Hidrocefalia de Pressão Normal
Etiologia
mal definida: relacionada com traumatismos de repetição (alcoólatras), HSA,
atrofia cerebral
Incidência
↑ em faixa etária maior.
Atrofia
cortical: pacientes mais velhos (dilatação ventricular como mecanismo
compensatório: sem sinal de HIC
– alta chance de descompensação)
Hidrocefalia
comunicante
Pode
levar a um quadro de demência
OBS:
demências de causas reversíveis: hematoma subdural crônico do idoso e
hidrocefalia de pressão normal
Volume
do crânio: 1200-1400mL
Considerações clinicas:
o
Tríade:
§
Marcha
espástica
↓tamanho
do cérebro, ↑ventrículo – contato com a substância branca→ compressão sistema
piramidal → altera marcha
§
Confusão
mental
Alterações
de memória principalmente
Crônico
Devido
principalmente a atrofia cerebral (↓sinapses, ↓memória recente) Não
esquece o que já foi armazenado.
§
Incontinência
urinária
Centro
de controle da micção – lobo frontal – crescimento ventrículos comprime essa
região – perda do controle miccional (inervação sacral, mas o controle primário
é frontal)
Sem
cefaleia, ou só em fases avançadas
Compressão
ventricular do lobo frontal (= centro primário da micção e artéria cerebral
anterior – MMII)
Não
é patognomônica, ocorrendo também no hematoma subdural crônico e na mielopatia
espondilótica cervical
Diagnóstico
diferencial com demências e hematomas
Alterações
visuais tardias: mesmo com papiledema, o paciente enxerga normalmente
(compressão do quiasma óptico pelo ↑3º V)
Exames de imagem
TC:
sulcos salientes, ↑ ESA, dilatação ventricular simétrica, edema periventricular
(melhor visualizado na RNM)
Critérios
§
Largura
máxima do IIIventrículo = 6mm
>
60 anos até 6 mm
<
60 anos < 6 mm
>
6 mm = HIC
§
Coeficiente
de Evans:
Distância
entre os dois pólos frontais dos 2 ventrículos laterais (A) + diâmetro
biparietal (B) – ambos na mesma altura.
A/B
≥ 0,5 = HIC: cirurgia
§
Edema
cerebral = indicação cirúrgica
Tratamento
Se
não tratada, a HPN evolui para HPAumentada.
A. Clínico
§
Observação
– se queda do estado geral:
o
TAP
teste:
§
Punção
liquória (30-40ml) suboccpital ou cervical – 2 vezes em um intervalo de 1
semana
§
Após,
colocar paciente para andar: se houver melhora
da marcha (pode demorar alguns dias – máximo 1 semana) ð programar cirurgia (sinal de boa
tolerabilidade pelo paciente da válvula)
B. Cirúrgico
§
Entre
o critério clínico (TAP teste) e o de imagem (tamanho III ventrículo e
coeficiente de Evans), o critério clínico é mais valorizado para optar por
cirurgia, pois podem ocorrer diversas complicações
§
DVP
– válvula de média pressão
§
Complicações
cirúrgicas:
Hipotensão
liquórica
§
Descompressão
brusca (↓pressão muito rápido) – ideal descompressão lenta
§
Cefaléia
associada à postura
§
Diagnóstico
·
Paciente
decúbito – bem
·
Paciente
ortostático - cefaléia
Hematoma
subdural (por drenagem excessiva, distensão venosa do espaço subdural, principalmente
com DVE)
Infecções
(meninge, trajeto do cateter)
Exteriorização
do cateter (raro)
§
Cateter
sai pelo ânus ou vagina
§
Fagocitose
do cateter devido movimento de peristalse
§
Tratamento: Retira-se
válvula. Deve
ser retirado puxando-se por baixo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário será aprovado após moderação.
Obrigada pela contribuição!