 8 = 4360, portanto serão 3
doses de 4360 mg
o Opção: dividir em 23h em bomba de infusão
§ Entre 8-24h após trauma: não fazer dose de ataque,
apenas dose de manutenção por 24h
§ Após 24h do trauma: conduta expectante – não muda o PX
§ Deve-se fazer medicação para proteção das mucosas (ex:
omeprazol)
o Gangliosídeo:
§ Regeneração axonal – Sygen (100 e 20mg)
§ Pode ou não ser utilizado, devendo ser administrado
após o corticóide.
·
Nem sempre a melhora é imediata,
pode durar até 6 semanas
·
Lesão irreversível ð Ø melhora com tratamento em até 6
semanas
·
Lesão reversível ð paciente passa a apresentar
reflexos em massa (até 72h = bom PX) – paralisia espástica, hiperreflexia,
hipertonia, clônus, incontinência, retorno da sensibilidade, priaprismo (♂) –
sistema extrapiramidal assume o controle
·
Se trauma torácico ðhipertermia presente sem sinais de
infecção
o Hiperestimulação simpática = Ø sudorese e vasodilatação
da peleð acúmulo de calor
o Ocorre na fase aguda do choque
5) Transecção medular completa
·
Após período de choque acarreta
paralisia motora, sensitiva e autonomica abaixo do nível da lesão
·
Irreversível
6) Transecção medular incompleta
·
Depende das vias envolvidas
·
Lesão total em hemicorpo
·
Preserva sensibilidade e
motricidade
·
Semelhante a Brown-Séquard
7) Síndrome de Brown-Séquard
·
Após a hemissecção medular (geralmente com o nível superior 1 ou 2
segmentos abaixo daquele da lesão): paresia ipsilateral, sinais
corticoespinhais ipsilaterais, perda contralateral das sensações de dor e
temperatura e distúrbio ipsilateral dos sentidos vibratório e de posição
articular
·
Há geralmente pouca diminuição da
sensação tátil
·
Pode haver uma perda segmentar
ipsilateral da sensação ou fraqueza ao nível da lesão
·
Lesão por arma de fogo ou arma
branca (agressão)
·
Hemissecção:
o No lado afetado = perda da motricidade e sensibilidade
profunda (propriocepção consciente e vibratória)
o No lado contralateral = perda da sensibilidade
superficial (dolorosa, térmica e tátil)
o Sensação tátil pouco alterada
8) Síndrome medular cervical
central (Shneider ou do canal central) – lesão do mergulhador
·
Decorrente de uma luxação ou
deslizamento de uma vértebra sobre a outra, produzindo compressão do canal medular central (fibras MMSS)
·
Causas: mergulho em água rasa,
efeito chicote
·
Fraqueza mais acentuada nos braços
do que nas pernas, retenção urinária
·
Sensibilidade mantida ou pouco ↓
abaixo do nível da lesão
·
Déficit motor nos MMSS (fibras
saem do canal central ou do ependima); MMII normais (fibras mais periféricas)
o Braços e mãos podem estar paralisados ou moderadamente
fracos
o Pernas – pode haver paresia grave ou apenas uma
fraqueza mínima, com reflexos tendinosos hiperativos e sinal de Babinski +
·
Micção pode estar normal
·
Uma transecção completa da medula
espinhal pode ser diagnosticada inicialmente por aparentar Ø função medular
abaixo do nível da lesão. Um teste cuidadoso, porém, pode revelar a área sacral
poupada e, portanto, uma lesão incompleta. Nesse caso, o potencial de
recuperação sem intervenção operatória é maior e depende do grau de hemorragia
central.
·
Tratamento:
o Tração da coluna com peso fixado no crânio (10% peso
corporal)
§ Uso do trator de Gardner
§ Controle com raio X de perfil
o Definitivo: cirúrgico com fixação da coluna após
alinhamento
9) Síndrome medular cervical
anterior
·
Déficit motor + hipertonia +
Babinsk presente + Ø sensibilidade superficial: paralisia imediata e completa associada a um distúrbio leve ou
moderado da resposta aplicada de alfinete e do tato leve abaixo da lesão, com
preservação do sentido posicional e vibratório (fibras mais posteriores)
o Face anterior – contato com abdome
o Relação com motricidade
o Déficit motor – preserva sensibilidade
o Ocorre quando artéria espinal anterior é afetada
·
Ocorre principalmente por isquemia
(aneurisma de aorta dissecante comprimindo art. espinal anterior)
·
Pode ser causada por ruptura aguda
de disco, com ou sem fratura, ou fratura-luxação na região cervical anterior
·
Mais comum nas regiões cervicais e
torácica
·
Reversível
10) Síndrome medular cervical
posterior
·
Dor e parestesias no pescoço,
parte superior dos braços e tronco
·
Parestesias geralmente simétricas
e tem uma qualidade de ardência
·
Manifestações sensitivas podem se
combinar com leve paresia dos braços e mãos, mas as vias longas são apenas
ligeiramente acometidas
·
Déficit sensitivo – preserva
motricidade
·
Reversível
·
Decorrente de lesão da artéria vertebral
ou da art. Adam-Ckiewicz
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário será aprovado após moderação.
Obrigada pela contribuição!