sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Hematoma Extradural


·         Lesão extra-axial (dentro do crânio, mas fora do cérebro)
·         Localizada no espaço epidural (entre osso e dura-máter)
·         Produzido por movimento látero-lateral ou antero-posterior
·         Geralmente ipsilateral ao local do trauma
·         Pode ser: arterial ou venoso.
·         ARTERIAL (85%)
o   Ruptura da artéria meníngea média (ramo CE) ou de seus ramos ð abrupto
o   Predomina na fossa média com extensão parietal (“temporo-parietal”); em recém-nascidos ð fossa posterior
·         VENOSO (15%)
o   Laceração do seio venoso da dura-máter ou sangramento venoso da camada diplóidea
o   Intervenção cirúrgica mais difícil
o   Presença de espaço lúcido (tempo entre o trauma e a perda de consciência) ð insidioso
·         Espaço lúcido:
o   Tempo entre sofrer o trauma e apresentar sinais de HIC
o   Nem sempre ocorre, sendo mais comum nos hematomas venosos (até 48h)
o   Hematoma arterial: 6-12h (se lesão em tronco da meníngea média ð Ø espaço lúcido)
·         Parâmetros a serem avaliados:
o   Nível da consciência
o   Reação motora
o   Pupilas
o   Respiração
·         À medida que se desenvolve o hematoma extradural, vão surgindo os sinais localizatórios:
o   Anisocoria = midríase ipsilateral ao hematoma
§  Compressão III par – fossa média (hérnia transtentorial) ð midríase ipsilateral + ptose + estrabismo divergente
o   Déficit motor = contralateral ao hematoma
o   Rebaixamento da consciência (obnubilação)
§  Variação nível de consciência
§  Se o paciente não se lembra – considera-se que houve perda da consciência
o   Postura patológica: decorticação (lesão alta – flexão) e decerebração (lesão baixa – extensão)
o   Alteração do ritmo respiratório (HIC crânio-caudal: Cheyne-Stokes ð Biot) = último sinal
o   Pode ocorrer presença de cefaleia (quanto maior a dor, maior a sonolência e prostração do paciente)
·         Paciente pode estar em Glasgow 15 com possibilidade de piora – coloca-se sempre em observação
o   A perda da consciência pode estar ou não associada com fratura
·         Distúrbios neurovegetativos no momento do hematoma:
o   1º (momento do acidente) = taquicardia + hipertensão
o   2º (início da formação do hematoma) = taquicardia + PA normal
o   3º (evolução do hematoma) = bradicardia + hipertensão

ESCLADA DE GLASGOW
·         ≥12 = trauma leve
·         9-11 = trauma moderado
·         ≤ 8 = trauma grave
·         Avaliação não é perfeita, pois não leva em consideração alterações no tronco cerebral (reflexo fotomotor, por exemplo)

FAIXA ETÁRIA ACOMETIDA
·         Adolescentes, adultos jovens (não afeta extremos de idade – idosos e bebês)
o   Idosos: espaço epidural quase inexistente (dura-máter firmemente aderida ao osso)
o   Bebês: mais comum hemorragia subdural

EXAMES COMPLEMENTARES
·         RX = se houver fratura, mesmo se paciente em G15, não liberar paciente (observação)
·         TC = lesão hiperdensa, biconvexa (duas pontas apontando para o osso)
o   Inicialmente a TC pode estar normal – volume de sangue ainda não deu para preencher e formar o hematoma

TRATAMENTO

·         Cirúrgico (> efeito de massa = DLM) ð craniotomia ampla – incisão de Question-Mark (?)

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