sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Hematoma Subdural


·         Lesão extra-axial, sempre venoso
·         Predomínio na região fronto-parietal
·         Dividido em:
o   Agudo
§  Sintomas até 72h após o trauma
§  Sempre por causa traumática (agressões mais fortes)
§  Acompanhado de contusão (= sangue no parênquima – lesão mista) nos casos mais graves
§  Comum no adulto-jovem
§  TC: imagem hiperdensa côncavo-convexa
o   Subagudo
§  Sintomas entre 72h até 21 dias
§  > adulto-jovem
o   Crônico
§  Sintomas após 21 dias
§  Traumático ou espontâneo
§  Causa principal: lesão dos vasos de Mittenzweig
§  TC: imagem iso ou hipodensa na TC
§  Comum em:
·         Crianças
·         Idosos
·         O hematoma subdural é produzido pelo movimento ântero-posterior do cérebro
o   Ocorre contato do cérebro com a asa do esfenóide (separa frontal do temporal), rompendo as veias do espaço subdural (Ø artérias) que atravessam o espaço subaracnóide em direção a superfície cerebral.
·         Mais grave, ocorre redução do nível de consciência
·         Forte impacto ð agudo (lesão mista)
o   Quanto mais forte impacto, maior a chance de contusão (lesão hemorrágica do tecido cerebral) associada - ↑morbimortalidade, sinal de mal prognóstico
·         Pequeno impacto ð crônico (lesão pequena – geralmente permanece somente na aracnóide)
·         É acompanhado de edema vasogênico. Predomina na região fronto-parietal. Não tem QC definido, pois este depende da intensidade da lesão associada. Se houver hematoma bilateral, deve-se operar aquele que estiver causando o déficit neurológico (efeito de massa).
·         Na TC = lesão por contra-golpe (hematoma do lado oposto ao trauma) ð imagem côncavo-convexa.
o   HSD agudo ð hiperdenso
o   HSD subagudo ð imagem hiper-isodensa
o   HSD crônico ð imagem isso-hipodensa

HEMATOMA SUBDURAL CRÔNICO
·         Encapsulado (não está em contato direto com o cérebro) ð reação da dura-máter na tentativa de conter o hematoma (proliferação de fibroblastos)
o   Dura-máter: membrana interna (contato com a aracnóide – pouco vascularizada) e membrana externa (muito vascularizada)
·         Volume do hematoma: depende da permeabilidade da membrana externa
·         Traumático (75%) ou espontâneo (25%)
·         Predomina nos extremos de idade
o   Bebês:
§  Dura-máter muito aderida ao osso ðaumento do espaço subdural
§  Vasos menores e mais finos (sangramento mais lento)
§  Grande tempo até aparecimento de clínica
§  Espaço subdural aumenta com o tempo
§  Zona descolada de Gérard Marchand
o   Idosos:
§  Atrofia cortical do idoso provoca aderência da dura-máter no osso ðaumento do espaço subdural
§  O sistema vascular é mais rígido e esclerosado, podendo ter placas de ateroma (sangramento mais lento)
§  Zona descolada de Gérard Marchand
·         HSC espontâneo ð sofre influência de desnutrição, discrasias sanguíneas, uso de anticoagulantes e alcoolismo.
·         Em ambos os casos: MC tardias. Se presentes ð cirurgia.
·         Maior emergência neurológica no PS
·         Crianças
o   Quadro clínico:
§  MC demorar a aparecer (fontanelas abertas) ð suportam mais o ↑ PIC
§  Irritação, abaulamento de fontanelas
o   Tratamento:
§  Punção transfontanela (> chance de recidiva)
§  Craniotomia pequena (ideal)
·         Idosos
o   Após 50 anos, metade dos casos ocorre por alcoolismo ou epilepsia (trauma)
o   Quadro clínico:
§  HIC ð cefaléia progressiva, ↓ NC
§  Sinais localizatórios ð déficit motor contralateral
§  Podem ocorrer, em alguns casos, apenas alteração do estado mental (diagnóstico diferencial com demência ð predomínio frontal)
o   Tratamento:
§  Craniotomia ampla (fronto-temporal-parietal)
§  Na forma crônica, apenas uma incisão resolve
·         TC = densidade mista: hiper (vaso tamponado que começa a sangrar) + hipo (sangue hemolisado) = HSD crônica agudizada

HEMATOMA SUBDURAL AGUDO
·         Sintomas em até 72h (sempre traumático)
·         Acompanhado de contusão (maioria: HSD + LAD)
·         Metade dos pacientes perdem a consciência, 25% chegam em coma (50% dos que despertam perdem a consciência em horas ou minutos ð ↑ tamanho hematoma)
·         Quadro clínico
o   Pouco previsível, pois podem existir contusões associadas (grande incidência)
§  Exemplo: hematoma em lado E e contusão à D, a contusão está fazendo um efeito de massa maior que o hematoma (mais compressivo ou maior), seu efeito então predomina – déficit motor + Babinski lado contralateral a contusão, mas ipsilateral ao hematoma
o   Hemiparesia e alterações pupilares (geralmente midríase ipsilateral e hemiparesia contralateral); sinais de falsa localização (hérnia de uncus – Kernohan – pela contusão)
·         Diagnóstico
o   TC = hiperdensa, edema ipsilateral
o   RNM = ideal para trauma há mais de 12h (identifica hemorragia intracraniana)

·         Coduta = craniotomia ampla (se intervenção em menos de 4h evolução ð melhor prognóstico)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário será aprovado após moderação.
Obrigada pela contribuição!