·
1ª fase: compensação
o
Líquor
= 1º elemento afetado
§
Objetivo:
proteger parte mais nobre – encéfalo
o
Fechamento
do espaço subaracnoideo encefálico (líquor deslocado para o espaço
subaracnoideo medular) → ↑pressão medular
o
Colabamento
dos ventrículos laterais – joga líquor para medula
o
Desvio
de linha média
o
QC: paciente
assintomático por acomodação do volume acrescido
o
Se
com estes mecanismos não houver compensação, o fluxo sanguíneo cerebral (FSC) é
prejudicado.
·
2ª fase (HIC): vasoconstrição
(PIC > 20mmHg)
o
Sangue
= 2º elemento afetado
o
Ocorre
vasoconstrição, porém esta não se mantém, pois leva a isquemia.
o
Mecanismo
de auto-regulação:
§
Vasoconstrição
impede chegada de mais sangue com objetivo de ↓PIC
§
Início
processo isquêmico
§
Vasodilatação
– para evitar isquemia
§
Fica
em processo de alternância
§
Esse
mecanismo tende a falhar SEMPRE na fase de vasodilatação – levando ao ↑PIC
o
QC: comprometimento do
FSE ð isquemia
centro-bulbar.
§
Primeiros
sinais/sintomas da HIC com ↓ FC, cefaléia, vômitos, ↓ nível consciência,
déficit motor.
·
3ª fase (HIC): vasodilatação
reflexa
o
Ocorre
↑ volume de um dos componentes intracranianos (↑ PIC).
o
QC: progressão dos
sinais ðpaciente
torporoso, vômitos, postura patológica, dilatação pupilar, alterações visuais,
sinais localizatórios, alterações respiratórias (hiperventilação neurogênica
central, Biot, Cheyne-Stokes e Kusmaull).
o
Ainda
há possibilidade de reversão do quadro clínico se tratamento correto ð opera-se até esta fase
·
4ª fase (HIC): estado hiperêmico
encefálico
o
Falência
vasomotora (término na vasodilatação).
o
Cérebro
= 3º elemento afetado ð herniação (fuga
da compressão)
o
Esgotamento
dos mecanismos de compensação
o
Isquemia ↔
vasodilatação = mecanismo de auto-regulação ð sempre falha na vasodilatação ðestado hiperêmico encefálico ð MEG, midríase, postura patológica
o
QC: pupilas
midriáticas e paralíticas, postura patológica, apnéia, Glasgow 3 ou 4 (coma),
papiledema, convulsão, macrocefalia (nem sempre), estrabismo convergente
(paralisia do VI par), morte por parada cardiorespiratória.
·
Tríade de Cushing
(compressão hipotalâmica):
o
↑
PA (tentativa de restaurar o fluxo sanguíneo aos centros bulbares)
o
↓
FC
o
Arritmia
respiratória
QUADRO
CLÍNICO
·
É
determinado pela distorção e compressão do encéfalo. A evolução dos sintomas e
sinais da HIC pode ser dividida em 4 fases:
o
1.
Assintomática por acomodação do volume acrescido (deslocamento do líquor)
o
2.
Comprometimento do FSE: isquemia do centro bulbo.
§
Líquor
todo deslocado – fluxo sanguíneo afetado
§
Haverá
os primeiros sinais e sintomas da HIC com ↓ FC, cefaleia, sonolência, vômito em
jato
§
Ocorrem
fenômenos autonômicos
o
3.
Comprometimento do tônus vascular com paralisia do mecanismo vasopressórico e ↑
volume encefálico.
§
Haverá
queda do nível de consciência, alterações da PA (tende a subir, jogando mais
sangue para o cérebro – pode formar um hematoma), ↑FC e FR (mudança de padrão)
→ fenômenos autonômicos mais evidentes
§
Nesta
terceira fase, ainda há possibilidades de regressão do quadro clínico, desde
que a HIC possa ser tratada adequadamente.
o
4.
↓ PA; FC e FR irregulares.
§
Surge
o coma, as pupilas são midriáticas e paralíticas.
§
Ausência
de ritmo respiratório
§
A
morte ocorre por parada cardiorrespiratória.
·
Cefaléia
·
Vômitos
em jato ┌ nervo mais longo = + lesado
·
Estrabismo
convergente (paralisia do VI par)
·
Edema
de papilas
·
Alterações
da personalidade e nível de consciência
·
Crises
convulsivas
·
Tonturas
·
Macrocefalia
·
Alterações
da PA, FC e FR
·
Nos
RN e lactentes, devido à não soldadura das suturas, estes sinais não são
observados, e as manifestações clínicas apresentadas são abaulamento da
fontanela, irritabilidade, choro fácil, recusa de alimentação e macrocrania.
Alterações
respiratórias:
o
Última
manifestação (HIC é crânio-caudal).
o
Hiperventilação
neurogênica central
§
Acidose
respiratória
§
Alcalose
metabólica
§
Respiração
neurológica
§
Lesão
entre diencéfalo (predomínio) e mesencéfalo
o
Cheyne-Stokes
§
↑
[CO2] = estímulo para centro respiratório
§
Lesão
entre tálamo (diencéfalo) e mesencéfalo (parte mais inferior)
o
Kussmaul
§
Respiração
ampla e rápida, apnéias curtas logo após respiração profunda e ruidosa (acidose
metabólica)
§
Lesão
entre ponte-bulbo (“último suspiro”)
o
Biot
(ou atáxica)
§
Alternância
de ritmos, sem regularidade
§
Inspiração
– apneia - expiração
§
Lesão
entre ponte-bulbo
·
Paciente
em morte encefálica:
o
Glasgow
3 + apneia + pupilas midráticas
o
Ausência
de atividade do tronco cerebral
§
Ausência
reflexo fotomotor
§
Ausência
estímulo respiratório
§
Ausência
sensibilidade a dor
o
TESTE
§
Retirar
paciente do tubo e deixar em apnéia por 10´
§
Cada
min = ↑ PCO2 em 3mmHg (em 10´: ↑ 30mmHg) hipercapnia - estímulo bulbar - se Ø respiração = morte encefálica
o
Realizar:
§
Adultos
(> 2 anos): 2 exames com diferença de 6h
§
Bebês
até 2 meses: 2 exames com diferença de 24h
§
2
meses a 2 anos: 2 exames com diferença de 12h
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