sábado, 14 de novembro de 2015

Hérnia Cervical


·         É a causa mais comum de compressão das raízes nervosas – geralmente por doença do disco cervical
·         Ocorre geralmente entre C5-C6 e entre C6-C7, afetando as raízes C6 e C7 respectivamente (afeta sempre a raiz de baixo)
·         A hérnia cervical pode apresentar manifestações radiculares (afeta raiz nervosa) e/ou medulares (afeta medula espinhal) (radiculopatias e mielopatias).
·         Raiz inferior: mais afetada (exceção = hérnia foramidalou quando excessivamente lateralizada– comprime raiz superior)
o   HD central: compressão medular (mielopatia)
o   HD lateral: compressão raiz nervosa (radiculopatia)

·         Quadro Clínico
o   Cervico-braquialgia: dor cervical que se agrava com a movimentação e irradia para MMSS (hérnia lateral)
o   Cervicalgia: dor cervical (hérnia central)
§  Musculatura paravertebral entra em contratura (nem sempre)
§  Lordose natural tende a desaparecer (principalmente durante as crises) – coluna reta
§  MMSS: parestesia, ↓ força (progressiva - paresia) e ↓ reflexos ð hérnia lateral
§  Dor à movimentação – compressão da raiz nervosa
o   Dor sempre descendente

o   Exame
§  Elevação do braço – quanto mais levanta, menor a compressão

o   Reflexos
§  Estilo-radial → flexão V dedo
§  Bisceptal – percussão do tendão lateral do bisceps
§  Cúbito planador – mão faz pronação a percussão do tendão medial do bísceps
§  Trisceptal – percussão tendão do trísceps – extensão do braço


o   Quanto mais alta a raiz, mais localizado é o sintoma e quanto mais baixa a raiz mais irradiado será o sintoma.
·         Hérnia cervical: radiculo ou mielopatia ≠ Hérnia lombar: radiculopadia apenas
·         C1-C2 = Ø disco intervertebral (dente do áxis)
·         Estenose foraminal: RX simples em incidência oblíqua pode dar o DX

·         Evolução:            
o   Parestesia: paresia
o   Parestesia + paresia na hérnia traumática
·         Indicação cirúrgica: redução de força na mão por compressão da medula

·         Mielopatia cervical espondilótica
o   Doença progressiva que leva a uma paraparesia crural espástica
§  Doença degenerativa: idosos que apresentam dor sem ter hérnia (disco ↓), forame fechado, podendo apresentar osteófito posterior (comprime raiz por ↓ do canal)
o   Causas: estenose do canal vertebral, alterações degenerativas, produzindo compressões sobre o tecido nervoso ou sobre os vasos (microisquemia), e o ↑ mobilidade da coluna vertebral (↓dor – limitação do movimento), hipertrofia do ligamento amarelo
o   Caracteriza-se por déficit motor MMII (dificuldade de marcha) que evolui para paraparesia espástica (marcha espástica)
o   Andar rápido e curto
o   Caráter ascendente
o   Graus:
§  I: leve – dor seguida de fraqueza muscular (hipotonia)
§  II: moderada – fasciculações
§  III:grave – alterações esfincterianas, ↑ base de apoio (paciente anda em passos curtos)
o   Paraparesia → fraqueza → fasciculação muscular (mal prognóstico, pode atingir músculos da deglutição)

o   Tratamento: conservador (grau I) e cirúrgico (graus II e III)
§  Conservador = relaxante muscular, colar cervical, tração medular, fisioterapia
Cirúrgico = laminectomia quando ocorre progressão do quadro

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