·
Lesão
extra-axial (dentro do crânio, mas fora do cérebro)
·
Localizada
no espaço epidural (entre osso e dura-máter)
·
Produzido
por movimento látero-lateral ou antero-posterior
·
Geralmente
ipsilateral ao local do trauma
·
Pode
ser: arterial ou venoso.
·
ARTERIAL
(85%)
o
Ruptura
da artéria meníngea média (ramo CE) ou de seus ramos ð abrupto
o
Predomina
na fossa média com extensão parietal (“temporo-parietal”); em recém-nascidos ð fossa posterior
·
VENOSO
(15%)
o
Laceração
do seio venoso da dura-máter ou sangramento venoso da camada diplóidea
o
Intervenção
cirúrgica mais difícil
o
Presença
de espaço lúcido (tempo entre o trauma e a perda de consciência) ð insidioso
·
Espaço lúcido:
o
Tempo
entre sofrer o trauma e apresentar sinais de HIC
o
Nem
sempre ocorre, sendo mais comum nos hematomas venosos (até 48h)
o
Hematoma
arterial: 6-12h (se lesão em tronco da meníngea média ð Ø espaço lúcido)
·
Parâmetros
a serem avaliados:
o
Nível
da consciência
o
Reação
motora
o
Pupilas
o
Respiração
·
À
medida que se desenvolve o hematoma extradural, vão surgindo os sinais
localizatórios:
o
Anisocoria
= midríase ipsilateral ao hematoma
§
Compressão
III par – fossa média (hérnia transtentorial) ð midríase ipsilateral + ptose +
estrabismo divergente
o
Déficit
motor = contralateral ao hematoma
o
Rebaixamento
da consciência (obnubilação)
§
Variação
nível de consciência
§
Se
o paciente não se lembra – considera-se que houve perda da consciência
o
Postura
patológica: decorticação (lesão alta – flexão) e decerebração (lesão baixa –
extensão)
o
Alteração
do ritmo respiratório (HIC crânio-caudal: Cheyne-Stokes ð Biot) = último sinal
o
Pode
ocorrer presença de cefaleia (quanto maior a dor, maior a sonolência e
prostração do paciente)
·
Paciente
pode estar em Glasgow 15 com possibilidade de piora – coloca-se sempre em
observação
o
A
perda da consciência pode estar ou não associada com fratura
·
Distúrbios neurovegetativos
no momento do hematoma:
o
1º
(momento do acidente) = taquicardia + hipertensão
o
2º
(início da formação do hematoma) = taquicardia + PA normal
o
3º
(evolução do hematoma) = bradicardia + hipertensão
ESCLADA
DE GLASGOW
·
≥12
= trauma leve
·
9-11
= trauma moderado
·
≤
8 = trauma grave
·
Avaliação
não é perfeita, pois não leva em consideração alterações no tronco cerebral
(reflexo fotomotor, por exemplo)
FAIXA
ETÁRIA ACOMETIDA
·
Adolescentes,
adultos jovens (não afeta extremos de idade – idosos e bebês)
o
Idosos:
espaço epidural quase inexistente (dura-máter firmemente aderida ao osso)
o
Bebês:
mais comum hemorragia subdural
EXAMES
COMPLEMENTARES
·
RX
= se houver fratura, mesmo se paciente em G15, não liberar paciente (observação)
·
TC
= lesão hiperdensa, biconvexa (duas pontas apontando para o osso)
o
Inicialmente
a TC pode estar normal – volume de sangue ainda não deu para preencher e formar
o hematoma
TRATAMENTO
·
Cirúrgico
(> efeito de massa = DLM) ð craniotomia ampla
– incisão de Question-Mark (?)
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