sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Resumo: Síndrome de Hakim-Adams

Hidrocefalia de Pressão Normal


Etiologia mal definida: relacionada com traumatismos de repetição (alcoólatras), HSA, atrofia cerebral
Incidência ↑ em faixa etária maior.
Atrofia cortical: pacientes mais velhos (dilatação ventricular como mecanismo compensatório: sem sinal de HIC – alta chance de descompensação)
Hidrocefalia comunicante
Pode levar a um quadro de demência
OBS: demências de causas reversíveis: hematoma subdural crônico do idoso e hidrocefalia de pressão normal
Volume do crânio: 1200-1400mL

Considerações clinicas:

o   Tríade:
§  Marcha espástica
↓tamanho do cérebro, ↑ventrículo – contato com a substância branca→ compressão sistema piramidal → altera marcha
§  Confusão mental
Alterações de memória principalmente
Crônico
Devido principalmente a atrofia cerebral (↓sinapses, ↓memória recente) Não esquece o que já foi armazenado.
§  Incontinência urinária
Centro de controle da micção – lobo frontal – crescimento ventrículos comprime essa região – perda do controle miccional (inervação sacral, mas o controle primário é frontal)
Sem cefaleia, ou só em fases avançadas
Compressão ventricular do lobo frontal (= centro primário da micção e artéria cerebral anterior – MMII)
Não é patognomônica, ocorrendo também no hematoma subdural crônico e na mielopatia espondilótica cervical
Diagnóstico diferencial com demências e hematomas
Alterações visuais tardias: mesmo com papiledema, o paciente enxerga normalmente (compressão do quiasma óptico pelo ↑3º V)

Exames de imagem

TC: sulcos salientes, ↑ ESA, dilatação ventricular simétrica, edema periventricular (melhor visualizado na RNM)

Critérios
§  Largura máxima do IIIventrículo = 6mm
> 60 anos até 6 mm
< 60 anos < 6 mm
> 6 mm = HIC
§  Coeficiente de Evans:
Distância entre os dois pólos frontais dos 2 ventrículos laterais (A) + diâmetro biparietal (B) – ambos na mesma altura.
A/B ≥ 0,5 = HIC: cirurgia
§  Edema cerebral = indicação cirúrgica

Tratamento
Se não tratada, a HPN evolui para HPAumentada.
A. Clínico
§  Observação – se queda do estado geral:
o   TAP teste:
§  Punção liquória (30-40ml) suboccpital ou cervical – 2 vezes em um intervalo de 1 semana
§  Após, colocar paciente para andar: se houver melhora da marcha (pode demorar alguns dias – máximo 1 semana) ð programar cirurgia (sinal de boa tolerabilidade pelo paciente da válvula)
B. Cirúrgico
§  Entre o critério clínico (TAP teste) e o de imagem (tamanho III ventrículo e coeficiente de Evans), o critério clínico é mais valorizado para optar por cirurgia, pois podem ocorrer diversas complicações
§  DVP – válvula de média pressão
§  Complicações cirúrgicas:
Hipotensão liquórica
§  Descompressão brusca (↓pressão muito rápido) – ideal descompressão lenta
§  Cefaléia associada à postura
§  Diagnóstico         
·         Paciente decúbito – bem
·         Paciente ortostático - cefaléia
Hematoma subdural (por drenagem excessiva, distensão venosa do espaço subdural, principalmente com DVE)
Infecções (meninge, trajeto do cateter)
Exteriorização do cateter (raro)
§  Cateter sai pelo ânus ou vagina
§  Fagocitose do cateter devido movimento de peristalse
§  Tratamento: Retira-se válvula. Deve ser retirado puxando-se por baixo. 

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